— É você — elas se abraçaram de novo.
Nu fulgor do momento, a felicidade breve fez elas esquecerem da raiva, induzindo apenas ao beijo de Soraya na testa dela.
Contudo, já dizia um velho ditado: "não há nada tão ruim que não possa piorar". Mesmo com a dor de ter levado uma porrada bruta na cabeça, enquanto ninguém via, Vera acordou, rastejou e pegou a arma, levantando devagar.
Soraya foi a primeira a ver e consequentemente as outras também. A mulher apontou a arma novamente para ela. No instinto, Soraya tomou a frente de Simone, talvez na intenção de protegê-la de alguma forma.
— Ótimo, agora eu mato as duas.
"PORTA DA FRENTE ABERTA"
Vera imediatamente paralisou naquela posição, ainda de costas quando sentiu o cano de uma arma tocar sua cabeça.
— Não mata não. Larga a arma agora ou eu vou atirar em você — Jeiza mandou com firmeza na voz — Já mandei largar.
Vera riu em deboche e lentamente, se virou. Encarando Jeiza de forma desafiadora. Não é da natureza de um psicopata sentir medo diante de situações desafiadoras, eles não sentem remorso ou pena. Por isso, mesmo sob a mira da arma de Jeiza, Vera não recuou. Nem mesmo o sangue escorrendo pela lateral de sua cabeça, a fez parar.
Mais três polícias atrás de Jeiza, cercaram o perímetro.
— Você não vai atirar em mim.
— Larga a arma agora, Vera. Agora!
— Eu não costumo deixar pela metade, oque já comecei.
Dentro de um milésimo de segundo, Vera se virou na intenção de matar as duas, mas Jeiza foi muito mais rápida e perspicaz no gatilho. O projétil atingiu as costas de Vera com uma velocidade surreal, à queima roupa. Ponto um final naquele pesadelo. O corpo da mulher caiu com toda força no chão, inerte!
Todos impactados pela cena tão violenta, mas também aliavidos em partes.
Como se tudo se passasse em câmera lenta, os polícias entraram, junto aos paramédicos chamados por Jeiza, que por acaso estava lá embaixo na frente do prédio, avisados por Gael, para caso algo viesse a acontecer.
[...]
NO HOSPITAL…
— A senhora se sente bem? Alguma outra dor? — perguntou o médico.
— O meu pulso ainda dói, meu pescoço também. Fora isso eu estou bem, obrigada — agradeceu ela com aparência exausta.
— Certo, seus hematomas também estão bem aparentes. Estenda o pulso, por favor.
Soraya o fez, a fim de deixar ser examinada.
— Aí….não, não. Ainda dói — reclamou ao ser apertada no ponto exato da dor.
— Mesmo quando paro a dor continua forte?
— Sim!
— Então pelo visto está torcido, vou precisar imobilizá-lo, ok?
— Tudo bem!
— Lamento desde já pela dor que vai sentir, mas para poder voltar ao lugar, vou precisar apertar — avisou ele.
— Eu não me importo, pode fazer oque for necessário.
Duas batidas na porta, revelaram Jeiza entrando no ambiente.
— Olá, com licença Dr.
— Major…— respondeu — vou apertar.
O homem imobilizou o braço de Soraya com uma progne hospitalar correta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SPARKS I - Simone e Soraya [ EM CORREÇÃO ]
Fanfiction+18 | Sparks conta o romance temporariamente secreto entre Simone e Soraya, duas amigas de longa data, mas que agora disputam o mesmo cargo; o de Presidente da República. Após árduos debates, gravações, entrevistas particulares e todo o turbilhão de...