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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Lisbon - Portugal | Jupiter Hotel | 17:30

- Eu odeio aquele Kaulitz idiota! - grito exasperada - Odeio, odeio e odeio!

- Ok, primeiro eu quero que você se acalme. - disse Damiano, entrando no quarto atrás de mim.

O italiano fecha a porta e aponta para a minha cama. Respiro fundo, assentindo e contorno o móvel. Damiano senta no canto da colchão e eu deito sobre ele, repousando a minha cabeça no seu colo. Fecho os olhos.

- Notei que você está estranha desde ontem. - ele disse, enquanto seus dedos começavam a alisar o meu cabelo - Aconteceu algo entre vocês no bar?

Suspiro alto.

- Você sabe, é a primeira vez que nos encontramos depois de tudo o que aconteceu.

- Eu sei, Vic. - o italiano diz lentamente, como se estivesse entediado - Também sei que o lance de vocês não terminou nada bem, mas eu não entendo o motivo de não conseguirem se manter longe um do outro.

Abro os olhos para encarar o garoto.

- Do que está falando? - questiono, confusa - Se eu pudesse, iria agora mesmo para o outro lado do mundo só para ficar longe dele.

Damiano solta uma risada anasalada e nega com a cabeça.

- Qual é, Vic? Parece que há um magnetismo que atrai vocês dois toda vez que estão no mesmo lugar. - o italiano enruga o nariz - Pensando melhor, é até meloso demais.

- Não diga besteiras. - resmungo, dando um tapa na sua perna - Você está vendo as coisas da perspectiva errada.

- Então qual é a sua explicação para isso? - ele questiona, arqueando a sobrancelhas.

- Perseguição. - digo e Damiano ri - Kaulitz está sempre me provocando e querendo me deixar desconfortável à todo custo.

- E porque você deixa isso acontecer?

Meus olhos fixam no rosto questionador do italiano e fico pensativa. Eu não tinha resposta. Nem eu sabia o porque deixava Tom me afetar ou o porque ele me afetava. Talvez por ele ser o único a saber o segredo que escondi até das pessoas que eu amo, mas então qual seria a explicação para a forma que ele me afetava antes disso? Eu já não sentia mais nada por ele. Tudo o que tínhamos havia acabado há três anos.

- Tudo bem. - Damiano quebra a minha linha de pensamento e o encaro com uma confusão notável - É completamente compreensível você não saber o porque ele te afeta.

Suspiro. As vezes eu odiava o jeito que Damiano sabia exatamente o que eu pensava, seja sobre alguma coisa ou sobre alguém. Nossa conexão era de outro mundo. E isso me fazia sentir tão culpada por ter que mentir para ele.

- Obrigada por me entender. - murmuro.

Vejo ele assentir e continuar alisando suavemente os meus cabelos, massageando mecha por mecha entre os seus dedos. Deixo escapar um bocejo e me remexo na cama.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora