Capítulo 13 - Buscando Mudanças

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Benjamin

Já trajando o meu pijama, adentro o meu antigo quarto na casa do meu pai e me bate uma pequena nostalgia da época em que esse era, de fato, o meu quarto.

Tudo está exatamente igual e me lembro da primeira vez que entrei aqui. Naquela época, eu era uma pessoa tão amarga e ressentida com todas as coisas que estavam acontecendo na minha vida. Eu nunca pensei que poderia piorar tanto; o lado bom é que eu sobrevivi a tudo aquilo e acho que aquele Benjamin se orgulharia da pessoa que eu me tornei hoje!.

Richard - Sentindo saudades?.

Me viro o vejo adentrando o quarto e se aproximando, já dentro do seu pijama de cor neutra.

Sorrio ao assentir. - Um pouco!. Não espera encontrar tudo exatamente igual.

Ele passa o braço em volta dos meus ombros ao se posicionar do meu lado. - Eu queria deixar tudo como estava; assim eu me lembro de como você era e do quanto cresceu!. - Ele mantém um tom orgulhoso em seu semblante.

Sorrio com ternura. Me aproximo da foto do Brian na mesinha ao lado da cama e a acolho em minhas mãos. Meu pai e eu admiramos cada traço do seu rosto inocente e cheio de vida. - Faz tanto tempo...

Richard - Acho que ele ficou feliz por ver onde chegamos. - Ele suspira profundamente. - Estamos mais unidos do que nunca e ele sempre vai estar no centro dessa união.

Assinto, emotivo ao segurar o choro. - Sempre!.

Richard - A festa foi incrível. Você se saiu muito bem!. - Ele pisca para mim. - Sempre soube que você faria coisas grandiosas e me orgulho muito disso!.

Devolvo a foto e o fito. - Obrigado, pai!. Boa parte disso eu devo ao senhor; nunca desistiu de tentar me ajudar e sempre viu em mim o que eu nunca conseguia ver. - Completo, agradecido.

Com um sorriso pleno, ele beija a minha testa de forma demorada. - É o mínimo que um pai pode fazer!. E amanhã, seu pai vai preparar um café especial para comemorar o sucesso da festa!. - Ele diz com um ar mais brincalhão.

Gargalho do seu jeito de falar. - A comida dessa casa é a que eu mais sinto falta desde que fui embora.

Ele dá de ombros ao adotar uma expressão falsamente despretensiosa. - Bom... Ainda dá tempo de voltar, se quiser.

Gargalho do seu comentário. - O senhor é terrível!.

***

Dia seguinte.

08:14

Oliver

Ouço a porta do meu quarto abrir e com a vista embaçada, vejo a Nadine caminhando até a janela.

Nadine - Acorda!. Hora de acordar!. - Em um gesto brusco, ela arrasta as cortinas do meu quarto, permitindo que a claridade intensa se espalhe pelo cômodo.

Cubro a vista dolorida e bufo de raiva. - Qual é o seu problema?. Ainda está aqui?.

Ela puxa a coberta de todo o meu corpo e a enrola de mal jeito antes de jogá-la nos meu pés. - Sim, a minha casa já foi dedetizada, mas sua mãe e eu achamos melhor eu ficar aqui para trazer mais harmonia para essa casa!. - Ela se gaba ao jogar sua mecha por cima do ombro.

Esfrego meus olhos antes de abri-los e a vejo dentro de uma calça cintura alta em tom caramelo claro e um top branco. - Quanto ironia!. - Bufo, incrédulo enquanto mantenho meu corpo imóvel na cama.

Ela abre um sorriso sem ânimo. - Continua com as suas piadas, devia me agradecer por estar aqui, principalmente depois de tudo que você me disse ontem. Me magoou muito!. - Ele encara o chão enquanto adota uma expressão forçada de ofendida.

A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora