𝑆𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑒 𝑑𝑜𝑖𝑠

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-Millie-

Depois de um tempo recuperando nossas respirações eu e Sadie decidimos nos levantar. Afinal, ainda temos um jantar romântico para ir.

-amor. -ela disse.

-sim?

-eu vou tomar um banho para irmos. -ela disse e se levantou, fazendo eu dar de cara com sua buceta. -para de olhar! -ela disse colocando a mão em cima.

-está com vergonha? -eu perguntei vendo seu rosto ficar ainda mais vermelho.

-não. -ela disse e começou a se afastar.

-vamos logo, estou com fome de comida agora. -eu me levantei indo até o corredor. -você não vem? -perguntei vendo ela parada ali ainda.

-eu não vou tomar banho com você, não mesmo. -ela disse afastada.

-então tá! -eu ri.

-eu vou no banheiro daqui mesmo. -ela disse ainda com as mãos tampando seu corpo.

-se você não aprender a tirar essa mão daí eu vou te ensinar da maneira mais difícil. -eu disse firme e ela rapidamente tirou as mãos de onde estavam, me dando novamente a visão de seu corpo nu. -assim que eu gosto, sua gostosa. -ela revirou os olhos, mas eu sei que foi de tesão.

Eu deixei ela lá e fui até meu quarto, indo direto para a janela que estava com a cortina aberta e fechei, antes que o vizinho curioso me veja assim.

Depois fui para o banheiro e tomei um banho, bastante demorado, mesmo estando atrasadas.

-vamos, Millie! -ela apareceu no quarto, me apressando.

-eu já estou terminando.

-assim o restaurante vai fechar, já faz uma hora que você está aí. -ela disse e eu pude ouvir o barbudo de ela mechendo nas maquiagens no closet.

-você já está se maquiando? -perguntei enquanto fechava o chuveiro.

-na verdade eu já estou na metade da maquiagem. -ela disse.

-eu ainda vou secar meu cabelo. -eu falei enquanto me enxugava na toalha.

-você é bastante rápida então é capaz de ainda me esperar. -ela disse enquanto fazia o delineado.

-eu acho que não. -eu respondi e peguei um vestido vermelho que ia até o meio da coxa, com mangas longas e um decote reto maravilhoso.

-esse fica perfeito em você. -ela disse enquanto olhava para trás. -bela bunda. -eu rapidamente tampei.

-para. -ela gargalhou e voltou a fazer sua maquiagem.

-depois vou precisar passar na boate para falar com meu sócio, podemos ficar lá um pouco, hoje vai ter um DJ muito famoso. -ela disse quando terminou a maquiagem.

-acho bom, estou afim de me divertir hoje. -ela disse animada.

-então vamos.

-uhum. -eu falei quanto terminei de me vestir e comecei a secar meu cabelo. -como foi lá com a Liz?

-foi normal, eu reforcei o que dissemos a ela e ela disse que estava tudo bem lá e que ele não tinha feito nada, e que se acontecer ela vai nos ligar imediatamente. -ela disse enquanto fazia alguns cachos no cabelo.

-eu não gosto que ela fique com ele. -eu disse.

-eu também não, mas não tem o que fazer, espero que ele saiba que ela precisa ser amada e não traumatizada. -ela disse brava. -se eu pudesse eu matava ele.

-calma, amor, tá tudo bem, vai dar tudo certo. -eu falei tentando tranquilizar ela.

-é tão ruim isso, porque ele não entende que não queremos ele presente na vida dela e pronto?

-ele é assim, é um canalha, ele sempre soube que ela existia e só apareceu agora que sabe que eu estou melhor de vida, quando eu morava com a minha mãe e estava com dificuldade para cuidar da minha pequena ele não me ofereceu nem um pingo de ajuda. -eu disse com raiva.

-o que ele quer agora então?

-não sabe? -ela negou. -ele quer dinheiro. Ele quer pensão, quer que eu indenize ele por não deixar a Liz ficar com ele quando era mais nova. -desliguei o secador. -mas como eu ia deixar? Ele estava bebendo, fumando todos os dias com os amigo e eu tinha acabado de ter a Liz, ela precisava ficar com a mãe.

-ele é um canalha, um miserável. -ela disse com ódio.

-espero que ele cuide dela.

-eu também.

[...]

Acabamos de chegar no restaurante, são sete horas, e ele está lotado, mas como fizemos reserva antes e a Sadie é bastante conhecida nós não precisamos esperar na fila.

É um restaurante lindo, bastante aconchegante, bem agradável, e eles servem frutos do mar. A mesa que escolhemos foi uma lá no canto, bastante reservada, já que eu não gosto de ser observada.

-aqui, senhoritas. -o garçom nos levou até a mesa.

-obrigada.

-vou deixar que escolham, volto em cinco minutos.

-tá bom. -a Sadie disse.

Eu olhei o cardápio só para olhar mesmo, mas a Sadie pediu para mim já que eu não como muito essas coisas.

-pedi um vinho. -ela disse depois que o garçom já tinha ido. -pedi esse. -ela apontou. -é um prato de camarão, com peixe e lula.

-e é bom?

-sim.

-então tá bom. -ela riu. -eu nunca comi lula. -eu disse.

-é gostoso, você vai gostar.

-não sei. -ela riu de novo. -já trouxe alguma menina aqui?

-começou.

-já né?

-não, amor. -ela revirou os olhos. -eu nunca te levei onde eu já levei outra.

-certo.

-para de briga mulher. -eu cruzei os braços.

-só acho engraçado que...

-não posso ouvir! -ela tampou os ouvidos.

-é né, beleza.

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A Filha da Empregada - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora