Penúltimo Capítulo

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Uma semana depois.

Raquel, Alex e Igor estavam presos! Nada mais poderia ser feito, estavam pagando o preço de serem covardes.

A Lush estava oficialmente sob nova direção. Micael era o mais novo dono, colocando todas as coisas em ordem.

— Ô chefe, arruma esse pole dance por favor. — Micael pediu, vendo todos se arrumarem para mais uma noite intensa.

Sophia apareceu, dando um abraço por trás.

— Hum, você fica um gostoso sendo sério, sabia? — Beijou o namorado, no meio do salão.

— Sabia! — Os dois sorriram. — A gente ainda tem tempo de estrear os lençóis novos que a gente comprou pra Lush. — Sophia gargalhou.

— Você não presta mesmo, hein! — Deu outro beijo em Micael. — Eu estava pensando aqui, agora que a gente estabilizou...

— Não totalmente, né amor? Eu preciso ver algumas contas que a Raquel deixou atrasadas. — Micael era ciente com isso. — Mas me conta, o que você estava pensando?

— Eu queria fazer uma viagem com você. — Enlaçou os braços no pescoço do namorado. — A gente já estressou demais nessa cidade!

— Você quer viajar e deixar a Lush na responsabilidade de quem?

— Do Luiz! Agora ele é cargo de confiança, esqueceu?

— Cargo de confiança. — Micael debochou. — Ele é um puta X-9, isso sim. — Se lembrou. — Mas eu não vou jogar ele na rua como um cachorro, pelo menos ele aqui, a gente tem lucros!

— É verdade. — Sophia pensou.

Escutaram o interfone tocar, Sophia franziu o cenho junto com Micael.

— Agora? Mas a gente nem abriu. — Sophia andou até o interfone, atendendo. — Alô?

Micael analisou a namorada falar com alguém, esperou que passasse pela porta e sorriu imensamente, como se estivesse vendo uma fênix.

— Ah não, quem é vivo sempre aparece. — Micael segurou o riso, abraçando Sophia de lado.

— Pra você ver, Borges. Como o mundo é insano! — Vera suspirou, deixando uma mala pequena ao seu lado.

— Que porra é essa aí do seu lado? — Apontou para a mala.

— Minha mala, eu vim pedir um...

— Um?

— Um emprego pra você. — Fez uma careta. — Eu fiquei sabendo de tudo o que aconteceu com essa espelunca, e agora tô aqui, vindo pedir emprego.

Micael gargalhou junto com Sophia, que estava morrendo de rir. Não se aguentaram em esconder a graça.

— Você não tinha voltado pra sua terra com o dinheiro que a Raquel te deu? — Micael quis saber, cruzando os braços.

— Acontece que dinheiro acaba, Micael! E o meu acabou. Tô na merda, sem nada, sem um puto. — Contou. — Não tem nada pra fazer aqui não?

— Você pode optar por fazer duas coisas: limpar banheiro ou fazer programa. — Segurou o riso, de novo.

— FAZER PROGRAMA? JAMAIS! — Gesticulou, sendo engraçada. — Eu limpo vômito de bêbado mas não faço isso.

— Então você pode ficar responsável com a limpeza do salão e dos quartos, pode ser? — Sophia disse calma, sorrindo amigável à Vera.

— Vem cá, ela decide alguma coisa aqui? — Vera não gostou.

— Ela é dona na Lush junto comigo, Vera. Então é melhor você abaixar a bolinha! — Micael avisou.

— É cada coisa, viu? — Vera ficou desconjurada.

Viu Luiz adentrando o lugar onde estavam, ele se chocou ao ver Vera ali, com uma mala ao lado.

— Vera, o que você está fazendo aqui?

— A Vera agora trabalha pra gente, Luiz! Ela vai limpar todos os cômodos antes da Lush abrir. — Sophia disse por cima, deixando Vera com mais raiva.

— Você? Sendo faxineira? — Luiz riu. — Caraca! Eu nasci mesmo pra ver isso acontecer.

— Cala a tua boca antes que eu acabe com a tua raça, moleque. — Vera gesticulou.

— Ih, nem começou o primeiro dia de emprego e já está fazendo barraco?

— Micael, você não vai fazer nada? — Vera apontou para Luiz, que ainda ria, junto dos dois.

— Eu vou sim! Luiz, cuida da Vera e aloja ela no quarto do fundo e você vem comigo. — Puxou Sophia, dando um beijo apaixonado.

Ela seguiu o namorado, que subiu as escadas, entrando no primeiro quarto. Sophia se lembrou da primeira vez que esteve ali, antes de ser aquele luxo todo.

— É sério que a gente vai fazer sexo aqui? — Viu Micael trancar a porta e retirar a camiseta. Ele soltou um riso pelo nariz.

— Você quer fazer sexo aonde?

— Na minha casa. — Fez birra. — Eu gosto daqui mas... É para os nossos clientes, amor!

— Eu sei, amor. — Micael ainda achava graça. Deu outro beijo em Sophia. — Mas a gente mora longe, eu vou brochar até a gente chegar em casa.

— Não vai não. — Adentrou com uma mão na boxer de Micael, colocou seus lábios com o dele. — Você nunca brocha! — O beijou.

Estava alisando o membro duro de Micael quando foram interrompidos por batidas na porta, ele revirou os olhos, xingando de lá de dentro.

— Que é, hein?

Sou eu, eu vou limpar o quarto! — Escutou a voz de Vera.

Sophia riu leve, deixando o membro de Micael.

— Viu só? Mais um motivo pra gente fazer sexo na nossa casa. — Riu novamente, vendo Micael morrer de raiva por dentro.

— Você é impossível, sabia?

— Eu sei! É por isso que eu estou com você.

— Eu te amo.

— Eu também te amo.

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