Capítulo 49

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Não, esse não é o penúltimo capítulo. Para que tudo se ajeite devidamente na história, ela não terminará no capítulo 50 como planejado, e sim no capítulo 60. Então, curtam, porque não será mais mudado!

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{ Soraya }

Um dia depois que discuti com Simone e resolvi sair de casa, voltei para o meu apartamento. As meninas e Marina tentaram me convencer a ficar, mas acabou que no fim, eu estava certa em ficar só.
Minha cabeça precisava ser arejada por bons pensamentos, um pouco de silêncio e uma boa dose de solidão.

Sentada no chão da sala, naquela noite insuportavelmente fria, me recolhi perto da lareira e a poltrona, e servida de uma boa taça de vinho, tentei não ficar lembrando de nada em relação a Simone e na enorme saudade que estava dela, mas não dessa Simone de agora, mas sim daquela com quem vivi a vida toda. Aquela sim me fazia muita falta, quem dera ela pudesse estar agora aqui comigo, sem problemas ou empecilhos,  só nós duas e muito amor.

Mas isso iria acabar, Gael já estava com o suposto remédio que iria reverter essa situação e no dia seguinte todo esse pesadelo iria finalmente ter fim. Eu vou trazer Simone de volta e entregar Vera a polícia com todas as provas que faltam para ela ser imediatamente presa.

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No dia seguinte…

{ Soraya }

Meu pulso ainda doía muito, estava até um pouco inchado por conta da força como Vera me segurou. A dor não estava tão exorbitante, que tive que colocar uma progne para imobilizá-lo. Naquele dia, faltando pouco para o ano novo, eu não imaginava que a essa altura eu estaria sozinha no meu apartamento, sem a alegria das minhas filhas e minha esposa. Achei que agora iríamos estar todos aqui ou na casa de Simone, numa felicidade daquelas que aquece o peito. Mas infelizmente a vida é como as linhas dos batimentos cardíacos, precisa ter seus altos e baixos, pois se parar, significa que você morreu!

Quando finalmente já estava arrumada, peguei o restante das minhas coisas e saí.

[...]

Antes de descer do carro, o desliguei e fiquei olhando para o pequeno buquê de lírios brancos no banco do carona ao meu lado. Dei um sorriso fraco, o peguei junto da minha bolsa e desci travando suas portas com o sensor.

O tempo estava nublado, nuvens pesadas anunciavam que iria chover. Passei pela portaria e entrei, caminhando lentamente pela grama verde, olhando as fileiras de lápides bem organizadas, quando finalmente parei naquela que guardava o nome de minha mãe, ali enterrada a sete anos.

Me ajoelhei e passei de leve a mão sobre o nome dela escrito.

— Oi mãe. Trouxe lírios brancos, seus favoritos — tentei sorrir, mas meus olhos pesavam e em minha garganta tinha um nó — Tantas coisas aconteceram desde a última vez que vim aqui…me separei do Carlos…é! Finalmente. Me casei com uma mulher, ganhei duas lindas filhas e agora sou vice presidente da república…é, sua filha foi longe — olhei para o céu, naquele silêncio de um lugar aberto — mas agora está tudo tão difícil, mãe — não consegui segurar minha emoção — precisava tanto de você aqui comigo, só você para me ajudar… Aí mãe, você não faz ideia da dor que é estar sozinha. É difícil a sensação de não ter onde se apoiar, com quem contar de verdade. Parece até que todo mundo te vê, mas não te enxerga de fato — tentei não chorar enquanto falava — Eu….eu finalmente encontrei aquele amor que você tanto falava, mãe. Simone é a mulher da minha vida, mas…— Encarei minha aliança ainda no dedo, com os olhos embaçando em lágrimas —...mas com tantas coisas que tem acontecido com o nosso casamento, eu não sei se ela ainda é minha esposa, não sei se esse casamento foi uma das minhas melhores decisões. Eu não tenho mais de onde tirar forças para tudo isso…

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora