Capítulo 23

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{ Simone }

Uma dor de cabeça insuportável me acordou naquela manhã de sexta feira. Soraya ainda dormia tranquilamente ao meu lado, tão serena que não parecia que tínhamos vivido uma noite incrível. Dei um leve sorriso, tirei as cobertas e me levantei colocando a camisola. Antes de tudo, prendi os cabelos e fui até o closet pegar uma roupa, pois segundo a minha agenda, meu dia seria cheio e pelo horário eu só tinha duas horas para me organizar antes de sair. Agora que tudo já estava bem comigo, meus compromissos voltaram ao normal.

Em meia hora eu já estava pronta, coloquei o salto, peguei a bolsa e dei um beijinho nela de leve e saí.

Desci as escadas e lá estava Marina colocando a mesa do café.

— Bom dia, Marina — peguei um pedacinho de pão na mesa.

— Bom dia, mas vai tirar o pai da forca, é?

Eu ri.

— Preciso ir, estou atrasada.

— Oxe, mas tome um cafezinho pelo menos, vai sair assim? Daqui a pouco tem negócio não sabe porque!

— Hum, prometo que como alguma coisa por lá. Não vai dar tempo mesmo, beijo Marina, bom dia de novo — e corri pra porta.

— Vai com Deus, filha! Aí, olha, não toma um café direito. Eu num digo é nada, visse?!

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— Mas oque foi isso? — Alexei perguntou pegando as mãos de Fernanda.

— Você não viu as notícias hoje? Minha mãe quase sofreu outro atentado, mas a Soraya que acabou pagando.

— Meu Deus, e onde que você entra nisso?

— Então, colocaram alguma coisa no carro da minha mãe, uma bomba, eu acho, a Soraya pegou o carro dela para poder sair, mas começou a pegar fogo, as portas travadas, enfim, um desespero que você não tem ideia. Conclusão, subi no carro pra quebrar o vidro do teto solar e tirar ela de lá. Consequência, quebrei minha mão e rasguei meu braço.  A coitada da Soraya quase morreu, meu Deus…eu vi ela dentro daquele carro quase indo com Deus.

Alexei ficou a olhando com um sorrisinho contido.

— Oque foi que tá me olhando assim?

— "A coitada da Soraya?"

— Ah, não começa!

— Você tá gostando da Soraya?

— Claro que não. Mas não há ódio em mim suficiente que sobreponha a minha humanidade! Não ia deixar ela morrer!

— Sei!

— Amor, para tá. Ela não é e não será minha madrasta.

— Ah, Fernanda. Admite logo, tá na sua cara que você gosta dela. Tenho certeza que se der uma chance, vocês vão se dar bem.

— Eu não sou a Maria Eduarda! Já que todo mundo adora dizer que somos gêmeas, pois então, eu sou a gêmea má!

— Gêmea má de araque que você é, os vilões não salvam pessoas de incêndios!

Fernanda revirou os olhos.

— Não enche, Alexei!

Uma buzinada perto dele chamou atenção. Quando o vidro desceu, Simone saiu do carro com dois seguranças a uma distância considerável.

— Oi, minha filha.

— Mãe? Tá fazendo oque aqui?

— Vim te buscar para sair comigo, precisamos conversar. É seu amigo?— ela disse olhando pra Alexei — Oi, Simone, prazer.

SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora