Três anos depois...
-Sadie-
Vamos nos casar!
É isso mesmo que vocês ouviram, depois de muito insistir para essa mulher chata ela aceitou se casar comigo.
Já estamos organizando toda a festa desde o ano passado, e agora faltam apenas dois meses para tudo acontecer.
Mas nós vamos nos casar porque eu consegui convencer a Millie de que já estava na hora de nós termos um filho! E ela quis! Finalmente ela quis!
Eu quase achei que ela nunca iria querer ter, eu já estou com vinte e cinco anos, a Liz já tem oito anos, já está se tornando uma moça e ela ainda não via necessidade de termos um bebê.
Estamos quase completando cinco anos de relacionamento, temos estabilidade, saúde, tempo, e nós mudamos para uma casa linda, em um bairro perfeito para criar nosso filho, não tem nenhum motivo para não termos um, não tem mesmo.
Nesses últimos anos muita coisa aconteceu, o pai da Liz decidiu aparecer, e ele quis se aproximar dela, a Millie não queria isso, já a Liz ficou muito animada.
Eu confesso que eu ainda estou com uma pulga atrás da orelha, eu não confio nele. Mas o que posso fazer né, ele conseguiu na justiça e agora ele tem o direito de passar o fim de semana com ela a cada 15 dias.
Eu estou sempre de olho nele, não confio nele, não mesmo. A Liz é minha enteada, mas é como minha filha, eu me preocupo mais com ela do que com a Millie, e se ele fizer algum mal a ela eu vou matar ele.
Agora mesmo eu estou indo deixar ela lá na casa desse canalha, já que a Millie está trabalhando e não quer ver ele.
-como é quando você está com ele, filha? -eu perguntei enquanto parava na porta da casa dele.
-é bom, mãe, ele me leva pra passear, e ele tá com uma namorada agora, o nome dela é Jessica, ela é legal comigo. -ela disse enquanto mandava mensagem para ele no celular.
-se qualquer coisa que você não goste acontecer você tem que nos dizer, só a gente pode te ajudar e eu não quero que voce esconda as coisas de nós, eu e sua mãe sempre vamos te apoiar em tudo.
-eu sei disso, mãe, pode deixar, eu já conto tudo a vocês. -ela disse.
-ainda bem, assim eu posso te ajudar com as melhores decisões. -ela concordou.
-mamãe, eu vou lá, ele disse que está vindo abrir a porta. -ela disse enquanto olhava a mensagem no celular.
-tá bom, cadê o meu beijo? -ela riu ficando envergonhada e me deu um beijinho na bochecha. -a mãe ama muito você. -eu dei um beijo na testa dela antes de ela sair do carro. -qualquer coisa, liga. -e gritei quando ela estava na metade do caminho.
-tá bom! -ela disse e o Igor me olhou feio, como se eu tivesse medo de cara feia.
Arrastei o carro dali e fui direito para o mercado, já que hoje é sábado e eu estou de folga, vou comprar algumas coisas que estão faltando em casa.
[...]
Acabei de chegar em casa e ouvi meu celular tocar, quando o peguei vi que era a Millie e atendi.
-Oi, amor! -eu disse e ela logo respondeu.
-Oi, minha linda! -ela disse animada. -acabei de ter um tempo livre aqui, uma hora sem trabalho, eu estou nas nuvens.
-você é demais! -eu disse enquanto ria.
-pare. Olha, eu liguei pra perguntar o que acha de jantarmos fora hoje? -ela sugeriu.
-nossa, sério amor?
-uhum.
-eu tava querendo isso faz um tempo, vamos sim. -eu disse sorridente.
-e por que não me chamou?
-sei lá, eu esperei você chamar. -ela riu.
-eu vou te chamar mais vezes então.
-sim, por favor. -eu disse enquanto lavava as mãos para preparar meu almoço. -o que vai comer hoje?
-eu vou comer lá no refeitório, já que tenho uma reunião logo depois do almoço. -ela disse triste. -quero comer com você.
-a gente faz isso de noite, e amanhã o dia inteiro. -eu tentei consolar ela. -mas também eu nem sei o que que eu to cozinhando.
-o que você quer fazer? -ela perguntou.
-eu pensei em fazer uma salada com proteína e só , mas eu não sei como coloco a cenoura ralada. -ela riu.
-você quer aquela que eu fiz semana passada?
-sim.
-vou te ajudar, começa lavando o alface... -ela foi me passando a receita conforme eu fazia e foi dando certo.
-até que ficou bom. -eu disse experimentando o molho.
- claro que sim, você é uma ótima cozinheira.-ela disse.
-eu não acho, sua, puxa saco. -ela gargalhou.
-eu te elogio e ainda sou puxa saco? -ela disse ofendida.
-sim. -eu respondi simples e ela riu mais ainda.
-eu te amo, amor.
-eu que te amo, puxa saco. -ela riu.
-acho que eu vou ter que desligar agora, tem gente batendo na porta. -ela disse e se levantou do sofá da sala dela.
-tá bom, amor, até mais tarde então, um beijo, fica com Deus. -eu disse.
-outro pra você, fica com Deus também! -ela soltou um beijinho no ar.
-você é linda. -ela riu e desligou.
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