𝐶𝑖𝑛𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜

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Uma semana depois...

-Millie-

Acabei de receber um telefonema da minha mãe. Ela disse que quer me encontrar mas em um lugar que a Liz ficasse entretida o suficiente para não prestar atenção na conversa.

Então eu sugeri o parque, já que lá ela fica brincando com os amiguinhos e não liga para mais nada.

Eu estava limpando a casa, já que hoje é meu dia de folga, eu até me assustei quando ela me ligou, não faço ideia do que ela quer falar.

Mas mesmo assim eu vou, as quatro da tarde. Só preciso acabar essa faxina e o almoço antes de ir buscar a Liz na escola, hoje eu vou a pé, a Sadie está com a agenda muito cheia e não vai ter tempo nem para almoçar hoje, fico preocupada com ela trabalhando tanto.

Não vejo a hora de acabar meu curso logo, aí eu finalmente vou ter um bom cargo e vou ganhar um bom dinheiro.

Faltava pouco coisa para terminar a casa e como já eram onze dá manhã eu decidi ir logo fazer o almoço, já tinha feijão pronto e eu só precisava fazer a carne e o arroz, e já tinha salada do jantar de ontem na geladeira.

Assim que terminei de fazer tudo o que eu precisava eu saí correndo de casa para buscar a minha pequena. Já estava atrasada.

Enquanto eu ia caminhando eu pensava sobre a minha situação com a minha mãe, eu não entendo o porque de ela gostar tanto desse Armando ao ponto de esquecer que a filha dela que ela ama tanto está aqui, e o que mais me entristece é que já não é a primeira ou a segunda vez, ele já fez isso com ela diversas vezes e ela sempre perdoa ele, e eu sei que ele está se aproveitando dela.

Assim que cheguei para pegar a Liz ela veio correndo para a porta, tão fofinha, ela é a minha cara, muito linda, e esses cabelos que ela puxou do genitor foi a cereja do bolo na beleza dela, apesar de odiar esse homem eu admito que ele teve um bom papel em fazer a minha princesinha.

-mamãe, mamãe! -ela pulou em mim.

-oi minha filhinha! -eu aproveitei para agarrar ela e encher seu rosto de beijinhos.

-que saudade da minha mamãe. -ela disse enquanto me abraçava forte.

-Ae? -ela concordou. -então a mamãe vai levar essa macaquinha no colo! -eu disse pela forma como ela tava pendurada em mim.

-macaquinha não mamãe! Princesinha. -ela me corrige.

- macaquinha fedorenta. -eu fiz fosquinha na barriga dela. -obrigada. -eu disse para a moça que me entregou a mochila dela. -vamos filha?

-sim mamãe. -ela se aconchegou em mim.

A caminhada será longa.

Assim que cheguei em casa eu corri para colocar ela no sofá, ela acabou dormindo, mas eu vou deixar ela descansar um pouquinho para ela não ficar estressada. Eu também estava cansada, depois de todo esse percurso também né, não tem como estar plena.

Eu ouvi meu celular tocar e fui ver quem era, era a Sadie, graças a Deus, estou com muita saudade dela, apesar de ter a visto agora de manhã.

-Oi amor! -ela disse assim que atendi o telefone.

-Oi, meu amor! -eu disse. -o que está fazendo?

-eu estou comendo rápido, só tenho dez minutinhos, eu vou ter outro paciente já, já. -ela disse enquanto mastigava. -como estão as coisas aí?

-tudo bem, eu já limpei a casa aqui, e busquei a Liz na escola.

-deixa eu falar com ela.

-ela dormiu. -eu ri.

-ah que pena!

-sabe quem me ligou hoje?

-quem?

-a minha mãe, ela disse que quer me ver, marcamos um encontro no parque as quatro horas.

-ótimo, assim que eu sair do trabalho eu vou até lá então, para pegar vocês.

-não precisa, amor, eu não sei se vai demorar a conversa.

-você que sabe então, mas qualquer coisa me liga, eu vou estar atenta ao celular.

-tá bom amor.

-olha, eu te amo amor, vou ter que desligar.

-tá bom, amor, eu também te amo, beijo. -eu disse antes de ela desligar.

Já estou com saudades.

[...]

Já são três horas, eu estou arrumando a Lis para irmos, vesti só um shortinho e uma camiseta, já que ela vai se sujar de terra mesmo.

Depois eu tomei um banho rapidinho e nós saímos, o amiguinho dela, o Heitor, me pediu para levar ele também então eu deixei, já que a mãe dele estava de acordo.

As vezes eu tenho pena dela, ela vive um relacionamento tóxico, o marido dela só sabe gritar com ela e geralmente ele ameaça ela, pelo o que eu escuto, e eu fico pensando no menino também, coitadinho, passando por isso e não podendo fazer nada.

Como caminhando até o parque enquanto eu pensava em um bilhão de coisas, estava difícil de me manter quieta hoje, creio que seja por causa dessa conversa tão repentina.

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A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora