𝑂𝑖𝑡𝑜

303 32 9
                                    

-Millie-

Minha mãe, minha mãezinha tinha acabado de presenciar algo que me envergonhou demais, e será traumático para ela.

Onde eu estava com a cabeça? Como pude ceder dessa maneira, a menina estava literalmente me comendo e eu estava gostando. Que vergonha.

-você destruiu meu sutiã. -reclamei e ela riu me chamando para o quarto dela.

-vou te dar um novo. -entramos no closet dela. -aqui! -me entregou a peça de roupa.

Vesti rapidamente e arrumei minha roupa da maneira que tem que ser, arrumei meu cabelo também e saímos do quarto, indo direto para a sala onde minha mãe nos esperava.

-isso ja aconteceu alguma vez? -perguntou seria. -não minta para mim! -me alertou.

-não. -falamos ao mesmo tempo.

-me desculpa Senhora Brown, a culpa foi toda minha. -Sadie se apressou em dizer.

-não, não foi você que estava arreganhada, em um local que não deveria. - ela.me olhava desapontada. -isso nos coloca em risco, se não fosse eu que tivesse visto aquilo? Como que ficaria? -cruzou os braços. -demitidas, e a Liz? Ela é pequena, precisa de cuidados específicos. -ela estava muito chateada. -se fosse outra pessoa tudo bem, sabe que não sou contra relacionamentos homossexuais, o problema aqui é que ela é a filha do patrão. -agora ela demonstrava estresse.

-que é Liz? -Sadoe pergunta totalmente perdida. -se sua mãe não diz agora você vai dizer, quem é Liz? -me encarou.

-não é da sua conta. -neguei rápida.

-não é da minha conta? -protestou. -eu estava dentro de você há cinco minutos e não é da minha conta? -franzi o cenho. -se você é comprometida me diz logo, assim eu evito de a pancada ser maior em meu coração. -eu não sabia o que dizer.

-não, não sou comprometida.

-então que é Liz, porra! -bufou estressada.

-minha filha. -ela arregalou os olhos. -pronto, é isso, minha filha, pode correr agora. -parei de olhar para ela.

-correr? Mas por que?

-é o que sempre acontece. -deu de ombros. Minha mãe observava toda a nossa conversa.

-não sou todo mundo. -segurou minha mão, ainda como se processasse o que eu acabei de falar.

-que? -ela calou minha boca com um selinho longo, e a cada vez que eu tentava me separar ela me apertava mais.

-deixa eu te conhecer? -encostou nossas testas.

-Sadie, isso é impossível, o seu pai...

-o meu pai não manda em nada. -me interrompeu negando. -nao se preocupe, ele não vai saber. -a abracei de volta. -eu quero conversar com você e desenvolver algo mais sério, mas só se você quiser, claro. -a mão dela passeava por as minhas costas. -nao precisa responder agora...

-vou pensar.

-com carinho? -assenti.

-meu Deus! -minha mãe falou atordoada. -só não estraguem tudo, por favor. -saiu da sala. -eu desisto! -ouvimos ela falar de longe.

-quero conhecer a sua filha. -Sadie falou desencostando nossas testas, para me encarar.

-quando? -eu não conseguia entender o porquê ela quer ver a Liz, e essa fixação por mim e agora recentemente a minha filha.

-que dia você vai ter folga?

-essa semana eu vou fazer bicos numa boate. -ela me olhou confusa.

-e o que você faz lá?

-eu danço. -ela estreitou os olhos, com um sorriso bobo no rosto.

-mas é só à noite, certo?

-sim. -ela assentiu pensando. -eu tenho folga daqui somente durante o dia. Toda quarta, sexta e domingo, a cada duas semanas.

-então só na semana que vem? -me olhou com um bico.

-só no domingo. -ri da cara dela.

-vou ficar todo esse tempo esperando? -lamentou. -mas tá tudo bem, eu espero. -sorri.

-vou voltar a fazer alguma coisa. -falei me desvencilhando
dela.

-eu vou tomar banho. -falou indo até a porta da sala. -beijo Mills. -mandou beijo no ar enquanto fechava a porta.

-tão linda. -falei sozinha.

O resto da noite foi dando conta de limpar as coisas do jantar que não foi comido. Guardei tudo na geladeira, claro.  Depois lavei as louças que tinham enquanto conversava com Sadie.

Depois quando deu oito e meia fui embora, como dito hoje eu teria que dança na boate. Assim que cheguei lá já fui para o camarim onde outras mulheres se vestiam, vesti uma roupa completamente vulgar e subi no palco onde tem cinco barras de pole dance.

E ali eu passei o resto da minha noite e metade da madrugada. Mas hoje foi um dia bom, tinham muitos ricos ali, eu estava com somente uma calcinha e um sutiã. diferente das outras que estavam mais vestidas eu ganhei muito dinheiro.

Sempre que me abaixava na frente deles eles colocavam dinheiro na minha calcinha, no sutiã, jogavam também ao redor de onde eu estava, no chão. Ao todo consegui mil e quinhentos reais. Mas só sai de lá cinco da manhã.

Aproveitei o horário e esperei o mercado abrir. Sete horas eu já tinha chegado em casa com as compras que eu fiz e fui tomar banho para ir pata a casa do homem arrogante.

Tomei um banho me arrumando rápido e sai de casa, bem vi minha pequena, mas em compensação comprei os doces e as besteiras que ela tanto gosta.

Cheguei já entrando na casa e indo arrumar a cama do Senhor Sink, enquanto ele terminava o café da manhã.

A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora