𝐶𝑖𝑛𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑠𝑒𝑖𝑠

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-Millie-

-mamãe a gente pode brincar na areia? -a Liz perguntou.

-pode sim filha. -eu disse. -só não sumam da minha vista em. -eles assentiram. -eu estou de olho em vocês.

Já fazia dez minutos que eu estava aqui sentada esperando minha mãe chegar. Parece que o tempo não passa, odeio esperar por alguém.

-Millie? -eu escuto e olho para trás.

-Oi mãe. -digo para ela e ela se senta do meu lado no banco.

-como você está, filha?

-eu estou bem e a senhora?

-estou bem também, cadê a Liz? -eu apontei para a direção que ela estava.

-então, mãe, Sobre o que a senhora queria falar? -eu fui direta.

-eu me separei do Armando, agora é definitivo. -ela disse.

-finalmente mãe, ele não serve para a senhora. -eu disse.

-filha, eu não quero mais homem na minha vida, eu quero aproveitar o tempo que eu tenho com vocês, minha filha, minha neta e minha nora, eu não quero ficar brigada com vocês. -ela disse. -mas não pese que só por isso eu me separei dele, não foi por isso, foi porque eu entendi que eu não queria mais essa vida, eu não queria passar minha vida com ele.

-a senhora está bem? -ela assentiu. -isso é o que realmente importa, o Armando nunca foi um bom homem, um dia a senhora vai achar alguém que te faça bem e te valorize.

-você tem razão, Millie. -ela disse cabisbaixa.

-ei, não fique triste. -eu levantei seu rosto pelo o queixo. -a senhora é uma mulher muito linda para ficar triste.

-eu não sou nada. -ela riu.

-é sim.

-tá bom, filha. -ela riu.

-vovó! -a Liz apareceu correndo e pulou no colo da avó.

-Oi minha netinha! -ela a abraçou forte.

-mamãe eu quero sorvete. -a Liz soltou ela e veio para mim.

- vou lá comprar para vocês, fiquei aqui com a vovó. -eu disse para os dois.

-aham.

Me levantei do banco e fui para a barraquinha de sorvete que tinha ali no parque, como já sei os sabores que eles sempre escolhem eu comprei o de maracujá para a Liz e o de chocolate para o Heitor. Depois eu voltei rápido para lá antes que o sorvete derretesse.

-aqui está. -entreguei para eles. -cuidado para não se sujarem. -eles assentiram e saíram correndo.

-esse é filho de quem? -minha mãe perguntou enquanto eu me sentava.

-ele é filho da vizinha, é muito amigo da Liz. -comentei.

-eles ficam muito grudados. -ela analisou. -é, quem sabe ele não será o futuro amor dela né.

-eu espero que não, ela é muito nova, só pode namorar com 30 anos. -eu disse.

-não seja tão ciumenta. -ela riu.

-isso é impossível.

[...]

-vamos embora meninos. -eu chamei os pedrinhas que estavam com terra até no cabelo.

-poxa... -eles disseram em coro.

-nada de choro, se não eu não vou trazer vocês mais. -eles vieram correndo.

-vem, deixa a vovó limpar vocês. -eu tirei uma toalhinha do meu bolso para ajudar.

-vou ajudar. -eu disse. -janta lá em casa? -chamei minha mãe.

-claro. -ela disse terminando o que estava fazendo.

-então pronto, vamos, calcem a sandália. -eu mandei.

Depois fomos para casa com eles, eu passei para deixar o Heitor em casa mas a mãe dele não estava, então eu o levei para a minha casa.

-vocês dois vão direito para o banho. -eu falei enquanto abria a porta. -entra, mãe. -abri espaço.

-cadê a Sadie? -ela perguntou enquanto eu fechava a porta.

-ela está trabalhando, mas logo vai chegar. -ela acenou com a cabeça. -a senhora fica a vontade, tá bom? Eu vou dar banho neles.

-quer ajuda? -ela perguntou.

-não precisa.

-então tá bom. -ela sentou no sofá.

-já volto.

Eu fui até o quarto da Liz onde eles estavam brincando. Primeiro chamei a Liz, lavei o cabelo dela rápido e depois vesti um vestidinho nela, e corri para dar banho no Heitor, e vesti nele uma roupa quase masculina que a Sadie comprou para a Liz.

-agora vão brincar lá na sala com a vovó que eu vou fazer o jantar.

-mamãe? O Heitor vai ficar?

-vou falar com sua mãe, Heitor, ela não estava em casa quando passamos.

-tá bom tia. -ele disse e foi brincar com a Liz.

Peguei meu celular que estava no bolso e mandei mensagem para a mãe dele, ela disse que teve uma emergência e pediu para que eu ficasse com ele até ela voltar. As vezes eu fico com pena, ela não tem ninguém próximo, e o marido não a ajuda em nada.

Depois eu fui fazer o jantar. Já que as crianças estavam com fome eu fiz algo rápido, servi para eles uns legumes temperados, bife cortado pequeno um pouco de salada e arroz.

-venham comer! -eu chamei eles.

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A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora