Capítulo 03

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[ Simone ]

O silêncio que ficou no carro, foi tão maravilhoso. Está tudo tão quieto que eu conseguia ouvir o impulso do coração dela contra o meu peito. Soraya acaricia minha nuca, enquanto sua cabeça está repousada no meu ombro com sua respiração batendo contra o meu pescoço.

De repente ela levantou a cabeça e me olhou antes de me beijar com todo carinho e delicadeza. Alisei seu corpo nu ainda sentado no meu colo e dei continuidade ao beijo. No fim, ela limpou meus lábios e fez menção em se levantar, mas travei seu corpo com meus braços.

- Oque foi? Precisamos ir para casa!

- Não sei quando vamos e se vamos voltar a ficar assim de novo, por isso eu queria aproveitar mais um pouquinho de você.

Meus dedos deslizando por seus braços a arrepiaram toda.

- Hum, é claro que vamos - selinho - mas pelo menos me deixa pegar meu casaco, estou com frio com esse ar condicionado ligado.

Pego o casaco dela e coloco sobre seus ombros. Recebo como recompensa aquele olhar intenso dela, olhar safado, mas ao mesmo tempo tão apaixonante. Sem contar o corpo bronzeado, definido, a barriga chapada e as coxas bem torneadas e macias. Nesse pensamento eu me perdi passeando com as minhas mãos por ele. Quando encarei seu rosto ela estava com aquela tentação de sorriso perfeito.

- Oque foi? - perguntei também sorrindo.

- Eu adoro seus carinhos, todos eles. Mas principalmente quando é feito na minha...- sussurrou no meu ouvido.

Rimos do nível de safadeza que aquela mulher era capaz de alcançar.

- Vem cá...- segurei o corpo dela e ajudei a se deitar no banco com aquelas coxas abertas para mim.

- Dessa vez eu não prometo ficar quieta - me avisou.

Subi rapidamente até o nível dos lábios dela e a beijei.

- O carro tem isolamento acústico porque é blindado - informei vendo ela sorri.

Desci de volta ao ponto anterior e comecei beijando o interior de suas coxas, até chegar com a boca perto da entrada rosada dela. Estava úmida, lisa e esperando por mim. Como provocação, assoprei para justamente fazê-la arrepiar.

- Ahhh...

Cheguei devagar dando beijinhos, ouvindo ela gemer baixinho. Coloquei meus cabelos para trás da orelha e comecei a lamber como fiz nos seios, devagar e torturantemente, fazendo uma conexão entre minha boca e sua intimidade através de um fio de saliva. Que gosto delicioso ela tem, é irresistível, tudo nassa mulher é perfeito.

- Isso...continua.

Implorou ela, segurando meus cabelos.

As boas maneiras não iam poder durar para sempre, por isso sem aviso prévio, abri com meus dedos, dando passagem para minha língua chegar exatamente no ponto "G" dela. Com um dedo e a língua, acelerei os movimentos.

- Puta que pariu...eu não...não...Simone. Isso - seus gemidos de insanidade só me dá mais vontade.

Coloco mais um dedo, quando sento a mão dela segurar a minha. Soraya é muito sensível, o que me deixa ainda mais apaixonada por ela.

Seu corpo inteiro pulsa nos meus braços, arqueando as costas para trás, chamando meu nome em meio a palavras desconexas. Eu a levaria até às estranhas se ela quisesse. Suguei aqueles grandes e delicados lábios, mudando de rápido para devagar a função da língua, mas mantendo o dedo trabalhando.

- Si...Simone, não...chega - eu sabia que ela estava pertinho de gozar, mas ainda faltava algo.

O terceiro dedo era que me fazia ganhar o jogo. Então o coloquei, intensificando ao máximo os movimentos junto da língua que nunca saia de cena. Em poucos minutos eu vi ela gozar e relaxar o corpo. De olhos fechados e respiração acelerada, ela se abanou.

Enquanto ela recuperava a consciência, subi beijando sua barriga, devorando aqueles peitos enormes, passando pelo colo até chegar no pescoço, onde deixei vários beijinhos de brinde. Mas nada se comparava à boca desenhada dela.

- Você me tira do planeta - ela comentou entre os meus lábios.

O jeito dela de me olhar, se ela soubesse o quanto me faz ficar ainda mais apaixonada....

- Vem, precisamos ir. Você tem que descansar - ajudei ela a se ajeitar.

Entre uma peça e outra, ela virou de costas para mim, colocando o sutiã.

- Fecha para mim? - me pediu.

A intenção era realmente fechar, mas a vontade de tocar naquele corpo mais uma vez foi meu ponto fraco. Ao invés de colocar, tirei, descendo pelos braços dela, beijando suas costas e a fazendo se contorcer de leve. Subi, segurando firme seus seios.

- Não faz assim...é covardia isso, por favor...- foi manhosa, segurando minhas mãos sobre os seios.

- Está bem - finalmente me afastei, abotoando o sutiã dela.

Quando finalmente já estávamos compostas, ela pegou o celular e a bolsa.

- Obrigada por me trazer - se aproximou de mim e me deu mais um beijo.

Segurei sua mão e dei um beijo.

- Boa noite.

Ela sorriu e desceu do carro, me deixando com lembranças inesquecíveis e um sorriso besta.

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Soraya fechou a grande porta da frente, encostando na mesma. Fechou os olhos e sorriu ao se lembrar de minutos antes.

- Onde você estava até essa hora?

Era Carlos, seu marido, lhe pregando um susto com aquele tom de voz exagerado para aquela hora da noite.

- Ai, que susto - levou a mão ao peito.

- Não respondeu minha pergunta.

- Boa noite para você também, Carlos. Como está vendo, estou viva e muito cansada. Da licença - tentou passar por ele, mas foi impedida pela mão dele em seu braço.

- Onde você estava, Soraya?

- Trabalhando, Carlos. Trabalhando!

- Que eu saiba, o debate na Globo acabou faz horas atrás. Já são quase uma da manhã.

Ela puxou o braço.

- Que eu saiba, você não é da minha acessória, ou é?

- Eu não estou brincando.

- Muito menos eu.

- Você nunca se preocupou comigo de verdade, por que esse teatro agora?

- Escuta aqui, não mude de assunto. Você estava mesmo trabalho?

- E se eu não estivesse! Acho que você é a última pessoa nesse mundo que pode querer me regular...

- Oque você está querendo insinuar com isso?

- Eu não tenho cara e muito menos vocação para corna, ou você acha que não sei?

O homem ficou mais branco que uma vela.

- Eu não sei do que você está falando.

- Sabe, é claro que sabe. Eu sou candidata à presidência da República, antes que minha campanha se iniciasse, vigiamos todos para garantir o segredo, inclusive você. E numa dessas eu descobri umas saídas muito suspeitas da sua parte.

- Você não tem provas, não pode acusar!

- Se eu quiser, eu posso sim.

- Então vai lá, Soraya. Joga tudo no ventilador e acaba com a minha carreira. Faz isso e seu nome vai estar atrelado a mim, faça isso e sua carreira vai pro buraco antes de começar. Eu sou o único que te atura e ainda dorme com você. Acho mesmo que se separando de mim, vai atrair coisa melhor?

Ela riu em sarcasmo.

- Como você é patético. Eu tenho o controle da sua vida na minha mão, o único que não sabe de nada aqui é você - apontou para ele com a maior cara de deboche.

- Tem outra pessoa?

Ela se dirigiu calada para a escada.

- Soraya, não brinca comigo. Quem é o cara? Fala.

- Cara? Que cara? - ela parou num degrau e o olhou com soberania lá de cima - eu nunca disse que era homem!

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora