- CAPITULO SETENTA -

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“A vez de Teddy Lupin”

E outra vez tinha onze anos. Outra vez, era apenas um garotinho, entusiasmado  com um novo mundo. Um mundo cheio de magia e aventuras.

Outra vez, ele tinha onze anos. E outra vez, era o Menino Que Sobreviveu.

Mas ele não era mais o Menino Que Sobreviveu. Ele não tinha mais onze anos, e com toda certeza, toda aquela empolgação jovial de quando tudo começou, já não existia mais.

Harry Potter, o Menino Que Sobreviveu, o garoto que derrotou o Lorde das Trevas duas vezes, o homem que havia se tornado o auror mais jovem do mundo bruxo, agora tinha filhos. Tinha outros sonhos. E se orgulhava em dizer que sua história havia terminado.

Uma leve palpitação surgiu em seu peito, quando abriu seus olhos.

Ele gostava daquela sensação. De sentir um cheiro familiar, mesmo não sendo algo que ele se lembrava de ter vívido.

Todas as vezes que havia despertado naquele ambiente, Harry Potter ficará confuso, cogitando mais de uma possibilidade para aquilo estar acontecendo.

Mas não daquela vez.

O sol tocava levemente seu rosto. Estava quente, mesmo sendo outono.

Ele podia ver seus filhos brincando entre si ao lado de Gina, gritando e acenando.

Aquela sim era sua felicidade.

— Eles crescem tão rápido — uma voz masculina chamou sua atenção.

— Oi pai– sorriu Harry sem olhá-lo.

Thiago Potter rescostou-se contra o caule de uma árvore, observando a mesma cena que seu filho.

— Ele se parece comigo– brincou o bruxo.

— Não deixe Gina ouvir você – disse Harry ao pai, olhando rapidamente para Thiago Sirius– Onde está a mamãe?

O patriarca dos Potter arqueou as sombrancelhas, se voltando por completo para o filho.

— Acha que eu não posso ter um papo cabeça com meu filho?– indagou ele.

— Eu não disse isso!– defendeu-se Harry– Mas mamãe sempre me deu ótimos conselhos.

— Garoto, eu vou te colocar de castigo!

Harry riu.

Ele sabia que aquilo não era real. Que seu pai não estava lá. Que quando seus olhos se abrissem, seu pai já não estaria mais ali.

— Harry– chamou Thiago.

— Hum?

— Por que estou aqui?– indagou o bruxo, fazendo seu filho olha-lo confuso.

— Você é o espírito conselheiro aqui, pai– disse ele– Por que está aqui?

Thiago Potter franziu o cenho, pensando em uma boa resposta para aquela questão. Encarando novamente os novos membros da família Potter, algo pareceu surgir em sua mente geniosa.

— Ah é! Me lembrei!– exclamou.

— Ótimo!– sorriu Harry– E então, qual o conselho da vez?

Sorrindo, Thiago Potter pousou suas mãos sob os ombros do filho, encarando sua feição, que já não era tão parecida com a sua como antes.

— Nenhum.

Harry franziu o cenho confuso.

— Não entendi– disse o Potter.

E FOI O QUE PASSOU...Onde histórias criam vida. Descubra agora