-Millie-Entro na empresa e sou recebida por uma moça loira que carregava um copo de café.
-oiiiii! -disse para mim. -você deve ser Millie, a moça da entrevista para secretária do senhor Milsiniz.
-Oi, sou eu sim.
-eu sou a Amy, sou recepcionista.
-ah, você trabalha na recepção?
-não, venha, vou te levar até a sala do Milsiniz. -a sigo. -eu só recepciono quem entra aqui e direciono para onde deve ir, também levo e trago documentos e pego café sempre que me pedem.
-ah sim, parece ser bom.
-é horrível. -ela sussurra.
-por que?
-porque eles amam dizer que errei o tempo inteiro, mesmo eu fazendo meu trabalho o mais correto possível.
-puxa, isso deve ser ruim.
-e é, só um conselho, Millie, não deixem eles pisarem em você.
-obrigada, Amy.
-eu tenho certeza que vai conseguir o emprego, você faz bem o perfil que o Milsiniz procura.
-espero mesmo conseguir, preciso muito do emprego.
-você vai conseguir, amiga. - o elevador para no andar certo e nós caminhamos até o escritório do homem.
[...]
-certo, Millie. -ele se levanta da cadeira. -vamos, vou te levar até a mesa, para você fazer o dia de teste pra conhecer um pouco de como funcionamos e aí no final do dia conversamos. -me pegou até a mesa do lado de fora da sala dele.
-certo, Senhor Milsiniz. -paramos frente a mesa e Amy vem com uma grande papelada e coloca sobre a mesa.
-vamos ao trabalho! -disse alegre, sustentando o sorriso até o Milsiniz sair. -esse filho da puta do Henry fica nos escravizando enquanto ele só fica no celular. -ela diz com raiva enquanto olha ele indo para longe.
-ele pareceu legal. -dei de ombros.
-amiga! Ele é um escroto, não deixe ele te humilhar. -diz como se o que eu disse tivesse sido uma barbaridade.
-eu não vou deixar, amiga, não se preocupa, quer dizer, isso se eu ficar no trabalho mesmo né. -paramos de olhar o cara indo e nos encaramos.
-relaxa, você vai, to torcendo por você. -dá um sequinho no meu ombro.
-obrigada, você é muito legal.
-vamos sair para o almoço juntas, assim podemos conversar mais sobre o trabalho e também a vida pessoal.
-claro, por mim tudo bem. -sorri.
-certo, não vou tomar seu tempo, afinal tem muita coisa a se fazer né, esses papéis estão uma bagunça! -disse e logo saiu.
Eu realmente espero que esse emprego de certo, será bom para nós e esse novo começo, enquanto a Sadie ainda não recebe a bendita ligação do hospital.
E esse emprego vai me promover quando eu receber meu diploma, já que estou cursando a faculdade de contabilidade.
Acho que vou ter sucesso na vida, pelo menos vou poder dar uma vida melhor para a minha filha.
[...]
Estou quase acabando o trabalho e Amy aparece com a bolsa na mão e falando ao telefone. Ela parecia estar brava.
-olha eu não quero mais te ver, seu otario! -ela desligou o telefone.
-o que aconteceu? -perguntei sem entender.
-meu ex-namorado, decidimos reatar mas ele me traiu novamente... -disse com raiva.
-sinto muito... o que acha de irmos almoçar e depois afogar as mágoas com um belo pote de sorvete? -sugeri enquanto me levantava e pegava minha bolsa.
-eu acho ótimo. -se animou um pouco.
-vamos.
Nós saímos do prédio e seguimos andando até um restaurante que ficava quase em frente, entramos e escolhemos uma mesa para nós sentar.
-olá Senhoritas, o que vão querer? -o garçom pergunta.
-eu quero um prato feito de bife e bastante salada com molho especial. -Amy disse.
-e você?
-ah... pode ser a mesma coisa que ela e um suco de laranja.
-prontinho meninas, logo trago.
-ok.
-me conta sobre você, você é casada? -ela perguntou.
-bom... eu tenho uma namorada.
-vai me conta mais. -pede.
-eu tenho uma filha, ela tem quatro anos, o nome dela é Liz.
-Liz, ela ué nome lindo.
-obrigada, e a minha namorada é a Sadie Sink, não sei se você a conhece...
-tá brincando?! -fala alto. -você namora a Sadie Sink???
-sim, você a conhece?
-nao só eu como você üsse o mundo inteiro! Ela era a minha crise na adolescência.
-jura?
- aham! -rimos.
-bom eu não sabia que ela era tão conhecida assim.
-você não tem insta, amiga?
-eu tenho né.
-então como não sabe disso? -ela pediu o celular. -olha o tanto de seguidor que tua mulher tem.
-porra, eu não sabia disso.
-tem até uma foto de vocês. -me mostrou. -antes diziam que ela era cafajestes mas eu não acredito não, ela só vivia com uma menina que não lembro agora o nome, mas parecia que a menina estava implorando por ela mesmo.
-sério? Quando eu a conheci ela não estava com ninguém, mas no dia que eu fui a casa dela ela falava com uma garota no telefone, e parecia bem estressada.
-eu acho que ela estava esperando a pessoa certa para namorar em, ela nunca postou foto com ninguém, raramente ela postava coisas dela.
-será?