Ela é uma brasileira, que está em solo espanhol, fazendo seu intercâmbio e cuidando de uma criança que a chantageia para conhecer Pablo Gavi, o queridinho do Barcelona.
Eu fiz a pior coisa que poderia ter feito, assim que cheguei do trabalho. Sim, galera eu estava deitada enquanto ouvia músicas extremante triste e agora em meus fones tocava a mais nova música da minha playlist. A música tema do filme "Depois do Universo."
"Ainda te sinto nos meus sonhos Toda noite eu te encontro Nas estrelas Pra dançar nossa canção"
Eu sabia exatamente porque aquele filme tinha me tocado, ou porque a música me fazia me sentir tão bem ou tão mal. Eu apenas queria negar aquele fato e apagar aquele dia horrível que eu vivi.
"Lembro da sua boca no meu rosto Na última noite de agosto Cê já sabia que ia levar Meu coração."
Eu ainda me lembrava de tudo, cada toque, cada beijo, cada sorriso e a sensação tão ruim de saber que ele me deixou, fazendo eu ainda ter medo de viver toda aquela sensação novamente. O medo de me entregar novamente, me apaixonar novamente, sentir todos aqueles sintomas de paixão. E eu sabia que estava começando a ter esses "sintomas" pelo Gavi. Mas quando ele enviou aquela mensagem eu senti como se aquele era meu sinal para me afastar, talvez não fosse para ser nós. Ele é um menino tá gentil, tão bom e merecia uma pessoa que pudesse sentir tudo o que ele sentia sem medo ou sem passado.
"E foi difícil ver o sol se pôr Quando você se foi Mas acredito que existe Um final infinito para nós dois"
Já tinha me rendido, não conseguia guardar o choro que eu segurava desde que vim para Barcelona. Eu ainda sentia falta dele...
"Você vai pra sempre estar em mim Diz que a história não acabou Que depois do universo Ainda existe o nosso amor"
O refrão da música tocou em meus fones e junto com ela uma notificação em minhas mensagens.
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A mensagem de Gavi me deixa confusa, tiro meus fones e caminho até a janela do meu quarto vendo. Um carro estacionado em frente do meu apartamento e mesmo enxergando mal, eu reconheceria ele a quilômetros de distância. Calço minhas sandálias e saio apressada até a porta, já se passava das uma da manhã e a rua estava vazia. Mas ali estava ele, usando uma blusa um conjunto de moletom cinza e encostado no carro. Seu sorriso se ilumina quando me ver.
-Gavi, tá fazendo o que aqui?- Pergunto me aproximando dele e cruzando os braços, eu queria esconder o fato de está feliz dele está ali, mas não conseguia.
-Eu precisava te ver.- Falou baixo e agora quem se aproximou foi ele, passando a mão sobre meu rosto. Aquele toque. - Desculpa.- Foi a única coisa que ele falou enquanto me olhava com seus olhos tão brilhantes.
- Como veio até aqui?- Pergunto vendo que aquele não era o carro de seu amigo.