Capítulo 17

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{ Simone }

Com certeza aquele dia estava sendo o segundo mais incrível de toda a minha vida, pois o nascimento das minhas filhas sempre estaria em primeiro lugar. Nada no mundo poderia explicar o brilho nos olhos de Soraya, a alegria e emoção com que ela me olhava, contraindo os lábios em busca de segurar as lágrimas inquietas, o sorriso que praticamente brilhava, as mãozinhas juntas...era fascinante. Eu certamente guardaria aquela imagem na minha mente para o resto da vida.

- Sim, mil vezes sim, meu amor - Ela estendeu a mão trêmula para mim e eu coloquei a aliança.

O processo foi replicado por ela sobre a minha mão e eu a beijei.

- Eu amo você...- declarei vendo ela sorrir.

- Eu também te amo.

- Chega mais pertinho - chamei sem poder me mexer muito. Abracei ela, pensando em como tê-la na minha vida foi a melhor escolha que já fiz.

- Não acredito que finalmente sou sua noiva - ela falou baixinho, abraçada a mim, acariciando meus cabelos e costas, respirando contra o meu pescoço.

- Minha mulher você já era, agora só estamos na segunda fase da oficialização. Mas se quiser desistir, ainda dá tempo - ela olhou para mim.

- De jeito nenhum. Agora você vai ter que me aturar pro resto da sua vida.

- Será um prazer.

Ainda tínhamos tempo, fiz ela meio que se deitar perto de mim, colocando a cabeça no meu peito.

- Só cuidado com os fios.

Soraya levantou uma das mãos na altura do rosto e ficou admirando a aliança que parecia brilhar em seu dedo. Ver a felicidade dela em estar comigo, já dava uma expectativa imensa por dentro.

- Agora tenho um motivo bem maior para providenciar logo uma viagem para nós duas - comentei vendo ela levantar o rosto e me olhar.

- Concordo! Mas saiba que não tem nada de sexo até você melhorar cem por cento. Não quero que te aconteça nada.

- Ah, isso não é justo, Soraya. E como eu fico até lá?

- Sem sexo, horas! - ela deu de ombros.

- Entendi, vai realmente fazer isso comigo?

- É claro que vou.

- Logo eu, pobre e indefesa do jeito que estou? Tão necessitada de carinho?- dramatizei.

Ela estreitou os olhos para mim, cruzou os braços e balançou a cabeça em negativo.

- Ah, Simone. Eu te conheço muito bem, sei exatamente do carinho que você está falando. Se a gente ousar fazer qualquer um desses "carinhos" - ela fez aspas com os dedos e eu não me contive na risada - você volta direto pro hospital, até porque nós duas juntas numa cama nunca dá em algo leve.

- Que culpa eu tenho se vou me casar com a mulher mais linda e gostosa desse mundo? - venerar Soraya Thronicke era meu esporte favorito

- Hummmm, não adianta não. Eu sei bem como funciona um pós operatório, agora você não está sentindo nada por conta da medicação, mas depois vai entender a dor insuportável que é! Você é uma mulher forte, vai aguentar ficar sem sexo até lá.

- Não sei se aguento tanto tempo assim...

Ela fez um biquinho, se aproximando de mim devagar, até me deixar beijá-la novamente, podendo segurar seus cabelos, e sentir a língua dela na minha, os lábios macios e molhados, a forma como sabia beijar e na maioria das vezes guiando minha boca. Nossos beijos geralmente nunca eram suaves, eram naqueles de mexer como toda a nossa estrutura, de acelerar o coração e esquecer o ambiente ao redor.

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora