A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]

Capítulo 19 - Uma Noite Marcante

21:44

Ethan

Helena e eu continuamos gargalhando desde que saímos do cinema.

Desde que cheguei para buscá-la em sua casa, não consigo parar de admirar o quão bela ela se encontra esta noite. Helena está trajando um vestido formal de veludo preto com pregas enquanto exibe sua perna através da fenda e seu cabelo está preso em um perfeito coque ruivo. Uma verdadeira deusa!.

Eu estou bem humilde se for comparar; estou usando um blazer bege por cima de uma camisa formal branca e uma calça formal preta.

Helena - Fala sério, aquele filme foi horrível!. - Ela gargalha de maneira contagiante, se mantendo perplexa. - A Anne Hathaway merecia um papel melhor e um filme melhor.

Concordo enquanto dirijo pela rua consideravelmente movimentada. - Depois que assistimos "O Diabo Veste Prada" eu não poderia concordar mais!. Esse novo filme ficou bizarro!. - Viro a esquina, já podendo ver a estrutura iluminada do restaurante. - Restaurante Noite Dourada. Será que é bom mesmo?. - Questiono, adentrando com o carro em uma fila que se estende por alguns metros até a entrada.

Helena - Esse lugar é famoso pelas costelas e todos na internet dizem o mesmo. - Ela ressalta enquanto permanece focada na tela do celular. - Acho que já sabemos o prato para estrear, não acha?. - Ela me fita o olhar.

Ethan - Claro!. Vamos provar o prato que fez esse lugar ser conhecido!. - Discretamente, sinto a caixinha da aliança no meu bolso. - Eu adoro uma boa surpresa!.

Ambos trocamos sorrisos.

Admirando os traços do seu rosto angelical, só faz com que eu me apaixone ainda mais por ela. Helena vai ser a minha mulher e eu vou ser o seu homem para sempre. Eu não quero esperar mais, esse pedido vai acontecer essa noite. Tudo já está mais do que planejado. Consegui alugar a mesa central do restaurante e combinei com o pessoal do local para a surpreenderem com flores e um doce sinfonia de violino quando eu fizer o pedido.

Pela baixa luminosidade do carro, fica fácil esconder as mãos suadas e os batimentos aceleradas, consequências desse meu plano para esta noite.

Assim que descemos do carro, entrego a minha chave para o manobrista e recebemos um "boa noite". Assim que adentramos o espaço grande e iluminado por lâmpadas no teto, notamos o quão agradavelmente bonito ele é. Tudo possui um toque fino e caprichado; com pinturas modernas nas paredes e uma singela música de fundo.

O recepcionista Isac, um homem moreno de cabelo afro e movimentos elegantes, nos recepciona com o seu sorriso branco ao apontar para a entrada. - Boa noite aos dois. Senhor Smith, sua mesa é por aqui!. Me sigam, por favor. - Ele avança pelo hall.

Helena passa o seu braço em volta do meu e ambos começamos a segui-lo pelo grande salão. Os cantos dos seus lábios se curvam sutilmente e um olhar impressionado toma conta do seu semblante. - Senhor Smith?. Que chique!. Não me contou que tinha feito uma reserva aqui, na verdade, não disseram nada sobre precisar fazer reservas.