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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Lisbon - Portugal | Cinco Lounge | 22:30

Entramos no primeiro pub decente que chamou a nossa atenção. A poucas quadras do hotel, encontramos o Cinco Lounge, um lugar enorme e bem frequentado. A parte da frente era bem iluminada, havia uma parede repleta de vinhos variados para degustação, mesas e música ao vivo, um ambiente confortável para conversar com os amigos. Mais ao fundo, havia uma parte separada por uma porta de vidro. Um espaço mais amplo com um bar comprido que cobria toda uma lateral do lugar e cinco bartenders em ação, três mesas de sinuca, uma área de sofás mais ao lado do bar e uma pista de dança de tamanho médio, rodeada de luzes coloridas e máquinas de fumaça.

E aqui estávamos nós.

Algumas pessoas dentro do bar, imediatamente nos reconheceram, tiramos fotos, ganhamos abraços e trocamos algumas palavras. Sempre ficamos felizes em conhecer pessoas que acompanham e admiram o nosso trabalho. Para a nossa surpresa, não foi muito difícil conversar com os portugueses e com o bartender para fazer os nossos pedidos. Aparentemente, saber falar mais de um idioma era uma característica comum de cidades turísticas.

Dou mais uma tragada no cigarro e o entrego para Damiano. Os sofás não eram tão confortáveis, mas dava para o gasto. Minhas costas estavam apoiadas na parede lateral e minhas pernas estavam esticadas sobre o colo do italiano. No meu celular, sete chamadas perdidas de Benjamin brilhavam na tela. Olho para o bar e vejo Ethan apoiado no balcão, flertando com um bartender musculoso, enquanto Thomas esperava, com cara de poucos amigos, o baterista terminar de flertar para o homem começar a fazer a nossa quarta rodada de bebidas.

- Você vai amar aquela cena. - aponto para o bar e Damiano segue com os olhos.

Ele volta a me encarar rapidamente com o olhar cheio de diversão e comprimo os lábios com força para conter o riso, mas falho miseravelmente quando o italiano tenta me imitar, resultando em uma explosão de gargalhadas.

- Ele vai matar Ethan mais tarde. - o vocalista diz entre risos.

- Isso é óbvio.

Inesperadamente, noto que o lugar começa a ficar mais cheio e barulhento. Uma comoção do outro lado da pista de dança chama a nossa atenção, mas com tantas pessoas na nossa frente, era difícil ver o que estava acontecendo.

- Será que é alguma briga? - pergunto, curiosa.

- Talvez. - Damiano solta um pouco de fumaça pela boca e franze o cenho - Os gritos estão ficando mais altos do que a música.

- Tem razão. - faço uma careta - Melhor a gente ir embora?

- Claro que não. - diz o italiano, dando tapinhas na minha perna - Preciso de mais uns três drinks.

- Certo. - suspiro.

- Aqui.  - Damiano me devolve o cigarro - E como vai o seu "relacionamento"? - ele faz aspas com os dedos.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora