11 - Era só uma foto

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𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢

- É só uma foto Gabriel.- Não, não foi a Helena que falou isso, foi eu mesmo enquanto assistíamos aquele maldito filme triste pra caralho. Porque eu tinha que achar logo aquele filme e colocá-lo só porque ele era brasileiro?

- Você tá chorando?- Quem perguntou foi Helena, tirei a atenção do filme por um minuto e foquei nos olhos da morena que estava ao meu lado. Quem chorava era ela. -Ele vai morrer!- Falou chorosa, deixando a lágrima cair sobre seu rosto. Enquanto começava a tocar a trilha sonora da música Helena caiu mais ainda no choro.

-Foda né, morreu. Era só ele ter salvado a foto da mãe dele no celular.- Falei e recebi um abraço apertado da Helena. - Tá tudo bem, é só um filme.- Tento confortar.

- Ele morreu, ninguém esperava a morte dele só a morte dela.- Falou indignada enquanto eu acendia as luzes vendo seu rosto vermelho por conta do choro, não era possível que ela ficava bonita chorando. A morena estava sentada em minha cama em posição de índio.

- É só um filme Helena.- Falei, sentando de frente para ela que continua a olhar sua pulseira.

- A vida é curta né, a gente tá aqui e depois não sabe se ainda vai continuar aqui.- Começo a reflexões pós um filme triste e clichê. - Temos que fazer tudo que temos vontade, sair sabe, rir de alguma piada, conhecer novas pessoas.- Diga beijar jogadores de futebol por favor, implorava mentalmente.

- Verdade, temos que aproveitar.-Falo me aproximando mais dela.

-A gente nem sabe quando vai era nossa última refeição, ou nossa última conversa.- A interrompi.

-Ou nosso último beijo.- Por favor pega a indireta Helena, outra vez imploro mentalmente.

- A vida é um sopro.- Olha pra mim e me beija caralho, e finalmente ela me olha. - A gente tem que viver tudo que dá para viver ainda né?- Sorrio sem graça, acho que voltarei para a fredzone.

- Sabe meu sonho é ser médica.- Porque ela mudou tão drasticamente de assunto.

- Você deveria fazer uma faculdade de medicina.- Ok, me coloquei na fredzone e agora vou aceitar e dar conselhos de amigo.

-Eu tenho medo de sangue.- Ela parece me contar como as aquilo fosse um grande segredo.

- Aí não tem como ser médica.- Dou ombros e abaixo a cabeça, será que meu charme de tímido não funciona com ela? Será que ela não me acha atraente? Ela me acha muito novo? São só três anos. Tantas perguntas em minha cabeça, mas todas somem quando sinto um toque em minha mão, já sentiram o famoso choque? Sempre ouvi falar desse choque quando alguém importante toca na nossa mão, mas eu sempre preferi acreditar que aquilo era a física que explicava e não tinha nada relacionado a sentimento.

Mas naquele momento em que Helena segurou na minha mão, eu nem sabia mais o que era física era apenas eu e ela. Sem muita dificuldade a garota ficou de joelhos em cima da cama e passou sua mão por meu cabelo, a aquele toque, aquele carinho, seu perfume ainda mais presente pelo fato de ela está tão perto, eu estava até preocupado dela ouvir o quanto meu coração estava batendo alto e forte.

- Eu espero não me arrepender disso depois.- Acredito que ela falou aquilo mais para ela do que pra mim. Sinto a garota sentar no meu colo quebrando quase todo espaço que havia entre nós dois, olhando ela tão perto assim fez eu ter certeza que sim, ela é linda pra caralho. Uma pintinha próxima a sua boca, que agora ele estava mordendo, seus olhos castanhos.

-Eu posso te beijar?- Ela perguntou.

-Isso nem precisa perguntar.- Falo e quase que minha voz não sai, eu tava nervoso mesmo.

Um selinho e depositado em meus lábios, ela parece envergonhada com aquilo, mas logo ela passa a mão pelo meu rosto acabando com todo espaço que havia ali, quando ela coloca nossas bocas. O beijo começou mais tímido, sem mãos bobas, sem língua. Parecia ter mais sentimento do que malícia, mas no momento em que ela deu uma mordida leve em minha boca, e intensificou mais o beijo aí foi como um sinal verde. Minhas mãos passaram por sua cintura fazendo eu da uma leve apertada arrancando um suspiro da garota que rebolou sobre meu colo. Puta que pariu era minha perdição aquela garota.

Minhas mãos passaram por suas coxas grossas que estavam descobertas por conta do seu vestido, ela tinha gosto de Tutti Frutti parecia que ela havia acabado de mascar um chiclete daquele sabor e isso fazia sentir mais vontade de beija-la sem parar. Aos poucos fui deitando ela na cama, até ela me tirar de cima dela me olhando sem entender.

-O que foi tava ruim?- Perguntei a ela que agora estava em pé em minha frente.

- É só uns beijinhos Gavi, sem segunda intenção.- Fala enquanto sentava em meu colo de novo, sem intenção enquanto estava atiçando meu pau? De onde ela tirou que era sem intenção.

-Certo só beijos.- Falo passando a mão por seus cabelos enquanto ela sorria.

-Eu tô com fome.- Contou olhado para mim.

-O que quer comer?- Pergunto para ela.

- Não sei, quem falou que sabia cozinhar foi você.- Me lembrou.

-Filme? pipoca? E pizza? - Pergunto e ela concorda.

Havia acabado de fazer o pedido da pizza e agora Helena estava deitada do meu lado enquanto mexia em seu Instagram, enquanto editava um foto para postar e alô eu vi seu nome de usuário do aplicativo, aproveitei que estava com meu celular na mão e a segui e curtindo a foto que ela havia acabado de postar.

-Ficou bonita.- Falei para ela que sorriu.

-Eu ainda morava no Brasil quando tirei ela.- Contou.

- Sente saudades de lá?- Pergunto e ela nega com a cabeça.

-La é bom só que, foi melhor ter conseguido uma faculdade aqui sabe, um intercâmbio, isso me tirou de um problemão lá.- Olho confuso.

- Você faz faculdade? Aqui?- Ela confirma dando ombros.

- Faço administração. Mas não gosto sabe. Só escolhi porque eu tinha que está cursando alguma coisa. Falar nisso semana que vem volta as minhas aulas.- Parece fazer um lembrete na sua cabeça.

- Estou surpreso.- Falo fingindo ignorar o fato dela ter falado do problema que teve no Brasil.

-Caraca olha quantas curtidas.- Ela mostra seu celular e aí eu percebo o que eu fiz não era pra eu ter seguido ela.





Instagram Helena

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𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora