03 - Quem é você?

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𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚
𝓑𝓪𝓻𝓬𝓮𝓵𝓸𝓷𝓪

Ali estava lotado e parecia lotar cada vez mais, seguro na mão de Isabel o que arranca um olhar desconfiado dela, a última coisa que eu vou querer nesse momento e perder essa menina aqui no meio dessa multidão. Puxo ela um pouco para trás que faz a ficar indignada.

- Você pelo menos sabe o carro que ele vem? Sabe pra gente se ligar quando for ele.- Pergunto e ela responde apenas balançando em forma de negação e correndo de novo para frente da multidão, aonde eu fui me meter?

A mais de quinze minutos já estávamos ali esperando, algumas pessoas já tinha desistido e já tinham ido embora mas ainda tinha uma grande quantidade de pessoas em frente ao CT do Barcelona, o que falta é menino não aparecer aqui hoje.

- É ELE.- Grita uma menina e todos que estavam ali começa a gritar juntos, consigo ouvir o nome Gavi, Pablo pedidos de fotos e vejo Isabel brotar eufórica do meu lado.

- É ele Helena, é ele Helena.- Fala dando pulinhos, era a primeira vez que conseguia ver Isabel tão feliz. Era um empurra empurra, todo mundo em cima da janela do carro, blusas do Barcelona, até mesmo da Espanha. E vejo o carro sair logo em seguida, antes mesmo de chegarmos perto da janela. Deixando não apenas a Isabel, mas eu também com uma cara nada boa. Algumas meninas passa ao nosso lado chorando por ter conseguido uma foto, outros meninos passa sorridente por ter conseguindo um autógrafo e eu conseguido ver uma Isabel com os olhos marejados ao meu lado.

-Bom...- falo ao ver ela sentando no outro lado da calçada. -Seu sonho era conhecer ele, você conseguiu você viu ele.- Tento fazer ela se sentir bem.

- Não Helena, meu sonho era ele me conhecer, era eu falar com ele.- Fiz a garotinha não se segurando e chorando ali mesmo, e agora o que eu faço? Espero ela chorar? E vamos embora? Eu ligo pra mãe dela? Não, fora de cogitação essa.

-Helena eu quero conhecer ele.- Mais soa como um pedido do que uma ordem.

-Isabel não tem nada que podemos fazer mais, ele vai demorar uma eternidade aí dentro, provavelmente ele vai treinar e isso leva o dia todo, e o que vou falar para sua mãe se ela chegar e não nos ver em casa.- Ela balança a cabeça concordando. Ao poucos a rua se esvazia o que me dá a ideia de que não chegaria mais nenhum jogador, ali só restava eu e a garotinha que ainda permanecia sentada na calçada.

-Vamos?- Pergunto estendendo a minha mão a ela que apenas ignora e se levanta, e de relance só a vejo correndo até a entrada do CT. PUTA MERDA é a única coisa que consigo raciocinar até ver a garota correndo até um homem de terno que dentro do CT, pelo traje apostaria que ele era o segurança do local.

- Moço eu estou perdida, pode me ajudar a achar minha mamãe?- Mas que criança mais... Aí porra. Corro até lá, encontrando já o homem abaixado para ficar do tamanho da garota e consigo ouvir ele perguntando como era a mãe dela.

- Senhor eu...- Antes de conseguir terminar a frase o homem me interrompe.

- Menina, o Gavi e o Pedri já entraram se quiser uma foto, só quando eles saírem agora. Se puder esperar do outro lado da rua, seria melhor.- Me responde ríspido e voltando a conversar com a garotinha que dá um sorriso travesso a mim.

Sem reação me afasto dali e faço uma anotação mental de dar um sermão a Isabel, naquele momento eu só pensava como eu vou fazer para conseguir pegar essa menina de volta? E se eles realmente ligarem para a mãe dela. Eu já podia contar os meus últimos minutos empregada. Andando de um lado para o outro, não consigo pensar em nada, eu não conseguiria passar pela a entrada, não seria tão fácil falar que eu havia me perdido da minha mãe como foi para Isabel. Bom se essa é a entrada provavelmente a saída seria mais fácil de entrar certo?

Não, é a primeira afirmação que veio quando eu cheguei na saída do local, portões fechados e enormes e provavelmente mais seguranças ali. A ideia de ver dona Carmem chegando aqui para buscar a Isabel me dá um frio na barriga e uma ansiedade enorme, e eu agi com a única coisa não sensata que passou na minha cabeça. Pular o muro. Será que isso faria eu ser deportada daqui? Cada vez eu me via mais perdida mas era o que restava. Primeiro joguei minha bolsa, bom nenhuma reação, e lá fui eu, pulos que não deram certos pelo fato do muro ser tão alto. É isso? Perdi a garota, o emprego e minha bolsa? Porque a minha vida tem que ser extremamente difícil?

Agradeço aos céus por pelo menos está usando tênis e calça, a última tentativa vindo junto com uma oração e um pouco de coragem me vem, escalando aos poucos consigo subir até o topo do muro e assim que chego lá consigo ver dois seguranças o que me distabiliza e faz eu cair com tudo no chão.

-Ai- reclamo, será que eu quebrei uma costela? Algo assim? Bom pelo menos cai dentro do CT. A pergunta agora é o que eu vou fazer aqui? Vejo os dois seguranças se afastando, e me levanto pego minha bolsa pelo menos ela eu recuperei. Vejo agora a minha calça rasgada no joelho e uma dor insuportável ao respirar.

Caminhando tentando o maximo ser discreta já tinha me rendido chegar nos corredores do lugar, mas parecia estranho era corredores que dava a algumas portas da qual todas tinham escrito "Entrada permitidas apenas para funcionários."

-Ei você?- Escuto e gelo ao ouvir uma voz masculina ao olhar vejo um homem, ele usava terno e porra segurança. Ficar ou correr? Qual a opção mais burra? Correr, e é isso que faço corro e mesmo toda dolorida ainda da queda eu consigo correr mais rápido do que o homem e entrando na primeira porta que vejo, obviamente com o mesmo aviso que se foda eu já vejo eu sendo deportada mesmo. Entro por aquela porta vermelha e a bato com força.

-Quem é você, e o que está fazendo aqui?-
Eu não vou ter paz mesmo não, me viro encontrando o...-

-Gavi?-






𝐧𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐢𝐬
Sim pessoal, eu sei que não é tão fácil de entrar assim no centro de treinamento do Barcelona, mas a vida já é tão difícil deixa eu facilitar pelo menos aqui na fanfic, próximo será narrado finalmente pelo Gavi.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora