Carolina arfou quando passou pela imensa porta da mansão, sorrindo. Só não esperava encontrar Alex, ainda cedo, não costumava chegar à esse horário.— Alex? — Ficou normal rapidamente. — O que houve?
— A tua filha sumiu! — Tinha o celular na orelha, andando de um lado para o outro. — Kelly disse que nem a mochila dela está no quarto.
— COMO ASSIM SUMIU, ALEX? — Carolina ficou preocupada, indo atrás de seu celular. — Já conseguiu falar com ela? Com as amigas? Não sei. — Se apressou, querendo chorar. — KELLY, VEM AQUI! — Gritou, chamando a doméstica, que correu com os gritos da patroa.
— Carolina, não adianta ficar eufórica. Não vai achar a Sophia rápido. — Alex tinha a voz neutra, tentando manter tudo sob controle.
— É A MINHA FILHA QUE SUMIU, ALEX! — Tinha lágrimas nos olhos. — Kelly, não deu pra ver na câmera? Nada?
— E-ela sumiu, dona Carolina. Eu fui limpar o quarto dela e as roupas estavam reviradas, a gaveta, essas coisas.
— Roupas? — Alex franziu o cenho. — Ela fugiu, Carolina!
— Pra onde, Alex? — Carolina tinha a voz embargada. — Ela não tem pra onde ir!
— Liga pra aquela amiguinha dela e vamos acionar a polícia. O dia já está caindo mas é o único jeito de encontrarem ela. — Alex soltou, sumindo pelo cômodo.
— Kelly, liga pra amiguinha de cabelo colorido dela, que eu ligo pra Mariana. Pode ser? — A doméstica assentiu, deixando Carolina trêmula diante ao celular. Queria encontrar a filha mas estava nervosa demais com isso!
No apartamento, Micael ajeitou algumas roupas no guarda-roupas, deixando um espaço para Sophia, que estava lá em baixo, pensando no que fazer. Desceu as escadas quando terminou, encontrando a menina vasculhando o celular.
— Deixei um espaço para as suas roupas. — Avisou.
— Ah, obrigada. — Sorriu leve.
— Você acorda muito cedo pra ir à escola?
Micael foi até a lavanderia, jogando algumas roupas no cesto de plástico.
— Seis e quarenta, por aí.
— Então você acorda atrasada?
— Você vai ficar me monitorando? Por que, se não...
— Você quer viver o mundo à fora? Digo, dentro de uma casa, dividindo quarto com vinte meninas ou mais? — Foi irônico.
— Eu quero liberdade mas estou vendo que não será possível.
— Sophia, a vida é sua! Você faz o que você quiser. — Micael se escorou no balcão de mármore. — Mas a partir do momento que você tem tudo e quer sair de casa, aí começa ficar um pouco preocupante.
— Por que preocupante? — Encarou Micael.
— Não vou discutir com você! — Estava sem paciência.
O celular de Sophia tocou pela quinta vez. Ela desviou o olhar quando leu o nome pai, no visor. Porém, Micael se atreveu em dizer para ela atender.
— É o meu pai. — Avisou.
— Atende de uma vez. Uma hora ou outra ele vai saber que você quer ser adulta. — Debochou de Sophia, saindo do cômodo.
Ela respirou fundo enquanto atendia a ligação, ficando em silêncio.
— Sophia? Sophia, cadê você? — Alex estava irritado do outro lado da linha.
Ela não respondeu.
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LU$H
Storie d'amoreCom uma dívida de um milhão de reais, Micael foge de casa para as ruas de São Paulo, se prostituindo. Quem o ajudaria? Jovem, loira e de olhos azuis. Ela não sabia no problema que iria se meter, sendo totalmente oposta que ele.