134 - ultrassom

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" Pᴀʀᴇᴄᴇ ᴀᴛé qᴜᴇ ꜰᴏɪ ᴏɴᴛᴇᴍ
ᴇᴜ ᴇ sᴜᴀ ᴍãᴇ sᴇᴍ sᴀʙᴇʀ ᴏ qᴜᴇ ꜰᴀᴢᴇʀ
ᴇ ᴇᴜ ᴍᴀʟ sᴀʙɪᴀ qᴜᴇ ᴀ ᴠɪᴅᴀ ᴄᴏᴍᴇçᴀʀɪᴀ
só qᴜᴀɴᴅᴏ ᴇʟᴀ ᴛʀᴏᴜxᴇssᴇ ᴠᴏᴄê... "

𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

Casa de vó era casa de vó até mesmo quando não era a casa de sua avó, acabo de dizer uma frase confusa mas que na minha cabeça fez muito sentindo, não conheci meus avós porém eu sabia que toda casa de vó tinha cheirinho de casa limpa, junto com um cheiro de bolo no forno e uma santinha em cima da estante.

- Vovó. - Escuto Pedri falar ao meu lado e correndo até os braços da senhora de cabelos brancos, cumprimos o combinado e Gavi dirigiu até a casa da avó do Pedri simplesmente para ele ter uma tarde de chá com a mesma.

Ela abraçou ele por muito tempo, tempo o suficiente para eu senti a vontade de me sentar ali mesmo no chão, ou talvez fosse apenas meu sedentarismo desenvolvido com a gravidez.

Mas vi a hora que ela o soltou e com um doce sorriu angelical abraçou Gavi e logo né abraçou, eu poderia jurar que ela usava aqueles típicos perfumes de vó da Avon.

- Vem a mesa está pronta. - A senhorinha fala animada e saindo caminhando na frente com seu neto.

Era estranho sempre ouvi mães principalmente a minha dizer que quando você se torna mãe tudo você pensa em seu filho em primeiro momento, agora acredito nelas porque tudo que eu estava vivendo fazia eu pensar em meu bebê, como por exemplo será que ele teria essa aproximada com as avós dele?

Uma coisa que eu não tenho dúvidas é de que minha mãe seria uma avó maravilhosa. Sempre foi o sonho da vida dela ser avó, sonho esse que eu havia jurado não cumprir, mas olha só que ironia, vou ter um bebê daqui nove meses em meu braço.

E sobre Aurora, mãe de Gavi, vendo o jeito babão que ela trata os filhos, não me resta dúvidas de que a mesma também será uma grande avó.

Isso me causa uma sensação boa, em saber que meu "pitico" que ainda está em meu ventre será tão amado por todos a sua volta.

Gavira segura na minha mão cauteloso, eu estava com dó dele todo dia eu acordava com sentimento diferente, era como se hoje eu amasse e amanhã eu quisesse estrangular ele, para a sorte dele hoje era um dos dias tranquilos da qual eu o amava e ele percebeu aquilo quando apertei sua mão e ele sorriu.

- Tranquila hoje? - Ele pergunta cauteloso novamente, era incrível como ele sempre procurava falar com um tom mais baixo e sempre calmamente.

- Por enquanto sim. - Falo sorrindo enquanto caminhavamos para a cozinha, a minha vida era andar com uma garrafa de água na mão e remédios para enjoou era a única coisa que ainda estava me ajudando, porém eu ainda não sentia vontade de comer nada.

Até aquele momento, ao entrar naquela cozinha eu senti o cheiro mais delicioso da minha vida e eu juro que eu pude sentir minha boca encher de água, simplesmente com o cheiro daquele bolo.

- Chá combina com bolo. - A senhora de cabelos brancos diz enquanto nós sentamos na mesa. Eu odiava chá porém eu apenas concordei desde que ela me desse um grande pedaço ou metade daquele bolo que estava sobre a mesa.

Eu olhava atentamente cada um se servir eu esperava que todos terminasse de pegar seus pedaços de bolo para eu me servir e se alguém dissesse algo eu usaria a minha mais nova tática que eu sei que naquela momento não falharia.

" Eu estou comendo por dois."

- Você quer chá? - Gavi me encara e eu nego, eu quero é aquele bolo. - E bolo? - Ele pergunta e eu rapidamente concordo com a cabeça.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde histórias criam vida. Descubra agora