capítulo 92

310 28 9
                                    

Boa leitura

S/n estava ofegante, seus cabelos molhados pingavam água, o olhar era de desespero e confusão, s/n se viu cercada e sem saida.

Ela caiu de joelhos na frente dos dois túmulos que eram cercados de flores, o ar não vinha... s/n estava sufocando...ela arrancou uma pequena coleira que estava em seu pescoço e colocou no bolso.

S/n: eu fiz tudo errado...*ofegante* eu...me perdi...*bateu a cabeça no chão*

S/n se esforçava para que as palavras saíssem, mas com sua falta de ar era difícil falar... até chorar era difícil.

S/n sentiu braços envolverem seu corpo gelado e molhado, mas não tinha ninguém ali.

"Coloque tudo pra fora"
Susurou uma voz

S/n não sabia se era coisa da sua cabeça, ela não pensou muito sobre isso...mas...não se conteu.

S/n: HAAAAAAAAA*gritou*

S/n gritou e as lágrimas desciam pelo seu rosto como água, seu coração doía e latejava, seu corpo se mexia sozinho, de tanto engolir o choro s/n... estava quase se afogando...

S/n gritava e chorava, estava deixando tudo sair, não queria saber de mais nada, só queria colocar pra fora tudo oque ela guardava, tudo oque ela engolia e suportava.

Ela colocou as mãos na cabeça totalmente anestesiada, ela cravou suas unhas em seus braços em uma tentativa falha de se acalmar, de segurar o choro, mas não dava mais pra segurar.

Ela bateu a cabeça no chão e segurou em seus próprios cabelos, ela não conseguia mais parar, s/n estava quase enlouquecendo.

S/n: eu juro que eu tentei... tentei seguir a vida sem você... sem alguém ...*susurou* mas...perder pessoas sempre foi tão doloroso... eu sempre fingi não me importar com idas e vindas...*soluço*

S/n jogava tudo pra fora, tudo que a corroia, tudo oque ela sofreu, todo o ódio, toda a dor e angústia estavam explodindo em sensações descontroladas...

S/n: eu perdi tudo mano... tudo oque me era precioso... eu perdi o amor da minha vida *chorando* ele vai se casar com outra pessoa...*susurou*

S/n estava destruída, totalmente desolada, não conseguia se controlar.

S/n: eu até assumi a culpa quando ele matou o... quando ele matou o Takuya *bateu a cabeça no chão* doeu tanto ver ele fazer aquilo... bem na minha frente*susuro* bem em baixo do meu nariz... e eu não conseguia me mexer... fui fraca... muito fraca...mas não exitei em assumir a culpa...*falou de cabeça baixa*

S/n chorava descontroladamente,  como uma criança  com medo e totalmente sensível,  s/n sofreu sua vida inteira,  e essa foi a primeira  vez que  ela chorou e jogou tudo pra fora.

S/n: eu fui uma pessoa horrível... *gritou chorando*

Depois de longas horas ali s/n teve que se despedir  de seu irmão, com os olhos inchados e soluçando ela se recompôs.

S/n: então... chegou a hora de me despedir *se ajoelhou* eu te agradeço por tudo meu irmão...*tocou o túmulo* minha vida está  chegando  ao fim... minha vida tão miserável  e infeliz  terá  um fim em breve... e eu não  vou poder te reencontrar... pois eu não  posso te seguir até  a luz... eu fiz muita coisa errada... eu matei muita gente... fiz muitas pessoas sofrerem... eu fui um monstro... não posso ir pro mesmo lugar que você...

O DEMÔNIO INTERIOR Onde histórias criam vida. Descubra agora