Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A luz do amanhecer entra pela janela do meu quarto. Eu abro meus olhos e vejo Matt ao meu lado, deitado e dormindo num sono profundo. O cobertor está cobrindo até sua cintura, deixando suas costas toda de fora, e eu consigo observar que seus músculos são bem definidos. Fomos dormir bem depois, acabamos ficando conversando e emendando em uma segunda rodada, mais íntima e prazerosa que a primeira vez.
Sinto que ele está acordando e viro para o outro lado, fingindo que ainda estou dormindo. Não quero acordar antes. Quero saber se ele vai embora e fingir que nada aconteceu ou se vai ficar aqui até eu "acordar". Eu sei, eu sei, estou parecendo uma maluca ao pensar assim, mas eu tenho receio dele não querer nada comigo sóbrio.
Estou fingindo que estou dormindo enquanto sinto que a cama está se movimentando. Ao mesmo tempo, percebo que ele está se levantando. Sinto seu braço passando em cima do meu corpo e o corpo dele ficar mais próximo. Sinto as borboletas rodopiando novamente em meu estômago. Ele não foi embora, ele ficou.
Ficamos ali, ele me abraçando e o dia amanhecendo. Só nós dois, esse quarto e a cama.
-
Acordamos pela segunda vez e fomos tomar café que Lia mandou entregar aqui em casa. Ela sempre faz isso e ontem, antes de dormir, sem contar detalhes, pedi pra que ela mandasse café para 2. Ela não entendeu muito mas disse que explicaria melhor pela noite, já que vamos sair para jantar. Pelo menos 1 vez por semana nos encontramos para jantar e eu contar sobre a minha vida e ela sobre a dela, sem sermos profissionais e sim melhores amigas.
Matt foi embora daqui de casa depois do café. Se despediu de mim com um longo beijo e quando chegou em seu hotel me mandou uma mensagem falando que eu ainda estava devendo um jantar para ele.
Assim que recebi a mensagem dei um pequeno sorriso e percebi que estava completamente fodida.
Já era a hora de sair com Lia e estava vestida para encontrar com ela. Vestindo minha calça jeans, uma camiseta branca por dentro da calça e um blazer overside azul escuro, quase preto. Nos pés botei meu all star azul jeans. Me olho no espelho e percebo que não preciso de maquiagem. Foi uma noite que não dormi tanto mas não estou nem um pouco com cara de cansada.
Lia me avisa que está no carro me esperando na porta do prédio. Vamos jantar em um novo restaurante indiano que está em todos os jornais. Eu adoro conhecer novos lugares pra comer. Aliás, uma das coisas que mais gosto é sair pra comer. Eu preciso confessar que nunca fui essa pessoa conhecida por ser linda e atraente. Na minha adolescência eu sofri muito por ser baixinha e acima do meu peso. Com isso, todos me taxavam como uma menina feia. O que nem faz sentido pois meu rosto, meu jeito, minha essência, era tudo igual ao de hoje em dia. Mas sabe como é, a sociedade não pode ver uma pessoa fora do padrão e já julga como feia.
Bom, no início da minha faculdade, um professor me falou que eu nunca teria fama e reconhecimento se continuasse daquela "forma" (sim, ele teve a audácia de falar isso na frente de toda a turma). Tinha conhecido Lia naquela semana em uma festa da faculdade e ela ficou indignada com essa história e queria ir tirar satisfação com o professor (o que me fez gostar dela de primeira). Eu criei forças e comecei a malhar. Eu sempre odiei academia, mas na força do ódio, eu fui malhar todos os dias até que cheguei em um peso "ideal" para meu corpo (eu odeio essa expressão, mas foi o que escutei de médicos). 1 ano depois, estava totalmente diferente e comecei a sair dos papéis secundários das peças da faculdade para ser a principal. Todos queriam que eu fosse a estrela das peças. E isso diz muito sobre a indústria em si e todas as pessoas que estão nesse meio.
