{ Soraya }
Cinco dias se passaram e eu não deixei de estar naquele hospital um só dia. Com a ajuda de Eduarda, arrumei algumas coisas da Simone e levei para a minha casa, onde já estava tudo preparado para ela morar comigo até se recuperar por completo.
E finalmente ela sairia do hospital naquele dia, então comprei tudo oque ela gostava de comer e deixei tudo organizado.Quando cheguei, fui direto para o quarto dela.
— Com licença — quando entrei, ela estava com Vera.
— Oi meu amor — ela me olhou e eu fiquei onde estava.
— Agora você já pode ficar de pé, segure nas minhas mãos — Simone fez exatamente oque a mulher pediu.
Só não gostei da forma como Vera olhava para Simone, eu já tinha visto ela olhar assim outras vezes durante aquele período internada. Mas eu não iria arrumar mais problemas do que já tínhamos.
Ver Simone novamente de pé, fez eu me sentir muito feliz, uma alegria sem explicação. Ela me olhou e sorriu feliz pela mesma sensação.— Já podemos ir? — perguntei vendo ela caminhar até mim devagar.
— Já! — ela passou o braço pela minha cintura — Vera, quero te agradecer por toda ajuda e tratamento. Você é uma médica brilhante, obrigada.
— Imagina, foi apenas o meu trabalho. Espero que se recupere bem, qualquer coisa estou aqui a sua disposição — ela sorriu simpática com aquele olhar que confundia qualquer um — Ah, e me desculpe pelos procedimento de sutura sem anestesia, talvez tenha parecido crueldade da minha parte, mas realmente não dava tempo, foi necessário ser feito assim, espero que compreenda.
— Não precisa pedir desculpas, Vera. Sei que fez seu trabalho da melhor forma, se estou viva o mérito é seu.
Vera quase esboçou um sorriso, mas sua postura aparentemente séria e exemplar, não permitiu.
— Soraya, desculpe se pareci rígida com as visitas ao quarto, é porque também fazia parte do tratamento dela — se desculpou mais uma vez — No mais, peço que se cuide — disse direcionado a Simone.
— Eu vou cuidar muito bem dela, obrigada — Soraya respondeu com um certo ar de deboche.
— Disponha! Ah, Simone, por favor, sem esforços, não pode fazer movimentos bruscos e nem passar por emoções fortes. Seus pontos não podem abrir de novo.
— Eu vou me cuidar, pode deixar!
[...]
As duas saíram pelo estacionamento, onde os repórteres não teriam acesso e não teriam a oportunidade de enchê-las com inúmeras perguntas. Soraya abriu a porta do carro e ajudou Simone a entrar, em seguida deu a volta e entrou.
— Tudo bem? — ela ligou o carro.
— Sim, finalmente poder ir embora é um alívio. Odeio hospitais.
— Eu sei, vou cuidar muito bem de você — ela olhou com carinho para Simone e deu partida.
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Simone estava conseguindo caminhar normalmente, contando que não fizesse esforços extravagantes. Seu processo de recuperação era tanto externo quanto interno, ambos os lados tinham que cicatrizar igualmente para que tudo regenerasse dentro do prazo estipulado para esses tipos de procedimento.
— Chegamos! — disse Soraya ao fechar a porta.
— Já me sinto em casa — Simone se sentou no sofá.
Soraya colocou as coisas dela no sofá, se sentou perto e pegou as pernas dela colocando em seu colo.
— Oque quer fazer primeiro? Quer desfazer as malas e depois comer, comer e depois desfazer as malas ou desfazer as malas enquanto comemos?
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SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]
Fanfiction+18 | Sparks conta o romance temporariamente secreto entre Simone e Soraya, duas amigas de longa data, mas que agora disputam o mesmo cargo; o de Presidente da República. Após árduos debates, gravações, entrevistas particulares e todo o turbilhão de...