Capítulo 41

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— Alô? Eu gostaria de falar com a Raquel!

Sophia acordou cedo naquela manhã. Enquanto Micael se aprontava para receber a sua primeira cliente do dia, ela decidiu entrar em contato com a mulher que destruiria a sua vida.

— Oi gata! Como você está?

— Ótima! Eu usei muito o presentinho que você me deu. — Soltou um risinho. — Tanto que eu te liguei.

— Sabia que você ia gostar, amor. Mas e aí? Tá fazendo o que?

— Eu vou trabalhar daqui à pouco. Cliente da manhã sempre costuma ser pontual. — Observou os imensos prédios. — Quando a gente pode se ver de novo?

— Olha, o que você acha de vir aqui em casa? Eu vou fazer um happy hour com aquela galera da boate! Você topa?

— Eu super topo mas eu não sei se o Micael vai comigo.

— Gata, século vinte e um, né? Independência amor! Se ele não quiser, você vem.

Sophia escutou Micael descer as escadas, de banho tomado.

— Eu te mando mensagem depois, pode ser? Beijo!

Não esperou que Raquel respondesse, desligou no mesmo instante, entrando novamente e guardando o celular.

— Tava falando com quem?

— Bella, minha amiga. — Mentiu. — Tá preparado pra transar com a gestante? — Teve graça na voz.

— Eu tô preocupado, isso sim! — Micael ficou tenso. — E se eu machucar o bebê, como que fica?

— Micael, você é burro? Seu pau não vai machucar o neném! — Sophia revirou os olhos. — Ele tá bem protegido, relaxa.

— Vai saber. — Rolou os olhos.

— Você já foi mais corajoso, sabia? — Sophia cutucou o moreno, rindo na sua cara.

A campainha havia tocado, tirando Micael e Sophia da incrível conversa que estavam tendo. Ela se pôs a atender, revelando a mulher, nova, com os cabelos ruivos até os ombros. Branca, um pouco baixa e um sorriso intenso, bonito. Ela não tinha cara de quem fazia sexo, era tão fofa.

— Bom dia, tudo bem? — Sophia foi simpática com ela, dando um abraço, como se fossem melhores amigas.

— Bom dia! Tudo sim e você? — Também foi simpática. Entrou no apartamento.

— Tô bem sim. — As duas sorriram. — Esse é o Micael! — Apresentou o mesmo, que lhe deu um abraço fajuto, ainda com medo do programa.

— Prazer. — Estava tenso quando falou com ela.

— Prazer, Micael! Meu nome é Maria Eduarda mas pode me chamar de Madu. — Sorriu.

Ele estava mais interessado em encarar a barriga de Madu, que estava grande, extremamente redondinha.

— Quantos meses você está, Madu? — Sophia perguntou, vendo que Micael não parava de olhar.

— Indo pro nono mês. — Contou. — Eu sou mãe independente e o médico disse que seria bom eu fazer atividades sexuais. — Sophia sorriu com a história. — Eu não tenho ninguém, então... — Ficou envergonhada. — Minhas amigas falaram muito bem de você.

— Ah, falaram? — Micael saiu do transe.

— Sim, falaram. — Madu soltou um riso. — Está tudo bem com você? — Percebeu que Micael estava estranho.

— Tudo ótimo! — Juntou as mãos, sorrindo amarelo. — Vamos subir? — Sorriu, buscando a mão de Madu.

Sophia ia intervir mas preferiu o silêncio, vendo a mulher subir com Micael, que trocava algumas palavras com a mesma para não ficar com tanta vergonha.

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