Capítulo 55

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{ Soraya }

Com corpo dela sobre o meu, eu não sentia mais nada da cintura para baixo, só pela  força com que ela me comia pela quinta vez. Minhas pernas bambas, minhas mãos na testa em sinal que já estava pedindo "arrego" como falam por aí. Há essa altura eu já delirava de tantas e tantas ondas de prazer que meu corpo liberava.

Prendi sua cintura com minhas pernas, enquanto arranhava sua nuca com minhas unhas que já haviam deixado trilhas e trilhas de linhas vermelhas pela pele branca dela. Pois se eu estava machucada, ela estava bem pior.

Naquele último orgasmo ela acelerou tanto, mas tanto que eu mordi seu ombro.

— SIMONE….Aí, chega…— Coloquei minha mão sobre a dela que ainda fazendo um de seus carinhos maldosos em mim — Chega, eu tô exaustaaaaa!!! Simone por favor….

Nós duas gozamos juntas, por tamanho tesão que foi liberado. Eu buscava o ar incessantemente, com os seios dela grudados na minha pele suada. Nossos corpos juntos e nossas bocas coladas num beijo quente.

— Gostosa — Ela sussurrou no meu ouvido, baixinho, lambendo minha orelha de leve — Deixa eu comer você de novo…deixa — A forma como falava, tão arrastado e rouca, tão sexy — Deixa? Hum?

— Eu tô exausta.

— Humm — Ela me beijou mais uma vez, sendo agarrada por mim.

Sua mão esquerda segurou a perto a lateral da minha coxa, batendo em seguida na minha bunda com toda força e vontade do mundo.

— Aí….delicia de tapa — Eu ri, fazendo ela rir também.

Ela foi descendo com beijos pelo meu corpo todo, até a barriga, onde parou depois de lamber e morder meus peitos.

— Minha, todinha minha — ela voltou a subir me beijando — Só minha…

— Só sua….uhumm, vem cá — Nos beijamos de novo.

[...]

Depois do meu quinto orgasmo naquele dia e do terceiro de Simone, nós duas estávamos exaustas fisicamente, mas mil vezes mais felizes. Ainda nuas, com minha cabeça deitada sobre o peito dela, eu podia ouvir seu coração bater agora normalmente. Eu me senti em paz, literalmente em paz, como se nada me faltasse. A respiração dela que batia contra o topo da minha cabeça me fez arrepiar.

— Cansada? — perguntei.

— Nem tanto, só descansando minha mão um pouco.

Não teve como segurar a risada com a espontaneidade dela. Simone é uma mulher extremamente versátil, quando precisava ser séria, nem parecia a mesma que acabava comigo na cama. E esse lado dela tão pervertido e brincalhão, só era aberto para mim. Ah, como eu estava com saudades do nosso clima leve e saudável.
Deitei de lado, enrolando uma mecha do meu cabelo na pontinha dos dedos, admirando minha esposa.

— No que meu amor tanto pensa? — Perguntou ela.

— No quanto você foi e é importante para mim, no quanto ninguém me dava a devida atenção quando eu me sentia insegura. Meu amor, ninguém me via. Você foi a única que me enxergou de fato. Lembra quando eu era mais nova e me sentia inferior?

Ela fez que sim com a cabeça.

— Então, você chegou nesse exato momento. Me olhou nos olhos e viu a verdadeira Soraya.

Simone me olhava com um olhar de admiração e amor.

— Você é gigante, Soraya. Sua grandeza é notável. Sua inteligência é voraz, você é centrada, capaz, criação única e sublime — Ela se aproximou de mim, acariciando meu braço — Você é festa na vida de quem te recebe, você tem uma fortaleza dentro de você que eu mesma não tenho e luto a anos para ter. Tem um senso de humildade, amor e uma beleza que me deixa apaixonada todos os dias. Por isso que antes de me encontrar perdidamente louca por você, eu me vi admirada pela minha amiga, me encantei pelo ser humano e aí sim, pela minha mulher.

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora