— Alô? Eu gostaria de falar com a Raquel!Sophia acordou cedo naquela manhã. Enquanto Micael se aprontava para receber a sua primeira cliente do dia, ela decidiu entrar em contato com a mulher que destruiria a sua vida.
— Oi gata! Como você está?
— Ótima! Eu usei muito o presentinho que você me deu. — Soltou um risinho. — Tanto que eu te liguei.
— Sabia que você ia gostar, amor. Mas e aí? Tá fazendo o que?
— Eu vou trabalhar daqui à pouco. Cliente da manhã sempre costuma ser pontual. — Observou os imensos prédios. — Quando a gente pode se ver de novo?
— Olha, o que você acha de vir aqui em casa? Eu vou fazer um happy hour com aquela galera da boate! Você topa?
— Eu super topo mas eu não sei se o Micael vai comigo.
— Gata, século vinte e um, né? Independência amor! Se ele não quiser, você vem.
Sophia escutou Micael descer as escadas, de banho tomado.
— Eu te mando mensagem depois, pode ser? Beijo!
Não esperou que Raquel respondesse, desligou no mesmo instante, entrando novamente e guardando o celular.
— Tava falando com quem?
— Bella, minha amiga. — Mentiu. — Tá preparado pra transar com a gestante? — Teve graça na voz.
— Eu tô preocupado, isso sim! — Micael ficou tenso. — E se eu machucar o bebê, como que fica?
— Micael, você é burro? Seu pau não vai machucar o neném! — Sophia revirou os olhos. — Ele tá bem protegido, relaxa.
— Vai saber. — Rolou os olhos.
— Você já foi mais corajoso, sabia? — Sophia cutucou o moreno, rindo na sua cara.
A campainha havia tocado, tirando Micael e Sophia da incrível conversa que estavam tendo. Ela se pôs a atender, revelando a mulher, nova, com os cabelos ruivos até os ombros. Branca, um pouco baixa e um sorriso intenso, bonito. Ela não tinha cara de quem fazia sexo, era tão fofa.
— Bom dia, tudo bem? — Sophia foi simpática com ela, dando um abraço, como se fossem melhores amigas.
— Bom dia! Tudo sim e você? — Também foi simpática. Entrou no apartamento.
— Tô bem sim. — As duas sorriram. — Esse é o Micael! — Apresentou o mesmo, que lhe deu um abraço fajuto, ainda com medo do programa.
— Prazer. — Estava tenso quando falou com ela.
— Prazer, Micael! Meu nome é Maria Eduarda mas pode me chamar de Madu. — Sorriu.
Ele estava mais interessado em encarar a barriga de Madu, que estava grande, extremamente redondinha.
— Quantos meses você está, Madu? — Sophia perguntou, vendo que Micael não parava de olhar.
— Indo pro nono mês. — Contou. — Eu sou mãe independente e o médico disse que seria bom eu fazer atividades sexuais. — Sophia sorriu com a história. — Eu não tenho ninguém, então... — Ficou envergonhada. — Minhas amigas falaram muito bem de você.
— Ah, falaram? — Micael saiu do transe.
— Sim, falaram. — Madu soltou um riso. — Está tudo bem com você? — Percebeu que Micael estava estranho.
— Tudo ótimo! — Juntou as mãos, sorrindo amarelo. — Vamos subir? — Sorriu, buscando a mão de Madu.
Sophia ia intervir mas preferiu o silêncio, vendo a mulher subir com Micael, que trocava algumas palavras com a mesma para não ficar com tanta vergonha.

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LU$H
RomanceCom uma dívida de um milhão de reais, Micael foge de casa para as ruas de São Paulo, se prostituindo. Quem o ajudaria? Jovem, loira e de olhos azuis. Ela não sabia no problema que iria se meter, sendo totalmente oposta que ele.