Após longos minutos dirigindo pela estrada deserta e cercada por árvore, vou diminuindo a velocidade ao avistar o carro da Helena parado mais a frente. Estaciono o carro e desço para me aproximar.
O mesmo se encontra vazio e não há sinal da Helena ao redor. Dou uma rápida vasculhada no interior do carro, mas não acho nada dela.
Que estranho. Onde ela está?.
Benjamin - HELENA?. HELENA?. CADÊ VOCÊ?. - Formo dois cones com as mãos em frente à boca para potencializar a minha voz. - HELENA?. - Começo a sentir um leve receio com apenas os ruídos das árvores movidas pelo vento e pego o meu celular. Disco o número da Helena e coloco para chamar antes de levá-lo à orelha. Desligo assim que a chamada cai na caixa postal. - Ué... - De repente, sinto uma forte pancada na cabeça e rapidamente a minha vista escurece até tudo ficar preto.
***
Vou abrindo meus olhos devagar enquanto a minha vista segue intensamente turva e uma voz chamando o meu nome ecoa pela minha cabeça. Assim que desperto por completo, sinto uma forte dor na parte de trás da cabeça e fito a Helena amarrada em uma cadeira a poucos passos de mim.
Helena - Benjamin...?. - Ela se debate suavemente enquanto me fita com o pânico em seu semblante. A lateral do seu rosto está bem avermelhada e marcada por algo que parece ser um tapa. - Que bom que você acordou!.
Assim que a minha consciência volta por completo e percebo que também estou com os membros presos em uma cadeira, o desespero começa a me controlar por completo. - Helena...?. O que... O que está acontecendo?. - Questiono, tomado pelo pânico enquanto me vejo confuso sobre o lugar estranho e deplorável em que estamos.
Benjamin - O que... Ai!. - A dor segue sendo um incômodo vívido e doloroso com a pancada que sofri na cabeça. - O que é isso?. Onde a gente está?. - Tento mexer os braços e as pernas com força, mas ambos seguem bem presos.
Helena - Foi a Scarlett!. Ela e um cara chamado Lucas nos trouxeram para cá!. - Sua voz está afoita e sua euforia é nítida.
Na mesma hora, meu ar começa a se tornar escasso e o pânico faz o meu peito bater de forma desritmada.
Benjamin - Não... NÃO!. - Me debato com mais força, mas as cordas só fazem me machucar ainda mais. - Meu Deus... Seu rosto... - Noto a vermelhidão e as suas roupas sujas de terra, preocupado.
Helena - A Scarlett me acertou!. - Ela dá uma rápida estragada com o rosto no ombro e geme de dor. - Ela usou o meu celular para te trazer aqui. Desculpa... Eles me obrigaram a dar a senha. - A culpa toma conta do seu rosto.
Benjamin - Aquela maldita!. Não se culpe por isso. Não te deram escolha!. - Sinto o meu corpo esquentar de raiva ao ver o seu estado. - Aqueles...
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A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]
Abenteuer* (Livro II de Apenas Uma Aposta) * Quatro anos após o colégio, Benjamin Leblanc cresceu e amadureceu muito com o tempo desde sua adolescência. Sua vocação sempre foi voltada para a arte, levando-o a abrir, enfim, a sua galeria de arte. A vida semp...