Capítulo 29

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Simone bateu na mesa de mão fechada, na tentativa de liberar toda a pressão de raiva que ainda sentia.

— Simone? — Vera entrou devagar, olhando o ambiente ao redor, reparando as coisas jogadas no chão.

— Agora não, Vera. Agora não, me deixa sozinha, por favor — ela pediu ainda caminhando de um lado para o outro.

— Simone, eu não vou deixar você sozinha. Olha seu estado. Oque aconteceu? — se aproximou tocando o ombro dela.

A mulher apenas a olhou chorando, recebendo um a abraço da outra.

— Fica calma.

O abraço não durou muito porque Simone logo recobrou a consciência, se lembrando das falado de Soraya.

— Ta tudo bem! — afastou a mulher, limpando o rosto — Desculpe por tudo isso — se referiu a bagunça.

Vera cruzou os braços e ficou a olhando.

— Tem certeza que está bem?

— Tenho! Absoluta.

— Tudo bem, se precisar de mim, não exite em me ligar — fez um carinho de leve na mão de Simone e saiu.

Quando se viu sozinha novamente, ela encostou na mesa, olhando pra tudo jogado no chão, incluindo seu colar. Ela se abaixou e pegou o objeto do chão, analisando-o pendurado na mão, decidindo mentalmente oque fazer com aquilo. A razão mandou ela jogar aquilo fora, dar qualquer fim. Mas o coração gritou para que ela colocasse de volta no lugar de onde nunca deveria ter saído, o pescoço.

Obedecendo ao coração, ela colocou de volta, pois sabia que independente de qualquer discussão que viesse a ter com Soraya, ela iria continuar sendo o amor de sua vida.
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Soraya saiu disfarçando o choro para ninguém ver e foi direto para o carro.

— Tá tudo bem? — Marcello, que estava encostado no carro, se espantou ao ver o estado da mulher.

— Não é da sua conta.

— Calma! Só perguntei.

— E eu só respondi. Cadê o motorista? Eu preciso ir embora?

— Ele ainda está lá dentro, Soraya você está nervosa.

— Ah, que gênio. Como percebeu? — ela o encarou com os olhos descendo lágrimas, o nariz ainda um pouco vermelho e o nível de estresse nas alturas.

— Olha, sei que fui um pouco grosso com você logo de início. Peço até desculpas. Mas não gosto de ver mulheres chorar, ainda mais sem saber do que se trata.

Soraya o olhou rapidamente, começando a ficar calma aos poucos.

— Está tudo bem. Vai passar, sempre passa!

Finalmente Deborah apareceu.

— Soraya, você está bem?

A resposta foi um abraço.

— Preciso ir embora. Podemos?

— Claro, entra no carro — ela abriu a porta e a mulher entrarou.

— Marcello…

— Eu vou de Uber, podem ir às duas.

Deborah consentiu com a cabeça e entrou no carro também.

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Dois dias depois…

{ Soraya }

— Marina, vê se meu xale tá aí dentro, por favor — estava arrumando minhas malas para a próxima viagem que faria.

— Tá sim senhora, e achei esse outro aqui na cor vinho, nunca vi a senhora usar esse…

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora