Capítulo 18 - Abrindo Mão

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Nadine - Claro que vou!. - Tento segurá-lo melhor no meu colo. - Eu sempre quis ter um bichinho!. - Ressalto.

Oliver - Desde quando?. - Ele questiona, pasmo. 

Nadine - Desde que eu decidi me tornar uma pessoa melhor!. - Dou de ombros, abraçando ele com uma certa apreensão. - Cachorros costumam ajudar nesse processo.

Úrsula - Você sabe que cachorro é uma grande responsabilidade, não sabe?. - Ela semicerra os olhos em mim e cruza os braços.

Reviro os olhos ao deixar o cachorro no colo do Oliver. - É claro que eu sei e ele deve estar louco para ficar com quem salvou a vida dele!. - Acaricio sua cabeça com a ponta do dedo indicador, ainda com receio de ficar tocando nele.

Oliver - Nadine, eu sei que você está tentando mudar, mas eu acho que está se precipitando e dando um passo maior do que a perna. Um cachorro pode dar muito trabalho!. - Ele ressalta enquanto me fita por completo com um ar sério.

Assinto, me mantendo imponente. - Eu posso fazer isso!. Sinceramente, eu prefiro gatos; são criaturas mais bonitas e elegantes, porém, eles também são muito frio; e eu preciso de alguma coisa que me ame incondicionalmente agora. E essa coisa vai fazer isso!. - Aponto para o cachorro, animada com a idéia de levá-lo comigo.

Úrsula - Não uma coisa, é um cachorro!. - Ele ressalta com rapidez.

Bufo ao revirar os olhos. - Tá, tá bom. Agradecemos os seus serviços, mas não são mais necessários. Nós vamos ficar com ele!. Vamos, Oliver!. - O pego pelo braço e o faço virar.

Úrsula - Opa, não tão rápido. - Ela se adianta em se colocar na nossa frente. - Vocês já trouxeram ele para cá, então, de certa forma, me sinto responsável por ele!. Se quiser ficar com o cachorro, vai ter que passar pelo processo de teste de adoção.

Franzo o cenho, confusa. - Teste de adoção?.

Úrsula - Claro!. - Ela abre um sorriso de provocação. - Eu preciso me certificar de que ele será bem cuidado e se vai ter um lar adequado para morar!.

Nadine - Isso é serio?. É um cachorro, não é uma criança!. - Ressalto, indignada.

Úrsula - Sinto muito, mas faz parte do protocolo de adoção; e eu faço questão de ser a profissional que vai acompanhar criteriosamente esse processo!. - Ela mantém um sorriso de satisfação nos lábios.

Oliver - O cachorro não foi cadastrado aqui, então, tecnicamente, você não pode fazer isso!. - Ele anuncia, mantendo seu tom retraído e discreto.

Úrsula franze o cenho a ele. - Quer apostar?. - Ela questiona com um tom ameaçador.

Ergo a cabeça, indisposta a engolir o seu deboche. - Quer saber?. Ótimo!. Eu vou provar que eu sou capaz de cuidar dessa coisa peluda e fazer você se arrepender por ser tão arrogantemente grossa!. - Bato o pé de maneira firme.

Úrsula acha graça. - Vamos ver!. Começaremos amanhã, mas enquanto isso... - Ela pega o cachorro dos braços do Oliver e o acaricia. - Ele fica aqui!.

Sua crença sobre eu não ser capaz de cuidar desse cachorro me deixa enfurecida e com vontade de fazê-la engolir as palavras.

Nadine - Eu volto para você, Braddy!. - Lhe faço mais um carinho atrás das orelhas ao adoçar a minha voz.

Ele se mostra receptivo aos meus carinhos enquanto tenta encostar seu focinho molhado no meu rosto.

Oliver - Braddy?. - Ele franze o cenho, confuso.

Nadine - É o nome que eu vou dar a ele!. O nome ideal para o cachorro ideal e com uma dona ideal!. - Jogo o cabelo por cima do ombro e fito a Úrsula nos olhos, determinada. - Estarei aqui amanhã!. - Me viro e puxo o Oliver até a saída. - Garotinha insuportável!. Viu a forma como ela tratou a gente?. Ela deve se achar muito superior só por ser dona de um lugar como esse!. - Ressalto, indignada.

A Arte Que Me Feriu - Livro II [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora