Sophia pulava no colchão, com lençóis bagunçados. Ria, ingênua, fugindo de Micael, que também ria. Ambos nus, felizes depois de se amarem de novo. Ele caiu no colchão, puxando a perna de Sophia, que caiu em cima do mesmo, ainda rindo. Abraçou o moreno, dando um beijo delicado em seus lábios carnudos.— Hummm, eu preciso ir! — Sophia passou a mão na testa de Micael, que entristeceu.
— Ah não! Já? — Estava triste com o que havia acabado de escutar.
— Eu preciso ir para a casa. — Ela alisou os bíceps definidos do mesmo. — Não almocei ainda, provavelmente Kelly irá contar à minha mãe.
— Quem é Kelly? — Micael franziu o cenho.
— A doméstica. — Sophia saiu de seus braços, ficando de pé e buscando suas roupas.
Micael sorriu ao assistir Sophia vestir o sutiã de novo, indo até à sua mochila, buscando a carteira e entregando duzentos reais à ele. O mesmo negou, empurrando sua mão para longe.
— Ficou maluca? Claro que não.
— Por que não? Eu transei com você, nada mais justo. — Entregou o dinheiro à ela, de novo. — Vou ficar triste se você não aceitar.
— Mas eu não quero o seu dinheiro, já disse. — Rebateu.
— Fica com ele, por mim. — Sophia abriu a mão de Micael à força, deixando o dinheiro enrolado. — Pensa que é pela dívida! — Sorriu amigável.
Micael suspirou pesado, aceitando de bom agrado. Sorriu ao ver as notas enroladas em sua mão, colocando no criado-mudo do quarto. Puxou Sophia pela bunda, que soltou um riso afagado, gostando. Fez ela se deitar de novo, a beijando serenamente, mais calmo do que a primeira vez.
— Você vai me fazer atrasar de novo, sabia? — Sophia segurou o riso, não queria ir embora.
— Atrasar? Por que? Posso saber onde a senhora tem compromisso? — Micael fez uma careta.
— Eu preciso estar em casa! Meu pai almoça por lá e se der conta que eu não estou presente... — Se levantou de novo, agora, buscando sua calcinha. — Você pode sair daqui?
— Você diz... Sair para se divertir ou sair para comprar alguma coisa?
— Pra se divertir. — Sophia vestiu sua calça.
— Você quer sair comigo? — Micael sorriu leve, arqueando uma sobrancelha.
— Seria legal, o que você acha? — Ajeitou a blusa do uniforme. — A gente pode conhecer mais de São Paulo, juntinhos, comer em um lugar legal. — Os dois sorriram. — O que você acha?
— Eu acho incrível! — Ele assentiu. — Pode ser no sábado?
— Pode. Que horas?
— Umas sete. E aí a gente sai! — Pausou. — Já sei aonde eu vou te levar.
— E aonde você vai me levar, posso saber?
— Aí já é surpresa! — Sophia ficou curiosa, viu Micael rir.
— Tá bom. Tudo bem! — Rendeu as mãos. — Te vejo sábado então.
— Você vai voltar só sábado? Aí é golpe baixo!
— Por que? Você precisa trabalhar. — Sophia aproximou de Micael, que agora, estava de pé. — Queria que você parasse com isso.
— Se eu parar, nunca vou pagar a minha dívida. Posso até morrer por isso!
— Ele sabe que você trabalha aqui?
— Ainda não. — Micael ficou pensativo. — Mas por que a gente está falando disso, né? Vamos focar no sábado que é muito melhor.
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LU$H
RomanceCom uma dívida de um milhão de reais, Micael foge de casa para as ruas de São Paulo, se prostituindo. Quem o ajudaria? Jovem, loira e de olhos azuis. Ela não sabia no problema que iria se meter, sendo totalmente oposta que ele.