𝑇𝑟𝑖𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑠𝑒𝑡𝑒

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-Sadie-

Acabei de organizar o quarto da Liz, na loja que comprei os móveis vem todos montados então eu só precisei arrastar para o lugar e arrumar, a Liz só me atrapalho mesmo, mas tadinha, na cabeça dela ela estava sendo altamente funcional.

Tirei uma foto e mandei para a Millie, ela vai amar ver. Depois eu fui para o nosso quarto e como o closet já é mobiliado eu só tive que arrumar a cama que já estava no lugar dela também, ainda falta decorar toda a casa, menos a sala que veio uma pintora para fazer as pinturas e eu mandei ela colocar uns quadros.

Depois eu fui tirar os plásticos das coisas da cozinha e chamei a Liz para ir no mercado comprar coisas para o café da manhã, já que por um motivo desconhecido vamos ter que dormir aqui.

Peguei meu celular somente e entrei no carro, indo até o mercado. Quando chegamos lá eu tentei fazer ser o mais rápido possível, já que assim que eu acabasse seria a hora de buscar a Millie no curso.

Então eu peguei algumas coisas para fazer almoço também, poucas coisas, depois paguei e fui para o carro com a Liz e foi o momento certo para Millie me mandar mensagem dizendo que logo ela vai estar liberada.

No caminho para o curso eu passei em uma pizzaria e comprei pizza para nós jantarmos, depois fui buscar Millie de vez.

-que fome que eu tô. -ela disse enquanto entrava no carro. -Oi filha, como foi o dia com a sua madrasta? Ela falou enquanto fazia um carinho com a mão na Liz.

-foi bom mamãe. -ela disse e voltou a desenhar em seu caderninho.

-Oi, meu amor, que saudades. -ela me deu um beijo, tratando de fazer ele ser demorado, matando um pouco dessa saudade que estamos sentindo.

-eu também senti saudades. -eu falei depois que paramos o beijo.

-a Liz deu muito trabalho? - ela perguntou.

-não! -liguei o carro. -ela foi muito comportada hoje. -eu sorri.

-sei não em. -me olhou desconfiada.

-é sério. -eu ri. -você não está com fome?

-estou, a última coisa que eu comi foi um biscoito doce antes de ir para o curso.

-ótimo, eu comprei duas caixas de pizza e uma boa garrafa de vinho para nós e para a pequena Liz eu comprei um suco de uva porque sei que ela vai querer vinho. -eu falei.

-você é a melhor namorada do mundo.

-que nada, a melhor é você.

[...]

-amor passa na casa da minha mãe, eu tenho que pegar nossas coisas. -ela disse.

-mas não vai demorar?

-não, eu vou pegar só algumas coisas, amanhã eu passo para pegar tudo. -ela disse.

-tá bom. -eu falei, ainda quero muito saber o porquê dessa saída tão rápida da casa da Kelly, eu ainda posso dormir na casa do meu pai, mas sem a Millie, se o problema fosse eu eu sairia, e ela ficava com a mãe por mais um tempo.

Mas tudo bem né, o que me resta agora é esperar a Liz dormir para poder perguntar sobre isso, já que esse assunto deve ser muito complexo para ela ouvir.

-pode ficar no carro com a Liz, por favor? -ela pediu quando eu parei o carro na frente da casa da mãe dela.

-tudo bem... -eu me encostei no banco e fiquei olhando os respingos de chuva que batia o vidro da janela enquanto eu esperava ela, quando ela apareceu com uma mala na mão e uma sacola e correndo até o carro para não se molhar.

Logo a mãe dela aparece e eu posso ver elas discutindo algo, mas a Kelly está como sempre, carinhosa e tudo, eu não sei o que está acontecendo com ela pra ela estar correndo tanto da mãe.

Então elas se despedem e Kelly abraça a Millie, e parece que elas estão chorando, Millie coloca as coisas na mala e fala com a mãe novamente, depois eu aceno para Kelly que me encarava olhando para dentro do carro, então eu abaixei o vidro e a cumprimentei brevemente.

-Oi dona Kelly! -ela acenou e sorriu para mim.

A Millie entrou no carro em silêncio e acenou para a mãe, depois eu dei partida no carro e fui embora de lá, no caminho não falamos nada já que a Liz estava cochilando e não queríamos atrapalhar.

Assim que parei o carro e desci eu fui pegar as coisas na mala e Millie pegou a Liz, eu estava ainda sonolenta mas já tinha o olho aberto. Tranquei o carro e como até a porta, eu destranquei com a chave e dei espaço para a Millie entrar.

-você fez um ótimo trabalho amor. -ela disse olhando a sala bem arrumada.

-que nada, eu só coloquei as coisas nos lugares. -eu falei colocando a chave em cima do aparador e depois eu fui até a cozinha deixar as sacolas do mercado e deixei a pizza na sala de jantar.

-o que você comprou? -ela apareceu atrás de mim depois de colocar a Liz no sofá deitada.

-eu comprei só arroz, feijão, carne, uns lanches pra Liz e o leite e o mucilon dela, aí tem também sal e açúcar, e uns tempererinhos. -listei.

-você é muito top, serio, a melhor mesmo. -ela sorriu e veio me dar um beijo. - sabe o que eu reparei agora?

-o que? -perguntei abraçando ela pela cintura.

-não temos taças.

-nós compramos pela internet e chegou hoje, eu só não mexi.

-poxa, eu nem lembrava. -ela riu.

-eu lembrei, eu até comprei jarra de água por que eu não vi nenhuma. -eu apontei para a sacola.

-realmente não compramos, é, resta agora trabalhar para pagar a fatura desse cartão de crédito.

-eu recebo salário da empresa do meu pai.

-quanto é?

-é de dois mil, mas eu só trabalho no dia dos pagamentos, porque eu que faço as transações, aí o meu pai me paga por isso.

-é, vai dar pra ajudar. -mas a nossa fatura é o meu salário e o seu junto...

-eu vou começar o trabalho amor, fique em paz, vai dar tudo certo. -eu tranquilizei ela.

-tenho medo de dar errado.

-vira essa boca pra lá mulher. -eu mandei. -vai dar tudo certo.

-tá bom, mas vamos comer que eu estou com fome e temos que conversar antes de dormir.

-tá bom.

A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora