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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Vancouver - Canadá | Hilton Downtown | 05:00

- Que porra foi essa, Kaulitz? - pergunto entre dentes, me levantando da cama.

Tom andava pelo quarto observando toda a bagunça que eu tinha feito desde que chegamos.

- E depois dizem que mulher é mais organizada... - murmurou, pegando um sutiã que estava pendurado na maçaneta da porta do banheiro e sorriu ladino - Renda preta? Não sabia que você era dessas, De Angelis.

Arregalo os olhos, sentindo meu rosto todo queimar.

- Me dá isso aqui. - arranco minha peça íntima da sua mão e respiro fundo - Como soube que Damiano vinha para cá?

- Meu quarto é do lado, ouvi vocês conversando. - Tom deu de ombros, me fazendo arquear uma sobrancelha.

- Você estava me espionando, Kaulitz? - sorrio presunçosa.

- Não se sinta especial. - disse o garoto se sentando na cama - Só fiquei preocupado, algo ruim podia acontecer. 

- Não preciso da sua preocupação. - cruzo os braços.

- Acha mesmo que eu iria deixar um desconhecido ficar sozinho dentro de um quarto fechado com você? - pergunta, franzindo a testa - Existe serial killer, Victoria.

- Você só fala bobagem, não tem direito de se intrometer, Kaulitz. - reviro os olhos.

- Desde que você começou um relacionamento com meu irmão, eu tenho todo o direito de me intrometer. - disse o gêmeo com um sorriso convencido.

- O namoro é falso, você não tem direito nenhum. - retruco, irritada.

- É falso mesmo, Victoria? - ele questiona em um tom sério.

- O que você quer dizer com isso?

Tom fica em pé e se aproxima até ficar cara a cara comigo. Ele me olha no fundo dos olhos com uma expressão indecifrável e engole em seco.

- Bill gosta de você. - suspira - E ele nunca escondeu isso, eu só não queria aceitar no começo.

- Kaulitz...

- Mas eu não posso ser injusto com o meu irmão e querer a primeira garota que ele verdadeiramente gosta em muito tempo. - Tom leva a mão até o meu rosto e afasta um pedaço da minha franja - Mesmo que eu sinta algo por você, espero que a gente possa ser amigos. - ele sorri fraco e acaricia a minha bochecha lentamente com o polegar - Não o magoe, De Angelis.

Meu olhar seguiu Tom saindo do quarto em silêncio e ali fiquei parada sem me mover por alguns minutos, perdida nos meus pensamentos.

(...)

Los Angeles - Califórnia | De Angelis House

Chegamos em casa depois de uma hora de espera no aeroporto e três horas de voo. Os meninos nem chegaram a descansar e já saíram direto para o estúdio juntamente com meu pai. Ben foi o único que ficou comigo, mas por causa de algum compromisso, também havia saído.

Eu terminava de desfazer a mala que, para minha surpresa e indignação, no fundo dela encontro o moletom que tanto procurava. Reviro os olhos e jogo com força a peça de roupa para dentro do armário que estava aberto. Bufo.

Meu celular começa a vibrar dentro do bolso da minha calça. Sem demora, atendo a chamada, sem olhar quem me ligava.

- Oi.

- Vou fingir que essa infelicidade não é por minha causa. - disse meu melhor amigo, gargalhando no final.

- Thomas! - digo, animada - Que saudade de você.

- Nem me fala em saudade, Vic. - escuto ele suspirar - Você faz muita falta aqui.

- Anda chorando por mim? - ironizo.

- Dia e noite. - ele responde, sarcástico - E como vai o namoro?

- Está indo bem...

Dou um longo suspiro. Escuto a risada do italiano e, só então percebo que não havia contado para Thomas sobre a banda e nem sobre Bill.

- Espera aí...  - digo pensativa - Como você sabe disso?

- Primeiro, sua mãe me contou e segundo, eu assisto tv. - ele explica  - Aqueles caras aparecem em programas de fofoca toda hora e agora você também, Vic.

- Desculpa não ter contado para você logo de cara, nunca mais tive uma folga depois que esse relacionamento falso começou. - passo a mão pelo rosto, sentindo uma pontada de frustração.

- Aceito suas desculpas. - Thomas ri  - Só não aceito que você tocou no show deles e eu não estava lá para te aplaudir.

- Devia ter sentido aquilo, Thomas. - meus lábios se curvam em um sorriso - A melhor sensação da minha vida.

- Na próxima vez vou estar assistindo você de perto.

- Como assim? - franzi a testa, confusa.

De repente, a porta do quarto se abre bruscamente, revelando meu melhor amigo com um grande sorriso e os braços abertos. Arregalo os olhos com a surpresa e deixo cair o meu celular no chão.

- THOMAS!

Corro na sua direção e pulo em cima do garoto alto, entrelaçado as minhas pernas no seu corpo. O italiano me abraça com força.

- Como você chegou aqui? - pergunto, sorridente. Eu estava extasiada de felicidade - Não acredito que fez isso.

- Você sabe que não pode ficar um minuto se quer sem a minha companhia. - ele sorri, presunçoso - Você se mete em muita furada, Victoria.

- Você não está errado. - rimos juntos e ele me coloca no chão.

Olho por cima do ombro do italiano e vejo Benjamin aparecer no corredor, trazendo uma pequena mala e uma bagagem de mão.

- Gostou da surpresa, Vic? - Ben pergunta, parando na frente do quarto ao lado.

- Então foi isso que você foi fazer? - questiono, erguendo as sobrancelhas.

- Sua mãe e Victor planejaram essa surpresa. - ele diz, me fazendo estreitar os olhos - Em partes. - ele finaliza e eu assinto.

- Eu adorei a surpresa. - digo abraçando Thomas mais uma vez - Quanto tempo vai ficar aqui?

- Até o próximo mês, quero muito ver você tocar com a banda. - o garoto responde com um sorriso gigantesco.

- Perfeito! Vamos nos divertir muito não é, Ben? - pergunto divertida, olhando para o homem.

- Eu que o diga. - diz Benjamin, suspirando alto.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora