E FOI O QUE PASSOU...

- CAPITULO TRINTA E OITO -

“Perdas”

Os dias estavam passando de maneira rápida, Harry não sabia quando haviam chegado em Agosto, mas o clima frio, indicava achegada do inverno.

— Como está a Hermione?– perguntou o bruxo, após assinar o último relatório do dia.

— Me deixando de cabelos branco– respondeu Rony, arrancando um riso do amigo– Falo sério, desse jeito vou ficar sem cabelos, antes dos vinte e cinco.

Uma risada alta escapou dos lábios do Potter. O Weasley por sua vez, apenas lançou um olhar de poucos amigos para o moreno.

Hermione já estava de quase três meses, e era nítido a felicidade mesclada com certa preocupação nos olhos do ruivo.

— Ela está bem. Quer dizer, continua sendo a mesma Mione de sempre– disse Rony– Mas o médico disse que ela não deveria se esforçar tanto, nem se estressar... Eu só... Estou com pressentimento estranho.

Harry franziu o cenho confuso com aquele relato.

Ele conhecia a jovem bruxa a tanto tempo, e sabia como ela era responsável. Provavelmente a mulher não causaria nenhum mal à seu bebê.

Harry Potter foi puxado de seus pensamentos, quando a porta de seu escritório foi aberta com extrema agressividade, dando espaço para que Hermione Granger-Weasley adentrarse o cômodo.

— Rony...– ela resmungou, apertando seus olhos com uma nítida expressão de dor.

O Potter baixou seu olhar rapidamente para o abdômen da mulher, notando que a mesma pousava sua mão de maneira protetora sob a barriga. Entre seus dedos, ele pode notar uma leve mancha de sangue.

— Querida, o que ouve?– indagou o ruivo, aproximando-se da esposa.

— Eu não sei...– murmurou – Não quero perder nosso bebê... Eu não...

— Precisamos ir ao Sant'Mungos!– exclamou Harry, apanhando seu agasalho e o do amigo.

Rony apenas concordou, conduzindo sua esposa para fora do escritório.

Os três caminharam de forma discreta, tentando não chamar atenção daqueles que passavam por lá.

O trio de ouro era extremamente popular no mundo bruxo, e Harry sabia o que aconteceria se alguém visse Hermione ser levada as pressas para o hospital.

Enquanto desapareciam por entre a lareira, o bruxo olhou rapidamente para seus amigos. Ele desejava apenas que nada de mal acontecesse com o bebê, muito menos com sua irmã.

•

O tempo estava passando de maneira lenta, o som do tic tac, vindo do relógio, parecia acompanhar as batidas do coração de Rony Weasley, que por sua vez, permanecia quieto de mais, com seus olhos fixos em algum ponto qualquer da parede.

Harry Potter foi puxado de seus devaneios quando dedos finos tocaram em seus cabelos. O rapaz levantou o olhar, separando-se com os olhos azuis de sua esposa.

Gina Potter nada disse, apenas acomodou-se ao lado do marido, olhando rapidamente para seu irmão.

— Como ela está?– indagou a bruxa, em tom baixo.

— Ainda estão com ela – respondeu Harry– Aparentemente o sangramento era mais severo do que imaginávamos.

A ruiva arfou, mordendo seus lábios.

Ela não diria naquele momento o quão preocupada ficou quando recebeu aquele patrono de seu marido, informando que haviam levado Hermione para o hospital.