𝑇𝑟𝑖𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑑𝑜𝑖𝑠

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-Millie-

Acabamos de chegar em casa e eu desci com a Liz e Sadie com as sacolas, eu não faço ideia do que seja.

Abri a porta e entramos, enquanto eu tirava o sapato decidi perguntar a ela o que seria dentro daquelas sacolas totalmente lacradas.

-eu comprei umas coisinhas ontem, você logo verá o que é. - foi só o que ela disse.

-agora você vai me deixar curiosa. -digo a seguindo até o quarto que foi onde ela deixou as sacolas.

-mais tarde você vai ver, relaxa.

-tá bom! -falei irritada e ela riu. -nada justo isso, passo na frente dela e ela bate na minha bunda. -Sadie! -a olhei brava.

-desculpe. -disse com deboche.

-eu não vou nem te dizer nada. -peguei as coisas para dar banho na Liz.

-você gosta, não adianta dizer que não.

-não sei do que você tá falando. -me fiz.

-"ainnnn Sadie, que delícia!" -começa a me imitar.

-para! -bato nela com a toalha.

-"vai devagar, Sadie... aaaaaaaaahhhhhhh" -fica pirraçando.

-paraaaaaa! -bato de novo.

-parei, parei! -disse rindo. -você é forte em.

-você não viu nem metade. -ameaço.

-to cheia de medinho.

-Sadie-

-para de me pirraçar. -disse saindo do quarto. -vem, filha, vamos tomar banho. -chamou a Liz que estava quase cochilando no sofá. -você cansou ela hoje em, ela não tirou o cochilo da tarde não?

-e tem isso?

-tem sim, ela dorme todas as tardes.

-putz! -passo a mão na cabeça.

- tudo bem, vai lavar a louça vai. -mandou.

-sim, senhora. -fui até a cozinha e ela foi dar o banho na Liz.

Tinha um pouco de louça na pia e eu lavei como ela me pediu depois recolhi alguns brinquedos que estavam no chão e ela saiu do banheiro.

-vai tomar banho, amor, já estou indo também, so vou vestir a Liz. -ela mandou.

-tá me chamando de fedorenta? -brinquei.

-sim. -disse rindo. -vai logo.

-tá bom, senhora. -vou para o banheiro, "esquecendo" a toalha.

Tomo meu banho, aproveitando a água que estava na temperatura perfeita, nem tão quente e nem tão gelada, mas também não estava morna. E então precisei da toalha que eu "esqueci".

-Amor! -chamo.

-Oi? -perguntou de longe.

-eu esqueci a toalha!

-vou levar! -disse e eu me preparei para estar em uma pose altamente convidativa, pose que sei que os olhos dela vão ficar presos e espero que ela venha.

-aqui está a toa... -para de falar e eu vou até ela para pegar a toalha.

-obrigada, amor. -pego a toalha da mao dela e começo a enxugar meus cabelos que acabei molhando durante o banho.

Fazendo de provocação para deixar meu corpo inteiro exposto para ela olhar, e como eu já sabia ela agarrou minha cintura me puxando para perto dela.

-gostosa... -disse ainda olhando meu corpo. -como tem coragem de fazer isso comigo?

-eu não fiz nada. -ri do seu ataque.

-você sabe que agora não podemos e simplesmente decide me provocar...

-eu não estou te provocando. -falei mas eu estava com uma cara que entregava tudo. -me solta vai... a Liz tá ali na sala. -me afasto rindo.

-você acha justo isso? -ela sacode a cabeça para tirar o olhar do meu corpo e eu me enrolo na toalha.

-eu acho mais que justo. -ri.

-o que você comprou? -perguntou de novo.

-eita mulher, mais que insistência. -falei saindo do banheiro.

-por favor me conta! -abraçou minha cintura.

-um pau bem grande pra fuder você. -falei baixo e ela arregalou os olhos.

-por que você comprou?

-porque eu quis. -dei de ombros. -você não quer usar?

-eu nunca usei.. -disse com vergonha.

-tudo tem sua primeira vez.

-vai se vestir. -me soltou. -eu vou colocar a mesa para comermos.

-uhum. -murmurei enquanto ia até o quarto dela.

Peguei um pijama dela e vesti rápido, depois fui até a cozinha onde a Liz comia lentamente, afetada pelo sono. Me sentei ao lado dela e esperei Millie terminar o banho para comer.

-Ainda não comeu amor? -ela pergunta assim que termina de se vestir.

-estava esperando você. -ela sorriu.

-obrigada, amor. -diz e me dá um beijo na bochecha.

-como vai ser lá no trabalho? -começo a comer.

-bom, eu vou trabalhar cinco dias por semana, vou estar de folga no domingo porque a empresa está fechada e um dia na semana, porque eles revesam, então o dia vai ser aleatório. -explicou enquanto comia.

-e o salário? -perguntei.

-fechamos em mil e oitocentos.

-é um bom salário. -digo.

-sim, pelo menos agora não vou me apaixonar pela filha do chefe.

-se você fizesse isso eu te mataria. -olhei torto para ela.

-para de drama amor.

-não é drama.

-parem de brigar mamães. -a Liz disse.

-a mamãe não vai mais brigar filha. -a Millie diz.

A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora