08 - 𝐆𝐚𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨

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𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢

A garota da qual passei todo final de semana agora estava do meu lado, enquanto ela digitava em seu celular consegui reparar ainda mais nela, e mesmo que estivesse em um lugar aberto ainda conseguia sentir seu perfume que estava se tornando um dos meus favoritos.

-Por que a camisa do Brasil?- Pergunto reparando novamente na blusa amarela que ela usava. Ela olha para sua própria camisa e rir, uma coisa eu já percebi. Por mais que ela estivesse estressada ela ainda estava rindo.

- Só tinha essa!- Ata que eu acreditava naquilo.

-Eu sei que você só colocou ela para me provocar, sabia que eu ia falar dela.- Falo arranco uma risada alta dela.

-Vai por mim Gavi, a última pessoa que eu pensei na hora que tava vestindo a roupa foi em você.- Ui, essa doeu lá no meu coração.

- É porque em mim você só pensa quando tá tirando.- Falo, enquanto ela arregala o olho.

- Vai por mim gatinho, também não é.- Fala rindo enquanto permaneci sério.

- Ainda tá com o jogo de desinteresse?- Pergunto e ela olha seria pra mim.

-Por que tá funcionando?- Ela estava brincando comigo ou o que?

-Nenhum pouquinho.- Mentira, tava sim. Mas eu não iria assumir, eu deveria continuar com minha pose de marrento que eu sei que mexe com as mulheres.

- A que pena.- Falou voltando a mexer no celular.

-Por que escolheu Barcelona?- Tento puxar assunto e ela parece pensar.

-Me falaram que aqui era bom, fácil e não tinha um jogador de futebol marrento para pedir meu número.- Rindo ela responde, claro que ela iria falar algo de mim.

-Mentiram para você então.- Repondo com um pouquinho de deboche. Eu sabia que a Helena gostava desse jogo, apesar dela não assumir.

- Infelizmente.- Não, acredito que ela acabou com o assunto assim.

- Me fala de você.- Peço e ela suspira parecendo pensar.

- Meu nome é Helena.- Começa falando o óbvio. -Tenho 21 anos, sou brasileira e morava na capital do país e estou aqui a um mês.-

- Capital do país? São Paulo?- Pergunto e aí sim ela riu de verdade.

-Gatinho, Brasília.- Falou e eu fiz uma cara de confusão. -Brasil é mais do que São Paulo e Rio de Janeiro, temos tantos lugares turísticos e praias incríveis.- Falou entusiasmada acho que ela realmente ama o país dela.

-Acho que vou ter que conhecer mais do Brasil.- Agora ela que fez cara de confusa.

- Para que?-

-Eu tenho que conhecer o país da minha futura esposa.- Digo sério, enquanto ela parece tentar entender.

-Qual é seu lugar no campo?- Pergunta e eu não entendo sua pergunta.

-Minha posição?- Pergunto e ela confirma. -Sou meio-campista.-

- Fora do campo então você é atacante.- Fala rindo. - Não vamos namorar Gavi.-

-Para de tentar destruir meus sonhos.- Falo dando um leve empurrão nela que rir.

-E você, me fala algo de você que eu não consiga encontrar em uma site de fofoca.- Paro e penso, era difícil pensar em algo.

-Eu sou bom cozinhando.- Falo, e ela parece surpresa. - Não tenho carteira de motorista.- Admito, acho que é só isso que você não vai encontrar no Wikipedia.

- Por que você não tem carteira de motorista?-

-Faz pouco tempo que fiz 18 anos, não tive a chance ainda de começar as aulas e tudo aquilo.-

-E como você faz para ir nos lugares no treino, sair sei lá.- Pergunta parecendo se interessar no assunto.

-Para os treinos meus amigos me dão carona principalmente o Pedri, para sair geralmente é meu motorista.- Falo e ela apenas balança a cabeça. -E você...- Ela me interrompe.

-Eu tenho carteira.- Sorri orgulhosa.

-Eu ia perguntar se você...- E mais uma vez ela interrompe.

-Sim Gavi, eu sei cozinhar.- Já sem paciência eu falo.

-Deixa eu terminar a frase.- Ela revira os olhos e da ombros. -E você vai sair quando comigo?- Falo e ela franzi a testa.

- Está mesmo levando a sério esse lance de futura esposa?- Ela ri, acho que ela realmente não levou a sério o convite para sair.

- Você não está?- Pergunto e ela balança a cabeça negativamente. - Bom o convite para sair foi sério.- A garanto.

- Se você deixar eu te perguntar uma coisa e você responder com sinceridade eu aceito.- Concordo.

-Manda.- Eu sou sinceridade pura.

- Por que não chamar uma dessas meninas que é sua fã e tem sua idade?- Boa pergunta.

- Você fala como se 21 anos fosse muita diferença, temos três anos de diferença de idade e sobre a outra pergunta, eu não sei responder. Só me sinto bem conversando com você, gosto da sua companhia. Se convenceu?- Pergunto e ela da ombros.

-Certo, eu aceito. Mas desde que você vá ciente que nem um beijinho vai rolar.- Fala e eu reviro os olhos.

-Depois desse encontro, quem vai me pedir beijinho é você.- Digo convencido, e ela se levanta. Enquanto Isabel aparece do nosso lado, ela pega o celular da Helena e tira uma foto comigo e sorrir empolgada.

- Está na hora de irmos.- Ela fala a Isabel que concorda a garotinha chega estava com as bochechas vermelhas provavelmente de tanto correr.

- Agora que tenho seu número vamos marcar o encontro.- Digo rindo para ela que balança a cabeça rindo.

-Tchau Gavi.- A morena fala se aproximando e me dando um beijo na bochecha e saindo atrás da garotinha que já estava muito a frente.

-Tchau Lena.- Fico a vendo se afastar cada vez mais.

-Cara você tá cachorrinho dela.- Uma voz ao meu lado fala e só assim reparo na presença de Pedri. -Tchau Lena.- Fala tentando provavelmente imitar minha voz.

-Minha voz não é fina desse jeito.- Me defendo. -Ela me passou o número dela.- Falo para ele que rir.

-O certo dessa vez?- Reviro os olhos.

- Esquece isso.- Falo enquanto andávamos para o vestiário. E Pedri continuava rindo.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora