𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑 - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ

136 - Avós?

𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

O cenário não era um dos mais confortáveis naquele momento, nós dois ainda permanecemos sentando naquele sofá enquanto os pais do Gavi e sua irmã nos olhava esperando para iniciar o assunto.

- Já faz cinco minutos que estou olhando para vocês. - A irmã de Gavira fala.

- Da um tempo a eles. - Foi a vez da mãe do Gavira falar.

- Mas o que está acontecendo mesmo? - A sim, esse foi o Pablo avó falando, mas conhecido como senhor Gavira.

- Eu não sei como começar essa conversa.- A iniciativa surgiu do Gavi, tomara que ele falasse tudo e eu apenas pudesse ficar concordando.

- Está tudo bem? - A mãe do Gavi pergunta preocupada.

- Claro que deve está, o menino meteu um golaço hoje. - Senhor Gavira fala animado, se ele soubesse que o filho dele meteu outras coisas além de um gol.

- Foi incrível né, eu até fiz uma coisa pra comemorar esse gol. - Acho que chamar nosso filho de "coisa" não seria uma boa forma de contar que ele seria pai.

- O que? - Aurora pergunta confusa, eu também ficaria confusa.

- Para de enrolar e conta logo. - Eu falo entre os dentes somente para que ele pudesse escutar.

- Eu estou tentando. - Ele também falou da mesma forma que eu.

- Agora são seis minutos encarando vocês e eu não sei o que está acontecendo. - Aurora fala olhando seu relógio, eu também estava tão impaciente quanto ela.

- Mãe, você gosta de mim né? - Que assunto era aquela Gavira? Foi isso que eu pensei ao escutar ele falando aquilo.

- Claro que gosto meu filho. - Pacientemente e carinhosamente senhora Gavira falou.

- Crise existencial Pablo? - Aurora fala aquilo para Gavira, porém chama também atenção do senhor Gavira, tá vendo ela se referiu ao Gavira mas como os dois se chama Pablo ela chamou atenção dos dois, imagina mais um com o nome Pablo?

- Não só que, vocês não sente saudades de quando eu era criança? Sabe criança anima a casa, causa alegria.

- Aonde quer chegar? - Ok, senhor Gavira tinha ficado impaciente também e agora ele estava quase forçando seu filho caçula contar de uma vez.

- Vamos ter um filho. - As palavras sai da minha boca sem que eu pudesse pensar, eu também já estava impaciente com aquilo.

- O que? - A pergunta saiu da boca dos três a nossa frente.

- Surpresa! - Isso veio do Gavi que logo em seguida uma risada nervosa e sem graça.

- Como assim vocês vão ter um FILHO? - Aurora falou a última palavra tão pausadamente que me senti envergonhada

Eu não sabia como reagir diante deles. Isso tudo é demais para mim, como eu disse, gosto deles e tenho a sensação de que eles também gostam de mim, mas esse povo europeu são tão reservado que tenho certeza de que eles só queriam netos após o casamento.

Tudo bem que eles não são ingênuos de pensar que o filho deles, era Un santo que não transava. Mas tenho certeza de que um neto não era uma das coisas que eles gostariam por agora. Ainda mais com Gavi no auge da carreira dele.

- Isso não estava em nossos planos...- Fui interrompida.

- Claro que não estava, meu Deus. - O senhor Gavira fala se levantando e andando de um lado para o outro, daqui a pouco ele fazia um buraco no meio da sala. - Vocês... vocês fazem ideia do trabalho que um filho da? - Ele pergunta e não respondemos, afinal não tinha umas reposta.