Capítulo 55 - Ainda Há Coisas Boas

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Dia seguinte.

07:11

Helena

Tomada pela emoção, seguro a bolsa da minha mãe enquanto ela se curva e coloca as rosas sobre o túmulo do meu pai.

O silêncio reina por alguns segundos enquanto ela se mantém agachada e suspirando de forma lenta.

Apesar de ser muito difícil para ela e para mim, fico feliz que ela tenha me pedido para vir junto. Imagino que ela deve sentir muito por ele e por toda a situação.

Sua mão repousa lentamente na lápide. - Oi... Seu cabeça dura!.

Posso ouvir uma fraca risada vindo dela, me fazendo abriu um pequeno sorriso.

Angelina - Eu não consigo acreditar no ponto em que chegamos... Nossa família começou a colapsar bem diante dos nossos olhos e fomos orgulhosos demais para admitir isso, não é?. Que bom que tivemos uma filha tão astuta a ponto de não desistir de nós. - Ela me lança um olhar de cumplicidade e passa a acariciar a minha mão assim que volta a desviar o olhar. - Eu sinto muito... Desculpa por sentir tanto medo... Tanto medo de te ver tão vulnerável. Você sempre foi aquele que deu conta de tudo, não é?. Sempre escondendo as suas fragilidades... Fingindo que não tinha nenhuma. - Ela funga ao se mostrar emotiva e seca uma lágrima sua.

Tento não me emocionar, mas é muito difícil conter as lágrimas.

Meu pai partiu por estar doente enquanto a nossa própria família também estava doente. Infelizmente não conseguimos consertar tudo a tempo e isso vai nos perseguir pelo resto da vida, mas sei que ele está feliz por nos ver tentar.

Angelina - Quero que saiba que eu sou grata e admiro tudo que fez por nós. O seu esforço não foi em vão!. Nossa família se manteve viva por causa dele. Espero que agora você se permita ser frágil... Se permita descansar... Se permita perceber o quanto será amado e lembrado por nós!. - Com muito esforço e emoção, ela se levanta e busca consolo no meu abraço.

A aperto contra o meu corpo e choro com ela para aliviar o pequeno nó no peito. Encaro a lápide por cima do ombro da minha mãe e abro um sorriso.

Te amamos, pai!.

***

Benjamin

Ethan para o carro em frente à casa do Oliver. Passamos o caminho todo conversando sobre a noite passada e não tínhamos palavras para expressar todo o espanto que sentimos.

Úrsula - Gente... A Scarlett!?. Meu Deus... - Ela afunda a mão no cabelo, perplexa. - A Scarlett que conhecemos... Que convivíamos... Que trocávamos!. Ela se tornou uma criminosa!.

Assinto, desprendendo o cinto do banco do carona, ainda em choque. - Eu sei... E ela entrou na casa do meu pai sem ser vista, roubou tudo que tinha no cofre e ainda comseguiu tirar o Nick do caminho... Como eu não percebi nada disso?. - Questiono, injuriado.

Ethan - Ninguém espera que alguém que você conhece vai roubar a sua casa na cara dura e tendo um plano extremamente bem arquitetado. - Suas sobrancelhas se erguem enquanto a frustração toma conta do seu semblante. - Ela não cansa mesmo de impressionar.

Úrsula - A única parte que eu gostei, foi de saber que o Nick está atrás das grades e vai pagar por ter sido tão idiota ao confiar na Scarlett!. Muito bem feito!. - Ela abre um sorriso de satisfação.

Ethan - Ainda bem que o Oliver estava lá com você!. - Ele ressalta de forma mais tranquila.

Assinto, eufórico. - Pois é, eu não conseguiria conter o Nick como ele fez. Vai saber o que o Nick teria feito comigo se fôssemos só ele e eu!.

A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora