E FOI O QUE PASSOU...

- CAPITULO QUATORZE -

“Problemas de amor”

— Por que você tem que ir?– Gina indagou manhosa, aconchegando-se melhor no Potter.

Harry remexeu-se entre os lençóis, depositando um beijo casto entre os cabelos ruivos de Gina.

— É um procedimento padrão entre os aurores– disse ele– Vários de nós estamos encarregados de visitar alguns ministérios pelo mundo.

A Weasley suspirou pesadamente, fechando seus olhos.

Os dedos de Harry acariciavam os cabelos da garota, enquanto ela relaxava em seus braços.

— Pense– disse ele– Você está treinando muito ultimamente. Com toda certeza nem sentira minha falta.

A ruiva nada disse, apenas agarrou-se na cintura de Harry, ainda mantendo seus olhos fechados.

— É óbvio que vou sentir sua falta – disse ela– Mais do que você imagina.

O Potter sorriu.

— São apenas dez dias. Passa rápido.

— Eu espero que o senhor me escreva.

— Claro que sim, Senhorita.

A ruiva sorriu.

Harry poderia passar a vida inteira ali, deitado ao lado de Gina, para ele seria a realização de um sonho estar ao lado da ruiva, ter uma família.

— Posso saber o que se passa na sua cabecinha?– perguntou ela.

O Potter sorriu, roubando um beijo da garota.

— Em você – disse ele– E como o sobrenome Potter lhe cairia perfeitamente bem.

Gina levantou-se para encara-lo melhor.

— Não brinque com coisa séria, Harry!– advertiu ela.

— Estou dizendo a verdade. Você não acha que Gina Potter soa bem?

Um largo sorriso surgiu nos lábios da garota, que em resposta a pergunta se Harry, apenas lhe beijou os lábios, sentando-se em seu colo.

— Isso é um sim?

— Isso é um sim – ela sorriu – Um dia eu adoraria me tornar a senhora Potter.

Harry sorriu largamente, puxando-a para um beijo ardente.

Desde que entenderá o que lhe passava em relação a Gina Weasley, Harry Potter tinha certeza de que ela era a mulher de sua vida.

E um dia faria dela sua esposa.

Uma semana havia se passado desde que Harry viajará para os Estados Unidos, com o intuito de conhecer os demais ministérios pelo mundo.

Gina por sua vez dedicava-se cada dia mais aos treinamentos. Principalmente depois que sua treinadora lhes informou sobre um jogo que estava por acontecer.

Aquele seria seu primeiro jogo como uma profissional.

— CINCO MINUTOS!– gritou Céline.

As garotas pousaram em uma formação, descendo de suas vassouras.

Dispersaram-se entre as arquibancadas bebendo água ou descansando por alguns segundos.

— E então, como estão as coisas com seu namorado?– perguntou Gina, aproximando-se de Carol.

— Um pouco frias– disse ela– Ele meio estranho ultimamente e...

Derrepente as palavras desapareceram da boca de sua amiga, conforme seu rosto ganhava um tom pálido.

— Carol?– chamou Gina.

Mas a garota não lhe respondeu.

Seus olhos estavam fixos no casal mais adiante. Que Gina supôs ser Céline e Seu marido.

Quando voltou sua atenção para Carol, a garota não estava mais lá.

Gina buscou com o olhar pela colega, concluindo que ela havia se escondido no vestiário.

Então a ruiva foi busca-la.

— Carol!– chamou ela.

Sem resposta.

— Carol, sou eu, Gina!

Após mais um minuto de silêncio, a garota saiu de seu esconderijo. A Weasley pode notar lágrimas grossas descendo pelo rosto da jovem.

— Ele... Eu... Juro que não sabia...

Gina nada disse, apenas envolveu Carol em um abraço apertado, dando liberdade par que ela liberasse seus sentimentos.

A Weasley não soube quanto tempo ficaram ali, mas quando sua colega finalmente acalmou-se, a ruiva tomou conta da situação.

— Era ele? Seu namorado?

A garota apenas assentiu.

Gina respirou fundo, entendendo toda aquela confusão.

Aparentemente Carol não sabia sobre o relacionamento de seu... relacionamento afetivo o enganava com outra. Ou melhor, que ela era a outra.

— Eu fui tão burra– fungou ela– Era óbvio que ele escondia alguma coisa.

— Respire – pediu Gina– Você não tem culpa de nada.

Derrepente os olhos de Carol se arregalaram.

— Você não pode contar isso para ninguém – disse ela.

— O que?

— Eu- Eu vou dar um jeito nisso, vou larga-lo. Mas por favor Gina, não conte à ninguém.

Gina mordeu os lábios, um pouco incerta.

— Carol...

— Por favor!– implorou a jovem de cabelos roxos– Me dê uma semana, e eu prometo que vai ser como se nada tivesse acontecido.

Suspirando, Gina puxou a amiga para mais um abraço.

Algo lhe dizia que dar fim aquela situação, não seria fácil.

Sua consciência gritava para quela ela não abandonasse Carol, pedia para que não se afastasse dela.

E ela não o faria.

Estava mais envolvida do que imaginávamos, e mesmo que toda aquela situação fora assustadora, Gina Weasley não abandonaria Carol.