35 - Brasil, olê, olê, olê

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Notas iniciais

GATILHO PURO, sugiro marcar a terapia antes de ler.


𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

Olhava no meu celular o horário vendo que faltava pouquíssimas horas para o início da estreia do Brasil. Eu era ansiedade e alegria pura dentro de mim e imaginar está vivendo aquilo era surreal.

Assim que terminar de me arrumar, coloquei uma jaqueta por cima, apesar de querer mostrar o quão orgulhosa eu era pelo meu país, eu não queria ser desrespeitosa e desfilar com a camisa do Brasil enquanto estava no hotel com toda seleção da Espanha.

Gavi estava me esperando no elevador assim que avisei que estava descendo, ele havia me explicado que não iria porque estava com treino marcado e eu entendia até mesmo se ele falasse que não queria ir, da mesma forma que ele entendeu quando eu falei que gostaria de ir no jogo do Brasil e ele fez questão de ajeitar a minha entrada.

As portas se abriram e encontrei Gavi com o uniforme de treino da Espanha, ele sorriu e passou seu braço pelo meu ombro, e caminhamos até a saída do hotel aonde já havia um táxi me esperando que chique.

- Deixa eu ver o que você tem por baixo da blusa de frio.- Ele provavelmente imagina o calor que eu estava sentindo ali. Abrindo a jaqueta revelei minha blusa amarela animada.

- Você combina com amarelo, para eu não dizer que combina com a blusa do Brasil.- Falou sorrindo. - Me dá a blusa, quando tiver perto de sair me avisa. Eu dou um jeito de te buscar e levar ela. - Falou enquanto eu entregava minha jaqueta para ele.

- Obrigada.- Eu não estava apenas falando pela jaqueta, mas sim por tudo, a viagem, os jogos, o gol tudo. Ele sabia que aquilo tudo tava sendo importante para mim.

- Eu faria tudo novamente. - Falou, me abraçando. Gavi me apressou a entrar no táxi, e enquanto o carro saia eu mandei um tchauzinho para ele que falou um.

- Aproveita Lena.-

A poucos quilômetros do estádio eu conseguia ver aquela nação vertida de verde amarela, que sensação maravilhosa ver aquele pessoal andando enquanto cantava, era tudo tão surreal.

- Poderia me deixar aqui?- Pedi ao taxista arriscando o meu inglês e torci quando ele entendeu, entregando o dinheiro a ele eu desço do táxi aproveitando aquela sensação.

As pessoas cantavam uma música juntos, aqueles gritos sincronizados fazia eu me arrepiar e sentir meus olhos se encherem de lágrimas, esquece a sensação era surreal.

É, em cinco-oito, foi Pelé
Em meia-dois, foi o Mané
Em sete-zero, o esquadrão
Primeiro a ser tricampeão

Era lindo de se ver, tinha até mesmo pessoas tocando o pandeiro de acordo com a canção.

Oh, 94, Romário
2002, Fenômeno
Primeiro tetracampeão
Único penta é o Brasilzão!

Eu já estava quase pegando a música, e na moral nós tínhamos as melhores canções, as melhores músicas e a melhor torcida. A felicidade tava estampada nos rostos que agora estavam pintados de verde e amarelo, era notório ver a esperança de olhar de tanta gente ali. Todos com o mesmo sonho, conquistarmos o hexa.

Oh, Brasil, olê, olê, olê!
Brasil, olê, olê, olê!
Brasil, olê, olê, olê!
Brasil, olê, olê, olê!

arece que a música tinha sido sincronizada, pois assim que ela chegou ao final eu já estava em frente ao grande estádio, era estranho meu coração estava quase saindo pela boca.

Gavi realmente havia cuidado de tudo, porque assim que checaram meus documentos me indicaram um tipo de área vip, da qual novamente eu tive a visão de todo campo. Ali em minha frente.

Todos os jogadores já estavam no campo e quando se iniciou o hino, eu nem lembrava que eu sabia o hino, mas ali estava ele na ponta da língua, com minha mão no peito esquerdo eu cantei, todos ali cantaram em um só grito e senti todo meu corpo se arrepiar. Era lindo de se ver.

O primeiro tempo foi sofrido, eu já havia xingado todos os jogadores da Sérvia, e cantado gritando o olê, olê que se iniciou na torcida. O segundo tempo foi iniciado. E depois de tanto sofrimento aos 67 minutos do segundo tempo o gol, feito pelo Richarlison, o grito que tava entalado saiu da minha garganta eu quase chorei ali mesmo com aquilo.

Pegando meu celular e gravando o que aparecia no telão.

                                  Infelizmente o jogo chegou ao fim, felizmente com nossa vitória, um lindo placar de 2x0 eu estava até rouca depois de tantos gritos

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Infelizmente o jogo chegou ao fim, felizmente com nossa vitória, um lindo placar de 2x0 eu estava até rouca depois de tantos gritos. Enquanto faltava uns 10 minutos avisei para o Gavi que já estava quase indo embora o que fez ele me responder com um. " Vamos te buscar." Aquilo fez eu entender que ele estava com Pedri e que nem aqui no Qatar deixava de ser o motorista particular do Gavi, eu tinha combinado um local mais tranquilo e assim que vi o carro que Pedri havia alugado, eu abri a porta já entrando.

- Vocês não tão entendendo o gol do Richarlison. - Já fui comentando animada percebendo uma presença ao meu lado.

- Oi Helena. - Meu brilho sumiu família.

- Antonella, tá fazendo o que aqui?- Pergunto e não importa se eu fui mal educada, novamente volto a sentir aquela sensação. Era estranho como ela atiçava minha ansiedade.

- Eu estava com os meninos, conversamos muito né meninos.- Ela falou fazendo eu olhar e mesmo ela sentada eu dei um olhar de cima a baixo a ela.

- Conversando sobre o que?- Pergunto curiosa.

- Segredinho nosso.- Ela falou rindo, enquanto Pedri começou a dirigir.

- Pablito me dá aí o celular.- Pablito quem é ela pra chamar meu homem de Pablito? Gente eu só fui assistir o jogo e perdi todo o enredo da história.

- Aí Helena, vou te mostrar uma música muito boa de um cantor argentino.- Ela falou fuçando no celular do Gavi, eu ia matar um hoje. Ela tomou meu lugar de DJ do carro? Vai se fuder o que tava acontecendo?

- O Pablito.- Eu consigo sentir todo meu deboche e ódio ali naquele apelido. Gavi me olha sem entender.

- Trouxe pelo menos minha jaqueta?- Pergunto para ele.

- Nossa Lena, esqueci. Depois do treino saímos para comer e perdemos a hora. -

- Se quiser eu tenho uma blusa da Argentina aqui Lena, posso te emprestar.- Sai pra lá brucutu.

- Prefiro a morte, se for pra usar uma blusa no meio da seleção da Espanha prefiro a do meu país. - Falo indignada. - E não me chame de Lena.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora