Capítulo 34

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{ Simone }

Abri os olhos despertando aos poucos, encarei o teto passando as costas dos dedos no rosto para ajudar a despertar. Ao tentar me mexer, senti um peso sobre mim, quando vi era Soraya totalmente esparramada. O lençol cobria metade do corpo dela, enquanto a outra metade estava para fora, dando para ver a calcinha preta enfiada naquela bunda toda. Puxei de leve para cobrir, sentindo ela se mexer. Fiquei móvel, esperando se ela acordaria ou não, mas nada aconteceu. Tirei seu cabelo do rosto devagar e fiquei admirando aquela que agora era minha esposa.

Bem devagar, fui tirando ela de cima de mim sem ter que acordá-la. Quando consegui, me livrei dos lençóis e sentei, pegando o roupão. Levantei, recolhendo nossas roupas pelo chão, dobrando e colocando sobre um móvel. Abri minha mala, procurando algo confortável para vestir e fui para o banheiro com a minha outra malinha com objetos pessoais.

Entrei no banheiro e coloquei as coisas em cima da bancada ampla da pia, observei minha aparência amassada no espelho, alguns fios de cabelo em desordem e variados arranhões nos meus braços. Lembranças de uma noite divina. Soltei os cabelos que a pouco tinha prendido, tirei aliança do dedo, me livrei do roupão e entrei no box revestido de paredes brancas e ótima luminosidade ambiente. Liguei o chuveiro e senti a água cair.

Fechei os olhos e as lembranças do meu casamento tomaram minha mente. Sorri ao lembrar de cada momento ao lado dela. Agora, aqui, eu tenho consciência de que todos os meus outros momentos com ela, tornaram-se pontes para que chegássemos até aqui, até ela. Agora eu sentia que dentro de mim tudo estava completo.

Sem aviso, dois braços me abraçaram por trás. Sorri antes de me virar. Abracei ela debaixo d'água, acariciando seus cabelos, ajudando a água no processo de se espalhar. Completei o fechamento da porta de vidro e a olhei. Palavra alguma foi necessária se já sabíamos nos comunicar através da linguagem dos olhos. Até que de forma simples e direta, nos beijamos. Encostei seu corpo no vidro, sentindo ela me puxar pra si. No final daquele que foi um beijo caloroso, terminamos com selinhos e ela já toda molhada.

— Bom dia — ela desejou.

— Bom dia. Dormiu bem? — perguntei vendo ela fazer que sim com a cabeça passando a pontinha do nariz no meu — Vem pro meu colo, sobe — ela deu um impulso e eu a peguei no colo.

Era um hobby meu, pegá-la no colo. Gostava porque nosso encaixe era perfeito, ela cabe direitinho no meu colo. Ter a sensação de segurar todo o meu mundo nos braços era inexplicável.

— Posso fazer um carinho? — perguntei vendo ela já me olhar desconfiada.

Mas dessa vez era um carinho inocente, eu queria admirá-la e morrer de amor. Foi oque fiz, acariciei seus cabelos molhados, enquanto presenciava ela fechar os olhos ao sentir a água bater em seus rosto. Entreabrir a boca e abrir os olhos fixos em mim.

Ela não disse nada, apenas desceu do meu colo, virou de costas para mim e me induziu a abraçá-la. Assim eu fiz,  a abracei por trás, tirando seus cabelos encharcados no pescoço e dando um beijo ali. Descendo as mãos, passando por seus seios onde apertei. O barulho da água caindo no chão, escorrendo pelo corpo dela, juntos do sabonete  líquido formando as bolhas de sabão.

Soraya se virou de novo e passou o polegar nos meus lábios e me beijou, aprofundando o beijo intensamente, enquanto pedia meu colo com a forma de segurar meus braços. A segurei com firmeza pelas coxas e encostei na parede fria. O coração dela batendo contra o meu peito, a respiração mudando, a forma como suas unhas entravam dolorosamente gostoso no meu pescoço, os gemidos baixinhos e as mordidinhas surpresa no meu lábio.

Ao final, ela afastou o rosto e me olhou, surgindo um sorriso aos poucos. Aproximou a boca de mim e mordeu meu queixo, me fazendo rir.

— Aí, vida! Assim não — fingi reclamar.

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora