Capítulo 35 - O Perdão

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Úrsula - Então, a Scarlett está sabendo de tudo?. - Ela se mostra perplexa ao sentar na cadeira do meu escritório. 

Nick - Tudo por causa do Oliver!. - Ele cruza os braços ao fechar a cara. - Mais alguém está surpreso?. - Sarcasticamente, ele bufa de revolta.

Helena - Não, Nick!. Essa história está mal contata!. Não acho que o Oliver tenha feito isso!. - Ela toma sua posição de maneira firme. - Não faz sentido!.

Nick revira os olhos, contrariado. - Ah, Helena, você acabou de voltar a falar com ele. Por acaso, lembra a razão de ter parado?. Eles não são pessoas boas, você e o Benjamin sabem bem disso!. - Ele me fita, sério. - Você baixa a guarda por um segundo e é isso que acontece!.

Helena me encara com um ar ressentido. - Benjamin?.

Bufo, ainda perplexo. - Eu não sei o que pensar... A Scarlett também poderia estar mentindo, não é difícil duvidar que ela faria algo assim.

Úrsula - Essa sim teve a pior mudança de todas, não é, Ethan?. - Ela o fita, indignada.

De braços cruzados e expressão fria, ele dá de ombros. - Se tratando dela, também não descartaria essa hipótese.

Nick - Vocês estão se desviando do verdadeiro culpado. É óbvio demais para vocês levarem em consideração?. - Sua pose rabugenta se soma a seu tom de voz aborrecido.

Ethan - Calminha aí!. - Ele pede de forma paciente. - Estamos apenas levantando suposições!.

Nick se contenta em bufar e desviar o olhar para o nada.

Suspiro, impaciente. - Vou tirar essa história a limpo, então. Analisar essas suposições!.

Eu não consigo duvidar cem por cento da Scarlett, mas não posso acusar o Oliver de algo que ele não fez.

***

Helena e eu tocamos a campainha da casa do Oliver.

Sinto um suar estranhos nas mãos e me sinto um pouco inquieto.

Eu nunca entrei na sua casa e estar aqui me deixa bastante desconfortável, mas o atual momento não me permite levar isso em consideração para recuar.

Assim que a porta se abre e revela o Oliver, com seus olhos azuis surpresos e cenho franzido, fica claro que nossa presença era a última coisa que ele poderia imaginar.

Oliver - Benjamin?. - Sua voz sai em tom baixo e lento.

Me forço a abrir um sorriso, estranhamente sem saber como agir. - Oi...

Helena - Podemos entrar?. Precisamos falar com você!. - Ela mantém uma pose séria e determinada.

Ele assente ao lutar para tirar seus olhos de mim e dar espaço de forma desengonçada. - Claro... Entrem...

Passamos por ele e nos posicionamos no centro da sua sala; uma enorme sala, com móveis modernos e elegantes. Uma bela casa!.

Oliver fecha a porta e se aproxima com um cenho confuso e desnorteado. - Sobre o que... Vocês querem falar?. - Ele esfrega as mãos na calça, claramente sem jeito.

Helena - Nós...

Nadine - Oliver, é a sua vez de lavar a lou... - Ela para de falar assim que chega na sala e paira seus olhos grandes sobre nós. Nadine se mantém em silencio por dois segundos ao passar a respirar de forma mais intensa. - Benjamin...? O que... Eu estou na casa certa?. - Ela olha em volta, perdida.

A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora