Capítulo 59

153 14 1
                                    


Luiz passou as mãos no jeans, nervoso, enquanto subia ao andar de Micael. A porta do elevador se abriu, deixando o moreno caminhar até à porta, bastante conhecida por homens e algumas mulheres. Enfiou o dedo na campainha, mas Micael já sabia quem estava lhe interrompendo de algo.

— E aí. — Cumprimentou o amigo.

— E aí, como você está? — Luiz ficou um pouco sem graça.

— Bem. Por que eu não estaria? — Micael levantou os ombros, fazendo cara de deboche.

— Porque a Sophia está na Lush. — Luiz falou de uma vez, parando no meio da sala.

— E eu com isso?

— É sério que você não vai fazer nada à respeito?

— Luiz, eu não quero ver aquela vagabunda na minha casa de novo. Ela tá cheirando, cara! — Micael ficou irritado. — Ela gastou todo o meu dinheiro em pó.

— Micael, escuta o que eu tô te dizendo...

— Não, eu não vou escutar o que você está dizendo porque você é chupim daquela cadela. — Soltou, trincando o maxilar. — Eu tô ligado que você passa informação minha pra ela, Luiz.

— Que? — Luiz ficou sem graça. — Porquê eu passaria informação de você pra Raquel? Nada a ver. — Andou de um lado para o outro. — A Raquel quer afundar a Sophia.

— Que mate, eu não estou nem aí. — Foi duro. — Eu só quero que ela me pague!

— E como ela vai te pagar sendo que você expulsou a menina sem saber da história?

— Tá defendendo ela por quê, Luiz? — Micael chegou mais perto do amigo. — Por acaso você está comendo a Sophia e eu não sei?

— Você viaja, cara. — Riu incrédulo. — Eu jamais encostaria a mão em mulher de amigo meu.

— E se a Raquel pedir, hein? — Segurou no maxilar de Luiz. — Você fica com o rabinho entre as pernas quando ela te chama. O preço é bom? Ela te paga mais do que um programa pra você ser X-9?

— Na boa, Micael? Está impossível conversar com você. — Luiz se afastou. — Eu vim aqui de bom agrado, conversar com você, pedir pra você abrir o teu olho e tirar a Sophia de lá!

— E por quê eu preciso tirar a Sophia de lá? — Micael cruzou os braços. — Se você me convencer do porquê, eu até posso pensar no seu caso.

— A Raquel vai afundar ela, Micael! Já está afundando, né?

— E você está preocupado com o quê?

— A MENINA SÓ ENTROU NESSA VIDA POR CAUSA DE VOCÊ! — Luiz ficou bravo, falando mais alto. Bufou em seguida, vendo o amigo remoer suas palavras. — Você comeu ela, você usou ela e agora ela está lá, fazendo programa pra Raquel!

— Luiz, me fala a real. — Micael chegou mais perto, de novo. — Me fala a real!

— Não tem real, Micael.

— Tem, tem sim! — Assentiu, o intimidando.

— Micael...

— Quem é o cafetão da Raquel?

— Micael, cara... Você é...

— QUEM É O CAFETÃO DA RAQUEL? — Falou mais alto, encostando Luiz na parede.

Ele ficou em silêncio, umedeceu os lábios carnudos e fechou os olhos, arrependido.

— Eu não posso te contar, Micael.

LU$H Onde histórias criam vida. Descubra agora