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Converso com um dos policias fardado enquanto o outro termina de analisar a minha sala completamente destruída e conversa com o meu pai.
Úrsula, Nick, Ethan e Helena também estão presentes, ambos, assim como eu, preocupados, perdidos e assustados enquanto ajudam a organizar a bagunça.
Benjamin - Só a sala foi revirada, os outros cômodos estão aparentemente intactos!. - Estou bem menos nervoso do que quando entrei e vi a minha casa nesse estado, porém, ainda me dá um pouco de receio.
Meu pai se aproxima e passa o braço em volta das minhas costas, massageando as mesmas para me consolar.
- Sentiu falta de alguma coisa?. - Ele questiona enquanto me fita com seus olhos castanhos e anota em seu bloco.
Benjamin - Não... Eu acho... - Olho em volta e tudo parece estar aqui. Quebrado, mas aqui!.
Ele assente enquanto desliza a caneta pelo bloco. - Estranho não terem roubado nada... Você tem muitas coisas de valor nessa sala... Bom... tinha!. - Ele dá uma leve inclinada com a cabeça, sutilmente sem jeito. - Sabe de alguém que poderia ter feito isso ou que tenha fácil acesso à sua casa?. Afinal, não há sinal de arrombamento!. - Ele questiona, séria.
Nego com a cabeça de maneira firme. - Não!. Só o meu pai e a Úrsula têm cópias da minha chave!. Mas os dois são da minha total confiança!. - Ressalto.
Richard - Vocês vão achar quem fez isso?. O meu filho pode estar correndo perigo!. - Ele se mostra agitado e um pouco frustrado.
- Faremos o possível, mas o trabalho dificulta por não ter câmeras por aqui. - Ele solta um curto suspiro ao guardar o bloco. - Mas, sinceramente, duvido que a pessoa que fez isso volte para fazer de novo. Seria muito arriscado e como não levaram nada... Vamos investigar, não se preocupem!.
Terminamos de conversar com os policiais e eles deixam a minha casa após falar com o resto de nós. Minha sala ficou arrumada dentro do possível, mas minha mesinha de centro já era.
Nick - Benjamin, você está se sentindo bem?. - Ele pega a minha mão e a acaricia com o polegar, expressando a sua preocupação.
Assinto. - Eu estou!. Foi só um susto!. - Dou de ombros, tentando não preocupar ninguém.
Helena - O que importa é que não aconteceu nada com você!. - Ela se mostra aliviada, porém, mantendo a angústia mais evidente.
Úrsula - Muito estranho... - Ela franze o cenho, pensativa. - Se eles não roubaram nada, por que invadir?. Essas coisas não costumam ser pessoais?. - Ela se mostra confusa.
Seu questionamento consegue me assustar um pouco.
Pessoal?. Quem que eu conheço que poderia fazer algo tão horrível assim?.
Ethan - É estranho mesmo, mas o Benjamin não tem inimigos a esse ponto. - Ele se mostra neutro. - Na certa, eram pessoas atrás de dinheiro ou coisas que considerassem de valor. Como não encontram, só foram embora!.
Benjamin - É meio assustador pensar que alguém faria isso para me afetar diretamente. - Me sinto um pouco tenso e assustado.
Nick - Não se preocupe, não vou deixar nada acontecer com você!. - Sua voz sai calma e suave enquanto sua mão não desgruda da minha.
Sorrio, me sentindo um pouco mais calmo com suas palavras. - O que me preocupa é que não há sinal de arrombamento por aqui... Como isso é possível?.
Nick - Os bandidos estão cada vez mais ardilosos!. Invadir casas deve ser uma das coisas mais fáceis para eles, mas... - Sua mão permanece acolhendo a minha e ele a beija carinhosamente. - Eu posso ficar aqui com você, se quiser!.
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A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]
Pertualangan* (Livro II de Apenas Uma Aposta) * Quatro anos após o colégio, Benjamin Leblanc cresceu e amadureceu muito com o tempo desde sua adolescência. Sua vocação sempre foi voltada para a arte, levando-o a abrir, enfim, a sua galeria de arte. A vida semp...