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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Los Angeles - Califórnia / De Angelis House

Dor. Foi a primeira sensação que senti ao acordar.

Tento abrir os olhos mas falho miseravelmente, a claridade que entrava pela janela estava no seu auge e me martirizei por dentro ao ter deixado as cortinas afastadas.

Mas... eu não deixei.

Decido ignorar esse fato pela dor terrível que dominava meu corpo e minha cabeça. Por que eu ainda insistia em beber?

Me reviro na cama em busca de uma posição confortável e encosto as pontas dos dedos em algo que logo pensei ser o meu cobertor embolado no canto. De um jeito preguiçoso, estico meu braço para agarrá-lo e o abraço com o pingo de força que tinha em meu corpo, mas para a minha surpresa, não era o meu cobertor embolado.

Arregalei os olhos e finalmente pude ter a visão da pessoa deitada ao meu lado. Em um pulo, me coloco em pé ainda encarando o garoto que dormia sem preocupações.

- QUE PORRA É ESSA, KAULITZ? - grito indignada.

Meus olhos passearam pelo peito desnudo do garoto e cairam até o lençol que cobria a partir da sua cintura para baixo, e por mais que eu odeie admitir, aquilo me deixou incrivelmente intrigada. O gêmeo desperta aos poucos e dá um pequeno bocejo. Arranho a garganta para chamar a sua atenção e ele me fita com o cenho franzido.

- Você pode falar mais baixo, De Angelis? - diz passando as mãos pelo rosto sonolento - Tem gente querendo dormir.

- Falar baixo? - questiono incrédula - O que você está fazendo na minha cama?

Ainda deitado Tom se posiciona de lado, virando-se de frente para mim, apoiando o cotovelo sobre a cama e pousa a cabeça no seu punho fechado para me encarar com seus olhos cheios de sarcasmo. Ele solta uma risada anasalada.

- Sua cama? - rebate me fazendo ficar confusa.

Olho ao redor, e só então, percebo que não estava no meu quarto. Merda!

- Você me trouxe para o seu matadouro? - indago irritada.

- Matadouro? - questiona divertido - Você acha que eu sou o que, Victoria?

- Não tente mudar de assunto. Por que está sem suas roupas? - meus olhos caem novamente em seu corpo e Tom sorri ladino.

- Não sou o único. - dá de ombros.

Paraliso por alguns segundos pedindo mentalmente para estar usando, no mínimo, minhas roupas íntimas. Suspiro aliviada, mas não tanto por ainda estar vestindo algo e sim por Thomas ter me obrigado a colocar a minha melhor langerie em vez das velharias que normalmente uso. Essa vergonha eu não passo.

Encaro o gêmeo que me analisava minuciosamente dos pés a cabeça me fazendo corar violentamente. De imediato agarro a ponta do lençol mais próximo, o puxando para cobrir o meu corpo seminu, fico de costas em uma tentativa falha de me esconder e enrolo o tecido cinza em volta de mim, enfim soltando o ar que inconscientemente prendia em meus pulmões.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora