𝒰𝓂 𝒩𝑜𝓋𝑜 𝒜𝓂𝑜𝓇 𝒫𝒶𝓇𝒶 𝒜𝓃𝓃𝒶 - 𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 15

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Lia insistiu para que eu fosse de carro

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Lia insistiu para que eu fosse de carro. Eu falei que poderia ir andando e sozinha e ela disse que seria péssimo e perigoso.
Ok, aceitei o carro e já estou quase chegando. Sinto um frio na barriga e um pequeno desespero de imaginar o que vou encontrar quando chegar.
Pelo que Fabien me contou seria uma grande reunião com várias pessoas. E ele falou que não teria apenas o pessoal do elenco da série dele, mas também amigos deles e ele chegou a chamar algumas pessoas que estão trabalhando com a gente no filme.

_ Chegamos. - O motorista anuncia e estou sentindo um nervoso enorme. Sei que no hotel tem um bar e resolvo passar la antes de subir.

Saio do carro e vou rápido para o bar do hotel. A luz é baixa e amarelada. Com detalhes em couro e madeira escura.
Sento em uma mesa escondida, aonde vejo todo o bar, que não está cheio.
Peço uma dose dupla de whisky.
Apenas uma bebida forte para lidar com a noite de hoje.

O garçom me trás a bebida e começo a beber. Fico observando todos que estão no bar. Pessoas bem arrumadas e felizes. A única pessoa que parece não tão no clima de felicidade sou eu.
Talvez, se não fossem as preocupações que estão passando pela minha cabeça, eu também estaria rindo e feliz.
Mas, como não é possível, eu tenho que me contentar com esse copo de whisky.

Vejo um rosto conhecido sentado no bar.
É uma mulher. E eu sei quem ela é.
E, não sei se por reconhecer ela ou por estar bebendo whisky ou pela comida japonesa mais cedo... Uma náusea forte toma conta do meu estômago.
É a ex dele.
É a ex do Matt.

Saio da mesa e vou para o banheiro, que é bem próximo da minha mesa.
Abro uma das cabines e boto toda a bebida e tudo que ainda estava em meu estômago para fora.
Ótimo, agora minha noite está mil vezes pior...
Dou descarga e estou pronta para sair da cabine quando escuto barulhos de sapatos se aproximando. Fecho a tampa do vaso e sento. Fico quieta.
O que eu menos preciso agora é alguém me reconhecer depois de vomitar de nervoso.

_ E ele sabe que você veio? - Uma voz de mulher fala.

_ Não. - A outra voz fala. - Mas me falaram que ele não iria se importar de eu estar aqui. A nossa relação está boa.

_ Então vocês vão voltar?

_ Quem sabe? - Uma risadinha toma conta e eu vejo os sapatos por debaixo da cabine.
Os mesmos sapatos da mulher no bar.
Merda.
Ela está falando deles voltarem?
O que ela quis dizer com "quem sabe"?

_ Acho que só vou passar rápido para falar com as pessoas e depois ir para outro lugar. - Uma das vozes femininas surge no ar.

_ Ok, como você quiser. Vamos?

As duas saem do banheiro e eu estou paralisada por um instante.
Saio da cabine e tranco a porta.
Não quero ninguém aqui dentro.
Vou me abrigar aqui até ter coragem de me recompor e sair para o mundo real.
Pego o telefone e ligo para Lia.

_ E aí, como tá...

_ LIA! - Interrompo ela. - Eu estou no banheiro do hotel. Você não acredita quem eu encontrei!

_ No banheiro? - Ela pergunta.

_ Lia, ela tá aqui. - Falo baixo, pensando que alguém pode escutar. - A ex dele.

_ A EX DELE TÁ AÍ? - Lia grita do outro lado da linha.

_ Tá! - Respiro fundo. - E ela disse que pode ser que eles voltem...

_ Nana, você quer que eu te busque aí? - Ela fala. - Eu desço agora e peço um carro chego aí em 10 minutos...

_ Não! - Falo rápido. - Eu preciso encarar isso, certo?

_ Precisa?

_ Bom, ele não pode achar que eu estou me importando... - Falo. - Ele disse na entrevista que...

_ Estava sozinho. - Lia me interrompe. - E você falou hoje para a jornalista que está solteira.

_ Sim...

_ Então arraste essa bunda solteira para essa festa e arranja um outro para brincar. - Lia fala, séria. - Esse seu sexo casual já te deu problemas demais.

Respiro fundo e saio do banheiro.
Vou até a mesa que estava sentada e peço mais um copo de whisky.
E bebo.
E peço outro copo.
E bebo.
Em silêncio.
Peço o terceiro e uma porção de amendoim.
Bebo, como e acho que estou apta para subir.

Apta é uma boa palavra pra mostrar que não estou alterada.
Apta.

Vou até o elevador me equilibrando.
Seguro firme minha bolsa como se fosse o ponto de equilíbrio principal do meu corpo.
Aperto o botão do elevador.
Espero e ele finalmente chega.
Em minha cabeça parece que esperei horas.
Entro e fico me encarando no espelho. Não vou retocar meu batom. O risco de borrar minha maquiagem é grande e ainda tenho batom vermelho em minha boca.
Obrigada indústria de cosméticos por inventar um batom que não sai com facilidade.

A porta do elevador abre e dou de cara com um segurança conferindo nomes em uma lista.
Lá vamos nós de novo.
Dou boa noite para o segurança e falo meu nome.
Surpreendentemente, estou na lista!

Ótimo, agora é encarar essa festa

𝕌𝕞 ℕ𝕠𝕧𝕠 𝔸𝕞𝕠𝕣 ℙ𝕒𝕣𝕒 𝔸𝕟𝕟𝕒 ✨||✨ 𝕄𝕒𝕥𝕥 𝕊𝕞𝕚𝕥𝕙Onde histórias criam vida. Descubra agora