A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]

Capítulo 36 - Segredos Revelados

Nadine

Oliver e eu aproveitamos o sol para relaxar um pouco nas espreguiçadeiras da piscina.

O sol está agradável e nossas cervejas geladas deixam o momento muito melhor.

Nadine - Sabe, estou feliz que você e o Benjamin tenha se acertado. - Ajeito os meus óculos escuro e suspiro de relaxamento. - As coisas estão, enfim, mudando para nós.

Ele assente enquanto encara suas mãos sobre a sua barriga. - É, foi um dos melhores momentos que eu poderia ter!. Sei que eu não vou ter nada além da sua amizade, mas é muito bom ter a chance de melhorar as coisas entre nós, pelo menos... - Ele termina com um tom cabisbaixo.

Lhe dou uma breve massagem no ombro para confortá-lo. - Não é tarde demais para conquistá-lo!. Quem sabe... - Abaixo o óculos para piscar para ele.

Ele franze o cenho ao me repreender. - Nadine, você esqueceu que ele está com o Nick agora?.

Bufo, injuriada. - Nick... Hum, esse não me desce mesmo. A coisa vai ficar bem feia se eu trombar com ele de novo!. - Bufo. - Ele tem uma cara estranha... Sei lá... Não confio!. O que você acha dele?. - Questiono.

Ele suspira, mantendo o seu olhar pedido na imensidão do céu. - Eu não o conheço, mas apesar de tudo, ele deve ser um cara bom... Muito mais do que eu sou...

Nadine - Ah, para!. Ele veio até aqui e bateu em você!. O jeito que ele falou comigo quando eu fui na Cuidados Pet... Te juro, vai sobrar para ele!. - Ressalta, eufórica para encontrá-lo novamente.

Oliver - Olha... Ele faz o Benjamin feliz e é tudo que eu quero que ele seja!. - Ele dá de ombros com um ar de melancolia. - Aliás, depois do que aconteceu com você e a Úrsula, a última coisa que você vai querer é criar uma confusão com o Nick!.

Até que, de certa forma, seu comentário faz sentido.

Nadine - Sobre a Úrsula... O que acha que eu deveria fazer?. - Questiono, tomada pelo constrangimento. - Eu... Ah, sei lá...

Ele me fita com um sorriso de canto e um olhar sereno, longe de qualquer tom irônico. - Se existe algum sentimento aí dentro por ela, deixa ele se manifestar antes que possa ser tarde demais. - Ele se senta ao suspirar rapidamente. - Acredite em alguém experiente em perder quem se ama. - Ele aponta para si mesmo. - Se não fizer nada, pode acabar se arrependendo para o resto da vida e percebendo que preferiu seu ego ao invés da sua felicidade!. - Seu tom termina sério e seus olhos penetram os meus. - Pensa nisso!. - Ele dá um leve tapa no meu joelho, se levanta e dá um mergulho profissional na piscina.

Oliver e Helena disseram praticamente a mesma coisa... Ah, que confusão!!!.

***

Benjamin

Na casa da Jenny, afundo o pincel na lata de tinta preta, a cor principal da arte que planejei para a parede, e sigo pintando cada linha cuidadosamente. Procuro manter a minha mente vazia para poder focar no trabalho e, consequentemente, me sentir bem, ou menos pior.

Derick - Benjamin, preparei alguns sanduíches naturais e um suco de laranja. - Ele cruza a sala com uma bandeja branca e a deixa sobre a mesinha de centro. - Espero que goste!.

Lhe abro um sorriso ao abaixar o pincel e me aproximar. - Obrigado, Derick!.

Ele dá de ombros ao analisar a parede. - É, está ficando ótimo!. Sabia que tinha sido uma boa idéia te chamar!.

Dou de ombros e mordo o sanduíche com queijo e tomate. - Ah, obrigado, mas eu só estou quase na metade da coruja.

Derick - Mas já dá para perceber os traços de um artista pelo começo!. - Ele coloca as mãos na cintura, se mantendo impressionado. - Estou ansioso para vê-la pronta.