Capítulo 33 - Recomeços

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Dia seguinte.

08:01

Chego na sala de jantar e encontro o meu pai, Susan e Pandora sentados e se deliciando com uma enorme mesa de café da manhã, recheada de panquecas, doces e massas de padaria e tipos variados de sucos.

Benjamin - Bom dia!. - Me sento ao lado da Pandora e a abraço com um dos braços.

Susan - Bom dia, Benjamin. - Ela me abre um sorriso largo e beberica sua xícara.

Richard - Bom dia, filho!. Como dormiu?. - Ele deixa o tablet de lado e morde um sonho, me dando sua atenção.

Benjamin - Dormi bem, obrigado!. - Trocamos sorrisos.

Richard - Conversei com um amigo hoje, dono de uma empresa de confiança, e eles vão me acompanhar até a sua casa para trocar as fechaduras e instalar as câmeras!. - Ele se mostra satisfeito.

Benjamin - Pai, isso é mesmo necessário?. - Questiono, preocupado.

Richard - É mais do que necessário, filho!. São as mesma que têm aqui, então, sei que vão ser bem úteis!. - Ele dá de ombros enquanto aproveita seu café.

Encaro a Susan com uma expressão de pânico, mas ela se mostra voluntariamente inerte.

Susan - Eu tentei. - Ela sorri de maneira torta e toca a xícara com os lábios.

Curvo os ombros, rendido. - Está bem...

Richard - Vai para a galeria hoje?. - Ele divide uma panqueca com a Pandora.

Benjamin - Bom... Na verdade... Não!. Eu vou começar um pequeno trabalho na casa de um cliente. Talvez eu passe na galeria mais tarde. - Tento me manter neutro.

Richard - Está bem!. - Ele assente enquanto se serve de mais café.

O admiro distraído e passo a me sentir horrível por não ser totalmente honesto com ele.

Meu pai não faz a menor ideia do que está acontecendo, assim como eu não fazia!. Tudo que eu mais queria era falar com ele sobre a Jenny, mas não é o momento. Ele ficaria arrasado e sabe Deus o que faria a respeito disso.

***

Nadine

Oliver e eu brincamos com o Braddy sobre o sofá enquanto conversamos.

Oliver - Sinceramente, te devo desculpas, Nadine!. Não achei que você fosse conseguir ficar com o Braddy, mas olha para você!. - Ele curva os cantos dos lábios, se mostrando impressionado.

Assinto ao jogar o cabelo por cima do ombro. - Obrigado por dizer isso e fazer questão de deixar claro que não acreditava em mim. - Ressalto, quase agradecida. Dou o brinquedo de morde para distrair o Braddy.

Oliver dá de ombros e começa a se aproximar da porta assim que o barulho da campainha ecoa. - Imagina!. Mas, se serve de consolo, você calou a minha boca e a de muitos por aí!. - Ele abre a porta.

Me levanto, perplexa, ao ver a Helena parada em frente a ela de maneira retraída.

Oliver me fita, também chocado ao se afastar com um passo.

Nadine - Helena?. - Dou alguns passos para perto, estranhamente confusa.

Helena - Eu posso entrar?.

***

Sentada no sofá e entre nós, Helena desabafa sobre os últimos acontecimentos da sua vida da forma mais vulnerável possível.

A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora