- CAPITULO SESSENTA E DOIS -

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“Crianças”

As manhãs na residência Potter nunca foram calmas, principalmente após o nascimento dos garotos Potter.

Harry Potter sabia que aquele falatório durante a primeira refeição do dia, só alimentaria com a chegada de mais um integrante da família. A descoberta da terceira gravidez de Gina fora uma surpresa total para toda família, mas uma alegria geral tomou conta de todos.

— BOM DIA!– a voz alta de Thiago Sirius despertou o Potter de seus devaneios.

O garotinho cujo os cabelos cresciam de maneira esvoaçante, que causava certa revolta em Gina, já que seus filhos pareciam ter herdado não só a aparência do pai, mas também os cabelos.

— Thiago, não desça pelo corrimão!– repreendeu a ruiva.

O garotinho apenas sorriu, sentando-se em seu lugar.

— Pai, papai, papi..

— Ih!– exclamou Harry, já sabendo aonde aquela conversa chegaria – Com qual vizinha tenho que conversar dessa vez?

Thiago Sirius arregalou os olhos, chocado com o fato de seus pais já imaginarem o pior de si, sem ao menos saber o que ele diria.

— Que isso paizão – disse ele– Você me juga mal.

Gina teve de conter um riso ao ouvir aquilo.

— Ok, o que foi Thiago?

— Você pode me levar para casa do tio Jorge?

Harry pode ouvir o som alto do prato de sua esposa colidindo de maneira violenta contra a mesa, sendo acompanhado pelo grito alegre de Alvo Severo.

Todos sabiam da fama que Fred e Jorge tinha criado, e após o nascimento de Roxy e Fred II, uma nova geração dos gêmeos Weasley pareceu ter surgido, e Thiago Sirius Potter integrava aquele grupo, assim como Lino Jordan em sua época de escola era cúmplice das peripecias dos irmãos de Gina.

— Não– respondeu a ruiva simplesmente.

— Por que?– indagou o garotinho – Eu não tô de catigo, tô?

— Não – respondeu a mulher– Mas vai ficar de antemão.

— Por que! Ô pai!

Harry mordeu os lábios.

Ele sabia como os hormônios agiam em Gina Potter durante sua gravidez, e aquele não era um monstro que ele gostaria de despertar.

— Gina, meu bem, eu posso levá-lo...

— Da última vez ele voltou com a cara preta– contou ela– Literalmente.

— Isso foi um acidente.

— No ano novo, vocês inventaram de amarrar o pichentinho em um dos foguetes explosivos...

— Foi uma ideia revolucionária– justificar o menino– Sabe, nós só queríamos...

— Pichentinho já é uma ave filho, ele sabe voar!

O menino de quatro anos bufou, cruzando seus braços.

— E se eu pedir para o Rony cuidar dele?

— Sim!– sorriu Thiago – O padrinho é muito repongavel.

Gina mordeu os lábios, pensando naquela possibilidade.

A algumas semanas o ruivo havia pedido para que pudesse passar um tempo com Thiago Sirius, já que os dois quase não tinham um momento padrinho e afilhado.

E FOI O QUE PASSOU...Onde histórias criam vida. Descubra agora