Capítulo 37

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A mente transtornada de Gael deu uma volta nas suas lembranças antigas ao lado de Luiza, sua então esposa dada como morta a anos. Mas agora, diante de uma revelação que poderia ou não ser verdade, ele não sabia oque pensar, como agir, oque dizer…

— Me dá o celular, hum? Da ele para mim — no momento em que estava quase conseguindo, Gael pareceu despertar de um transe.

— Não! Eu quero que você me prove, quero ver a Luiza — A desafiou — Se você estiver mentindo pra mim — ele pegou o pescoço dela, apertando e a encostou na porta — eu mato você, aí eu vou preso e você pra debaixo da terra, gosta da ideia?

— Eu não estou mentindo, droga! Eu tenho provas, laudos, o endereço, tudo oque você quiser. Faço oque quiser.

— Para, eu não sou idiota ao ponto de acreditar em você! — largou ela.

— Me escuta, eu tenho como provar. Quer a verdade? Eu ia mesmo matar aquela vagabunda ordinária e você também. Mas fizemos um trato, eu me propôs manter você vivo e em troca aceitaria ser internada bem longe daqui, e foi exatamente oque eu fiz. Ela tá viva! Se viajar comigo, vai ver com os seus próprios olhos.

Foi inevitável ele não prestar atenção em cada palavra que ela dizia. Oque ele tinha a perder? Porque não acreditar?

— Eu quero vê-la? E se isso for verdade, apago a cópia e te dou o aparelho. Mas se estiver mentindo para mim ou tentar fazer qualquer coisa comigo nesse meio tempo, eu acabo com a sua vida da noite pro dia sem pensar duas vezes, você entendeu?

— Entendi!

— Enquanto isso, nem adianta pegar meu celular, até pq a cópia já está em outro lugar que você nunca saberá — ameaçou e saiu.

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Depois de sair da última aula que teria pelo resto do mês, Fernanda foi direto para o estacionamento que ficava frente a faculdade, onde combinou de esperar Alexei para irem embora juntos.

Ao chegar em seu carro, ela abriu a porta de trás e colocou as coisas, depois batendo e indo abrir a porta do motorista, quando subitamente sentiu uma tontura muito forte e teve de se escorar.

— Fernanda, ei — Alexei a segurou no exato momento que ela ia desmaiar — que isso? Oque foi? Ei, você tá branca feito uma vela, meu amor. Tá sentindo alguma coisa?

— Não sei — ela colocou uma mão na barriga.

— Vem cá — ele abriu a porta do carro e colocou ela sentada e depois fechou.

Deu a volta e entrou pelo carona, batendo a porta. Nisso, teve a ideia de ligar o carro para ativar o ar condicionado, pois pensou que tal episódio podia ser por conta do calor que estava fazendo naquele dia.

— Já já vai ficar gelado, deve ser o calor! Você comeu alguma coisa hoje?

— Comi sim, nem faz tanto tempo — respondeu com a cabeça deitada para trás, tentando respirar fundo repetidas vezes.

— Eu tô começando a ficar preocupado com você, meu amor. Ontem aconteceu a mesma coisa. Será que não é caso de ir ao médico?

— Não, bobagem. E além do mais, eu detesto hospitais,  pelo menos nisso eu e minha mãe somos bem parecidas — ela riu dando partida no carro.

— Não acha melhor eu dirigir?

— Não, já estou bem! Fica tranquilo.

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{ Simone }

— Já estamos chegando? Aí, a areia tá quente, Simone! — Soraya reclamou enquanto eu tapava seus olhos indo em direção a uma surpresa.

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora